EU ESTAVA LÁ
EU ESTAVA LÁ.
Muitos me perguntam o porquê de minha admiração e respeito pelas Forças Armadas e pela Revolução de 1964. Eu começo respondendo que eu estava lá, em Brasília, como presidente da UDESB-União Democrática dos Estudantes Secundários de Brasília, numa luta constante pelo direito de freqüentar a Escola e aprender. E mais, na noite de 31/03/1964, estava preso em uma Delegacia da Av. W3, por não apoiarmos o governo socialista de Jango e Leonel Brizola e a frente da UDESB, me pronunciar constantemente contra o governo de esquerda que tentavam impor ao Brasil. Esse governo, nos 365 dias que antecederam à Revolução, apoiou e incentivou cerca de 380 greves, causando no País uma terrível anarquia. Na semana que antecedeu à Revolução, ao chegar no meu Colégio, denominado Elefante Branco, vi que o mesmo estava cercado por sindicalistas truculentos que não nos deixavam entrar. Perguntei qual era o motivo da greve e informaram que era “em solidariedade à greve dos sapateiros no Rio Grande do Sul.” Era esse o estado do Brasil. Enquanto isso o governo de Jango e Brizola pregavam abertamente a revolução socialista-sindicalista que colocaria o Brasil nas mesmas condições de Cuba e dos Países da Cortina de Ferro. Nós da Udesb, iniciamos ali mesmo, às portas da Escola, o nosso protesto e o levamos à toda a Cidade por toda aquela semana. Foi na noite de 31/03/1964, realizando um trabalho de panfletagem , a frente de um grupo, que fui preso e jogado numa delegacia da W3. Não sabia qual seria o meu destino. De madrugada, o delegado me tira da cela e diz que o comandante do SNI queria falar comigo. Temi pelo pior. Eu não sabia que estava acontecendo a Revolução. A voz no telefone se identificou como Major Scotegni e me perguntou qual era a minha posição política. Destemidamente, como devem ser os jovens, lhe respondi: Sou contra esse governo anárquico de Jango e Brizola. Com uma voz serena que me tranqüilizou, me informou de tudo que estava acontecendo, mandou me libertar e no dia seguinte recebeu ao nosso grupo de estudantes democráticos em seu gabinete. Esse governo militar foi reconhecido pelo Congresso que elegeu todos os presidentes no período de 20 anos seguintes, quando então entregou definitivamente o poder aos civis. O que os civis, comandados pelas esquerdas fizeram a partir daí? Bem, todos estão vendo. Estamos numa situação pior, hoje, do que estávamos em 1964. Se, e somente “SE” o legislativo, maior foco de corrupção da História, o judiciário, composto de juízes não concursados e nomeados pela esquerda e o executivo, capitaneado por um presidente que tem as mesmas origens derem uma reviravolta e colocarem o País em sua rota democrática e cristã, não haverá o que temer. Caso contrário a Constituição Federal, no seu artigo 142, tem o remédio legal.