Divulgaram uma entrevista do Jorge Bastos Moreno afirmando que o erro do Lula e do PT foi ter colocado Dilma na presidência, que isso seria o legado mortal do partido. Contam que Moreno foi um grande jornalista, mas também foi um jornalista que parece ter ignorado que o erro não foi Dilma na presidência, o erro foi a Câmara e o Congresso que a Dilma teve que enfrentar. Já na decisão sobre o impeachment, nos deparamos com um circo de vendilhões da pátria, que hoje servem como a facção criminosa que sustenta o atual governo.

Li esta semana uma jornalista defender a Miriam Leitão afirmando que ela foi vítima de violência de gênero no tal avião partidário. Ora, nenhuma outra mulher no planeta, neste século 21, sofreu mais violência de gênero, e todas as outras violências possíveis, do que a presidente Dilma. Porém, jamais vi a mesma jornalista que correu em socorro da colega global gritar contra o massacre sofrido por Dilma. O legado que ficou através da Dilma não foi o desastre econômico, mas a exposição da covardia nacional, de homens cafajestes e corruptos escorraçando uma mulher do poder, uma mulher que ainda teve a ousadia de enfrentá-los até o fim, que ainda os enfrenta. O legado que Dilma deixou foi o exemplo da coragem, da altivez, mas disso as jornalistas globais nunca falaram e não falam. São covardes e seletivas até na militância feminista. A elas, além de tudo que invejam na Dilma, virtudes inalcançáveis a criaturas menores, falta também a honestidade intelectual, que deveria ser requisito mínimo ao bom jornalista. O legado de Dilma realmente não foi a economia, sabotada pelo Aécio, pelo Cunha, pelo Congresso e pela turba de canalhas do legislativo. O legado de Dilma foi a grandeza que afrontou os que hoje apequenam o Brasil.
Alexandre Coslei
Enviado por Alexandre Coslei em 14/06/2017
Reeditado em 14/06/2017
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