A ORIGEM DO MAL
Desde antes da queda da Dilma, alguns tentáculos do Judiciário demonstraram claramente a intentona contra Lula. O caso recente da decisão que proibiu que uma universidade da Bahia lhe concedesse um título de doutor honoris causa só confirma o propósito de humilhação contínua que quer atingir um político que está entre os mais populares e carismáticos da história do país. Hoje, o jornal O Globo propaga aos sete ventos o lançamento do filme para o cinema sobre a Lava-Jato. Não irei assistir porque é fácil supor que se trata de mais uma peça caricata que reafirma o objetivo de rebaixar o seu alvo preferencial, o ex-presidente Lula. A concentração de tanto poder entre juízes e procuradores nos faz viver uma espécie de regime jurídico-parlamentar, alimentado pelo conflito e pela queda de braço entre duas instituições que deveriam servir à democracia, mas que decidiram servir aos próprios interesses. Quem sonhava com intervenção militar, não deveria estar frustrado, alcançamos uma deformação institucional tão ruim ou até pior do que a ditadura.
Agora, a tortura é a prisão antes de qualquer julgamento, não precisam mais de pau-de-arara, de choques, basta uma cela escura e putrefata. A delação, antes uma chaga, passou a ser induzida e premiada. Juízes não falam mais nos autos, falam na TV e adoram isso. Procuradores organizam entrevistas coletivas, a torto e à direita, principalmente à direita, como se fossem shows de popstars. Legislativo e Judiciário se tornaram duas esferas distantes do povo e cultivadores do ódio contra qualquer figura relevante identificada com o povo.
Militares eram sisudos e econômicos com a palavra quando nos governaram sobre coturnos. Juízes e procuradores são festivos, tagarelas e prolixos, vestidos ou despidos do negrume de seus trajes. Aos poucos, um Congresso destituído de apreço público, agindo por uma legitimidade falida, vai equilibrando o poder com um Judiciário que, talvez, preferisse luzes de neon ao invés do blackout das togas.
Como todo poder que não encontra resistência, Legislativo e Judiciário começam a desprezar tudo o que não gira em sua órbita. As poucas batalhas que enfrentam são entre membros do próprio círculo, motivada por vaidade ou por um controle pessoal maior do cenário. Abaixo deles, estamos todos nós, frágeis humanos, observando o Monte Olimpo, sofrendo as consequências, movidos e rebaixados pelos caprichos de entidades quase etéreas. Gritamos em silêncio, não nos ouvem. Adoecemos em silêncio, não nos curam. Morremos em silêncio, não nos velam. Traídos por todos aqueles que se divinizaram usando a nossa confiança. Mas há um outro mal que avança, avança, avança...
Desde antes da queda da Dilma, alguns tentáculos do Judiciário demonstraram claramente a intentona contra Lula. O caso recente da decisão que proibiu que uma universidade da Bahia lhe concedesse um título de doutor honoris causa só confirma o propósito de humilhação contínua que quer atingir um político que está entre os mais populares e carismáticos da história do país. Hoje, o jornal O Globo propaga aos sete ventos o lançamento do filme para o cinema sobre a Lava-Jato. Não irei assistir porque é fácil supor que se trata de mais uma peça caricata que reafirma o objetivo de rebaixar o seu alvo preferencial, o ex-presidente Lula. A concentração de tanto poder entre juízes e procuradores nos faz viver uma espécie de regime jurídico-parlamentar, alimentado pelo conflito e pela queda de braço entre duas instituições que deveriam servir à democracia, mas que decidiram servir aos próprios interesses. Quem sonhava com intervenção militar, não deveria estar frustrado, alcançamos uma deformação institucional tão ruim ou até pior do que a ditadura.
Agora, a tortura é a prisão antes de qualquer julgamento, não precisam mais de pau-de-arara, de choques, basta uma cela escura e putrefata. A delação, antes uma chaga, passou a ser induzida e premiada. Juízes não falam mais nos autos, falam na TV e adoram isso. Procuradores organizam entrevistas coletivas, a torto e à direita, principalmente à direita, como se fossem shows de popstars. Legislativo e Judiciário se tornaram duas esferas distantes do povo e cultivadores do ódio contra qualquer figura relevante identificada com o povo.
Militares eram sisudos e econômicos com a palavra quando nos governaram sobre coturnos. Juízes e procuradores são festivos, tagarelas e prolixos, vestidos ou despidos do negrume de seus trajes. Aos poucos, um Congresso destituído de apreço público, agindo por uma legitimidade falida, vai equilibrando o poder com um Judiciário que, talvez, preferisse luzes de neon ao invés do blackout das togas.
Como todo poder que não encontra resistência, Legislativo e Judiciário começam a desprezar tudo o que não gira em sua órbita. As poucas batalhas que enfrentam são entre membros do próprio círculo, motivada por vaidade ou por um controle pessoal maior do cenário. Abaixo deles, estamos todos nós, frágeis humanos, observando o Monte Olimpo, sofrendo as consequências, movidos e rebaixados pelos caprichos de entidades quase etéreas. Gritamos em silêncio, não nos ouvem. Adoecemos em silêncio, não nos curam. Morremos em silêncio, não nos velam. Traídos por todos aqueles que se divinizaram usando a nossa confiança. Mas há um outro mal que avança, avança, avança...