O homem que jogou a história no lixo
Há menos de um ano, para a felicidade da maioria dos brasileiros, Dilma Roussef foi oficialmente considerada ré pelos senadores brasileiros.
E não conseguiu fugir de seu destino anunciado há muito: o afastamento definitivo do cargo de "presidenta".
Foi o pior governante brasileiro, jamais teve um mínimo de competência - e legitimidade, a partir de 2014, em eleições fraudadas- para atuar nesse cargo.
Mas o grande protagonista do fracasso de uma história marcada por roubos descarados, falcatruas, favorecimento de uma corja interminável de amigos, e dezenas de crimes contra o país, entre eles a quebra da maior estatal brasileira, foi sem dúvida Luis Inácio da Silva.
O sindicalista que em 2002 foi eleito finalmente presidente se transformou em alguns anos no homem mais poderoso politicamente do Brasil.
Em 2002, Lula era uma incógnita para a maioria dos brasileiros.
Sua origem pobre, associada à falta de instrução, o transformavam de certa forma num personagem romântico, que poderia finalmente trazer a igualdade social para os brasileiros.
Inteligente e carismático, Lula aproveitou ao máximo a imagem de "homem do povo". Até 2004, pedia paciência à população, que sofria com o marasmo dos negócios e a falta de grana. Era ouvido.
O mito do operário que fazia história sobreviveu até 2005, quando Lula finalmente deixou de ser uma incógnita e o pais descobriu quem realmente era: o mensalão revelou um líder corrupto, oportunista, interessado apenas em enriquecer e manter o poder de seu partido, o PT.
Lula foi um dos maiores embusteiros da história do Brasil.
Em 2011, após oito anos de poder Lula cometeu seu grande erro.
Escolheu para sucedê-lo uma companheira de maracutaia, desconhecida mas fiel, que conhecia bem o jogo da quadrilha, desde os tempos de gerente da Petrobras, que desfalcavam continuamente.
A ideia era colocar um poste que mantivesse a cadeira de presidente quente para a volta de Lula, em 2014.
Não deu certo. Lula não contava que a subserviente Dilma tomasse gosto pelo poder e, como ele, fosse gananciosa acima de tudo.
Incompetente e arrogante, com um péssimo governo atrás de si, Dilma bateu o grande pé, inviabilizou a candidatura do capo e se reelegeu a duras penas, com uma campanha de marketing mentirosa.
O fim melancólico dessa história suja: Dilma foi precocemente afastada e condenada por improbidade e responsabilidade fiscal.
E, se lhe restou ainda alguma vergonha na cara - o que duvido- sumirá do mapa.
O PT, insano, agoniza, e se prepara para o fim.
Lula, o outrora poderoso, luta pra se manter fora da cadeia, junto com a família que corrompeu.
Em algum momento, um raro momento, Lula talvez perceba, num insight realista, a chance que perdeu.
Que jogou na lata de lixo, talvez por ganância, por obtusidade ou por ausência total de visão, sua própria história.
O pais continuará andando, muito depois e além de Lula ou Dilma.
Em seus livros de história, nos anos futuros, eles estarão registrados como o presidente que foi uma farsa e ela, a "presidente" mais impopular e incompetente que tivemos por aqui.
Felizmente, estão prestes a se tornar passado.
(By E. M.)