O PARADOXO MARXISTA

O Marxismo é um paradoxo em todos os sentidos. É, por exemplo, uma das ideologias mais influentes (infelizmente) e, ao mesmo tempo, uma das mais refutadas da história da humanidade. De fato, ainda em janeiro de 1849, poucos meses, portanto, após a publicação do 'Manifesto do Partido Comunista', um ex-marxista desiludido chamado Orestes Brownson foi provavelmente o primeiro autor a refutar categoricamente as nefastas ideias de Karl Marx, num ensaio intitulado 'O Socialismo e a Igreja'. Poderíamos acrescentar a essa lista uma série de outros autores que igualmente refutaram as veleidades marxistas: Carl Menger, Eugen von Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Friedrich von Hayek - apenas para citar os mais notáveis.

Por que, no entanto, o Marxismo continua conquistando mentes e influenciando - negativamente, é claro - os rumos das sociedades humanas? A resposta é simples: o Marxismo, assim como as ideologias de Esquerda de modo geral, não faz um apelo à racionalidade de seus potenciais apoiadores; o apelo marxista, pelo contrário, é essencialmente subjetivo, focado nas debilidades emocionais e intelectuais dos indivíduos. O que interessa não é a veracidade daquilo que se ensina; não são as evidências e os dados objetivos da realidade. O que interessa é a narrativa, o mito, a utopia. É por isso que o Comunismo, apesar de fracassar invariavelmente quando aplicado na prática, segue conquistando adeptos e simpatizantes. E é também por isso que, na hora de confrontar os defensores dessas ideologias, pouco ou nada vale uma argumentação racional e objetiva: o que é preciso, isto sim, é desmascará-los em sua insanidade e expor o ridículo de toda sua hipocrisia.