Carta Política ao Congresso
Carta Política ao Congresso
Na minha opinião, se um governo quer ficar na história, tem que fazer no mínimo essas reformas: Reforma Agrária, Reforma na Educação, Reforma na Segurança Pública, Reforma na Saúde, Reforma Tributária e uma Reforma Política e Econômica. Dando ênfase a educação e cultura. A chave para uma nação se mover junto com o governo é fazer uma mudança cultural. O filósofo alemão Nietzsche já dizia que o que transforma uma sociedade é a mudança pelo cultural.
O erro de Karl Marx, segundo minha mestra Lúcia Helena Galvão, - que apesar de morar em Brasília e eu em João Pessoa, e não nos falarmos a anos, mas, como eu sigo seus conselhos, continua sendo minha eterna mestra – ela, que é uma ex-marxista, disse que o erro de Marx é considerar a economia o grande bolo e a educação e cultura como os confetes desse bolo, quando na verdade é o contrário. A educação e cultura devem ser colocados como prioridades acima da economia. Pois só através da educação e cultura que um povo se transforma num povo melhor. É claro que é de extrema importância manter o equilíbrio na economia, mas não esquecemos da educação e cultura. É interessante ver organizações como o Greenpeace mobilizando as pessoas para respeitar a natureza, mas saiba que educando o homem, o homem naturalmente vai respeitar a natureza. Vai respeitar a mãe natureza e a Terra agradecerá. Já diz a sabedoria chinesa: "Você pode matar a fome de um homem por um dia se der o peixe, mas pode matar a fome de um homem por toda a vida, se o ensinar a pescar."
Com relação a essa reforma educacional e cultural, vai uma dica: no ensino fundamental implantar o ensino integral em todas as escolas públicas, para ocupar a mente dos jovens os livrando assim do mundo das drogas, com as aulas do currículo num turno, e no outro turno, aulas de artes, educação física e principalmente, aulas de reforço nas disciplinas que os alunos têm dificuldades. É de extrema importância a aplicação dessas aulas de reforço no turno oposto aos das outras aulas. Para assim, não empurrar com a barriga essas disciplinas. Temos que pregar o ensino para aprender e não para decoreba e depois da prova esquecer; deve-se vivenciar o conhecimento com aulas práticas, complementares as aulas teóricas. Lembre-se do filósofo grego Platão, que aconselha aulas de música para educar a alma, e ginástica para educar o corpo. Como diz num lema antigo grego: "Mente sã em corpo são!" Essa importância ao corpo e principalmente a alma, consta no seu livro clássico "A República", sua magnum opus, em que Platão idealiza uma sociedade ideal comandada por filósofos. Platão fala no capítulo 7, O Mito da Caverna, que é atualíssimo mesmo escrito a 2450 anos atrás. Também fala das 5 formas de governo: aristocracia, o governo do mais sábio; timocracia, um governo militar mas não uma ditadura, que preza muito a honra; oligarquia, o governo de poucas pessoas que tem mais dinheiro; democracia, o governo da maioria; e por fim fala da tirania ou ditadura, a pior forma de governo que existe. Já no ensino médio, implantar em todas as escolas públicas de ensino médio, o ensino técnico no outro turno, preparando já o jovem para o mercado de trabalho e dando a ele perspectiva de futuro, os livrando assim do mundo das drogas. O segredo para fazer sucesso na educação é sempre está fazendo curso de capacitação para os professores e os motivando para melhor guiar o aluno para a sabedoria. Além, como já disse, vivenciar o conhecimento, torná-lo prático, e não apenas decorativo.
Diz a sabedoria popular que o mestre só aparece quando o discípulo desperta. Então, só quando despertar o discípulo no aluno, esse aluno vai deixar de ser aluno e vai si transformar em estudante e quem sabe em discípulo e não vai mais ver um professor como professor, mas o verá como mestre. Que nossos professores apliquem o método socrático de ensino. O filósofo grego Sócrates, mestre de Platão, dizia que ele tinha um trabalho semelhante ao da sua mãe, que era parteira. Enquanto a mãe dava a luz a bebês, ele, Sócrates, dava a luz a ideias, e não dizia as respostas todas mastigadinhas, prontas, mas levava, guiava seus discípulos para eles próprios chegarem às respostas por conta própria. Como diz no filme Matrix, onde o mestre Morfeu diz ao discípulo e escolhido Neo: "Eu só posso lhe mostrar a porta, mas é você que tem que abri-la."
Com relação à publicidade, o governo deveria fazer propagandas para elevar a autoestima do povo brasileiro para terem orgulho dessa terra. O país produz mais se o povo tiver a autoestima lá em cima. Paralelamente, também fazer campanhas como foi feita na cidade de João Pessoa, por exemplo, para os motoristas respeitarem a faixa de pedestre. Um exemplo de usar a publicidade para um motivo cultural. Um ex-governador do Distrito Federal levou isso ao extremo colocando pelo menos um policial ou agente de trânsito, não estou lembrado se era um ou outro, mas tinha pelo menos uma autoridade em faixas de trânsito fiscalizando para forçar o motorista a respeitar a faixa de pedestre. Depois de uns meses desse tipo de campanha, naturalmente, os motoristas passaram a respeitar a faixa de pedestre sem a necessidade de uma autoridade de lado. Por que? Porque se tornou cultural.
Repetindo e acrescentando: Ensino integral ao ensino fundamental, com aulas regulares num turno, e no outro turno aulas de educação física e arte, como música. Pois o filósofo Platão diz que devemos educar o corpo e a alma. Mente sã num corpo são. É de extrema importância também no outro turno, se as aulas regulares for de manhã, por exemplo, a tarde, além da educação física e das aulas de artes, é de extrema importância as aulas de reforço escolar nas disciplinas, ciências, que os alunos vão mal. Pra não empurrar essas disciplinas com a barriga. Aulas práticas, e não apenas para decorar para prova e depois esquecer. Investir em infraestrutura, quadras esportivas e até piscinas em algumas escolas, ou criar complexos esportivos que atendam um grupo de escolas da região, laboratórios de ciências, informática, artes. Ter disponível ônibus para aulas de campo, para o estudante vivenciar o conhecimento. No ensino médio, aulas regulares em um turno, e no outro turno implantar ensino técnico, além das aulas de educação física, artes e aulas de reforço. Para dar perspectivismo de futuro aos estudantes.
João Pessoa, capital de Paraíba, Brasil, 05 de junho de 2012
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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