IMORAL CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
Intermitente é tudo aquilo que não é constante; incerto; o que pode acontecer esporadicamente. O governo "da modernização" diz que você, uma vez contratado, vai ficar mais tranquilo em sua casa, não gastará com passagens nos dias em que estiver parado, não perderá tempo com o deslocamento diário para o local de trabalho, não precisará preparar marmita nas madrugadas... Só esquece de dizer que você, enquanto em casa, estará à disposição do seu contratante, mas sem receber grana alguma. De fato desempregado, você agora ficará escravizado a um contrato legal de provável trabalho, de possível trabalho, de eventual trabalho... Evidentemente, em não havendo trabalho, não haverá remuneração, mas você continuará contratado, sim, mesmo sem dispor de remuneração, assistência social ou usufruto de qualquer direito trabalhista. Modernização? No caso, pela lógica, você somente será chamado para trabalhar nos períodos de "pico", isto é: no Natal, nas férias escolares (se o contratante for um hotel), no Carnaval, nas festas juninas, no Dia das Mães, no Dia da Criança, no Dia dos Namorados... Se for chamado, você somente receberá pelos dias em que efetivamente trabalhar, claro! A diferença para a sua situação de desempregado (de antes da reforma) é que, se não atender ao eventual chamado do contratante, você pagará multa de 50% do que deveria receber. Paulada! Nesse caso, permanentemente sem grana, você não pode pagar essa multa e aí passa a ser um reles intermitente inadimplente. Não duvido de que, por conta disto, ponham seu nome no SPC e Serasa, só por ficar em casa.
Até aí, tudo bem, a opção de ser contratado dessa forma fajuta é sua. Mesmo assim, tendo o formato de contrato leonino, é esperado que os atuais quatorze milhões de desempregados brasileiros - ou desesperados brasileiros - se submetam a esse sacrifício, a que os amáveis tiranos do governo e da economia chamam de "regalia". Aí, no dia seguinte ao seu contrato, as estatísticas governamentais estarão exibindo para o mundo a queda do desemprego no Brasil. Índice próximo de zero. Nem será necessário você ser chamado para trabalhar nalgum dia. Pra todo efeito, basta estar intermitentemente contratado para ser computado como um "desempregado" a menos. Ou um "empregado" a mais. Empregado?... Sim! Bravo! Bravo! Bravo!... Empregado desassalariado.
É a isto que "nossos milionáros representantes" no Legislativo chamam de reforma trabalhista e modernidade da C.L.T., e querem que você se aquiete com essa farsa, ou aberração, nos direitos do trabalhador brasileiro: o contratado de mentirinha.
Demos vivas à mentirocracia do governo da sangria ! . . .
Intermitente é tudo aquilo que não é constante; incerto; o que pode acontecer esporadicamente. O governo "da modernização" diz que você, uma vez contratado, vai ficar mais tranquilo em sua casa, não gastará com passagens nos dias em que estiver parado, não perderá tempo com o deslocamento diário para o local de trabalho, não precisará preparar marmita nas madrugadas... Só esquece de dizer que você, enquanto em casa, estará à disposição do seu contratante, mas sem receber grana alguma. De fato desempregado, você agora ficará escravizado a um contrato legal de provável trabalho, de possível trabalho, de eventual trabalho... Evidentemente, em não havendo trabalho, não haverá remuneração, mas você continuará contratado, sim, mesmo sem dispor de remuneração, assistência social ou usufruto de qualquer direito trabalhista. Modernização? No caso, pela lógica, você somente será chamado para trabalhar nos períodos de "pico", isto é: no Natal, nas férias escolares (se o contratante for um hotel), no Carnaval, nas festas juninas, no Dia das Mães, no Dia da Criança, no Dia dos Namorados... Se for chamado, você somente receberá pelos dias em que efetivamente trabalhar, claro! A diferença para a sua situação de desempregado (de antes da reforma) é que, se não atender ao eventual chamado do contratante, você pagará multa de 50% do que deveria receber. Paulada! Nesse caso, permanentemente sem grana, você não pode pagar essa multa e aí passa a ser um reles intermitente inadimplente. Não duvido de que, por conta disto, ponham seu nome no SPC e Serasa, só por ficar em casa.
Até aí, tudo bem, a opção de ser contratado dessa forma fajuta é sua. Mesmo assim, tendo o formato de contrato leonino, é esperado que os atuais quatorze milhões de desempregados brasileiros - ou desesperados brasileiros - se submetam a esse sacrifício, a que os amáveis tiranos do governo e da economia chamam de "regalia". Aí, no dia seguinte ao seu contrato, as estatísticas governamentais estarão exibindo para o mundo a queda do desemprego no Brasil. Índice próximo de zero. Nem será necessário você ser chamado para trabalhar nalgum dia. Pra todo efeito, basta estar intermitentemente contratado para ser computado como um "desempregado" a menos. Ou um "empregado" a mais. Empregado?... Sim! Bravo! Bravo! Bravo!... Empregado desassalariado.
É a isto que "nossos milionáros representantes" no Legislativo chamam de reforma trabalhista e modernidade da C.L.T., e querem que você se aquiete com essa farsa, ou aberração, nos direitos do trabalhador brasileiro: o contratado de mentirinha.
Demos vivas à mentirocracia do governo da sangria ! . . .