GILMAR MENDES - O Homem Que Entortou... o Direito
Tomando o depoimento de um popular nordestino conhecido como
"Seu" Batista, ouvi dele o seguinte:
- Eu até que entendia já um pouquinho o que aqueles "zômi" do
Supremo diziam, mas agora tem um tal de Gilmar Mendes que mistura
tudo, e agora eu entendo é "mar"-nada.
Reações como essa (desse homem do povo) estão demonstrando o
quanto o Gilmar Mendes, apesar de integrar a Suprema Corte, está
começando a ser questionado como representante da lei no mundo
jurídico e, fatalmente, sendo relegado à condição de supremo ministro
político de porta de cadeia.
Do alto de sua beleza, charme e elegância... Gilmar Mendes desfere
seus sopapos jurídicos a torto e a direito.
Gilmar Mendes, admirável metralhadora de juridiquês, já está
começando a obrigar a população a acreditar que não vale a pena
termos um Estado Democrático de Direito.
Às vezes, tem-se a impressão de um forte sotaque tucanês em falas
de Gilmar Mendes.
E o mais surpreendente é que ele afirmar ser um incansável defensor
justamente do Estado Democrático de Direito, enquanto os demais
colegas juízes... não!
Somado ao seu juridiquês tão inoportuno, Gilmar Mendes traz à tona
agora o seu "zombetês", quando escolhe zombar da polêmica sobre o
trabalho escravo no nosso Brasil contemporâneo.
Tentando ser simpático e transformar cada declaração diante das
câmeras num desengonçado Stand-Up Comedy, Gilmar Mendes é o
primeiro e o último a rir de suas próprias tiradas sarcásticas.
A modéstia não é um hormônio produzido nas glândulas sapiençais do
Gilmar Mendes.
Enquanto Gilmar Mendes se diverte deitado confortavelmente nas
estratosféricas nuvens de sua indiferença social, o povo brasileiro
segue de pés no chão, esperando que o insigne ministro do Supremo
descaia de si.
Parece que o Excelentíssimo Ministro Gilmar Mendes entende que o
Supremo Tribunal Federal deve adotar um certo regime (que somente
se aplica ao Executivo), o regime parlamentarista, onde existe a
Presidência e um eterno Primeiro Ministro (ele próprio).
Ao Doutor Gilmar, com carinho, "data Eslovênia".