A perigosa dança do fim do mundo.
O mundo ensaia os primeiros passos de uma dança muito perigosa, um tango onde nem todos conhecem os passos. Por muitos anos quase todos os países ensaiaram discursos politicamente corretos, gritaram por uma falsa paz que diziam buscar e velar, mas a verdade mostrou-se muito diferente. Esses gritos por paz ecoaram de outro modo aos ouvidos alheios, nem todos na verdade almejam a paz, isso é muito evidente e perceptível a todos os cidadãos mundo a fora. O globo terrestre é o grande palco dessa dança perigosa, talvez os pares formados não estejam tão em sintonia com a música que está sendo tocada. Os especialistas a todo momento fazem previsões assustadoras, na tentativa em apontar quem será o primeiro a pisar no pé do seu parceiro. A música está tocado, a dança segue o seu ritmo alucinado, de um lado a outro do salão os pares quase se esbarram, sabemos que basta um esbarrão ou uma pisada no pé alheio e toda a festa terminará em uma tremenda confusão. Ninguém quer isso, pelo menos pensam que não, se esforçam para enganarem a si mesmos dizendo que não querem isso.
Verdade seja dita; a guerra está pulsando nas veias de alguns dançarinos, que esperam qualquer desculpa esfarrapada para poderem atacar com toda a força. Em questão de minutos, a aparente paz e o discurso polido e ensaiado, transformará em gritos e uivos em um chamado de guerra nunca antes visto. Os Estados Unidos da América tem a mais forte economia dos últimos séculos, acumulam tecnologias nunca antes vistas, e outras mais nem sequer aparecem na mídia. Carregam o título de vencedores da segunda guerra mundial, mas é muito evidente, para todos os efeitos, em que numa guerra nunca haverá vencedores. Os presidentes dos EUA durante muito tempo buscaram diálogos pacíficos, acordos de paz e comerciais, entrelaçando uma relação amigável, pelo menos aparentemente amigável entre os países do eixo asiático. Provocações a parte, mas de concreto não se via muitas coisas, entretanto, pequenos sinais de guerra eram evidenciados; tais como se fossem pequenos sinais de fumaça e fogo em locais isolados, que rapidamente eram apagados. Mas o que se prevaleceu ao longo dos anos foi na verdade uma corrida armamentista, camuflada em todos os aspectos com a falsa rotulagem de acordos tecnológicos e comerciais entre os países, mas por detrás das cortinas do poder o que se configurava era uma corrida armamentista.
Os norte Coreanos por outro lado, nunca esconderam de ninguém suas reais intenções de guerra, a todo o momento surgiam declarações ríspidas de seu respectivo chefe de governo. Vimos tentativas falhas de construírem artefatos nucleares e bombas de longo alcance, não demos créditos as suas falhas tentativas, mas nos últimos tempos engolimos em seco ao vermos seus intentos sendo realizados com sucesso.
Outros convidados não menos expressivos dessa festa do barulho é Israel. País esse, odiado pelo Irã, não só por ele mas por muitos outros que se pudessem já o teria destruído, e só não o fizeram devido ao seu guarda costas que é justamente os EUA, enquanto Israel estiver com o escudo da águia americana não haverá quem se oponha, embora haja troca de palavras duras e até pequenas tentativas de ambos os lados de conflitarem, sempre haverá a intervenção americana.
Essa atitude não é bem vista por outros países, mas aceitável, todavia, desde a última eleição americana, quando então um novo dançarino adentrou neste grande salão global, é que as coisas esquentaram de fato. Esse novo dançarino com rosto sisudo, olhar de superioridade, atiçou os ânimos no salão, dançarino de péssima qualidade, sem ginga e desconhecendo os passos de seus antecessores, levá-nos à um possível conflito mundial sem justificativas. O que podera acontecer nos próximos momentos é mesmo assustador, muitos prevêem quase com certeza absoluta um conflito iminente de uma grande potência, com alguém que pensa ser uma grande potência, mas para todos os efeitos não deve ser subestimado.
Imaginemos que de repente se confirme o pior, imaginemos que EUA e Coreia do norte iniciam um duelo em pleno continente asiático, as consequências seriam inimagináveis, considerando que a Coréia realmente possua armamentos de destruição em massa ao alcance de apertar de botões é mesmo desastroso. Bem ao lado, temos outra uma grande nação, tanto em território quanto em poder econômico, os emergentes Chineses possuem o maior contingente militar do mundo, e vale a pena lembrarmos que eles não são capitalistas. Embora os Chineses busquem um diálogo pacífico, vale a pena lembrar que eles são ótimos comerciantes, a capacidade produtiva e de negociação dos Chineses é mesmo assustadora, sete em cada dez produtos do mundo são produzidos ou tem uma réplica Chinesa. Não é do interesse deles um conflito naquela região, não seria bom para os seus negócios, mas como eles reagiriam a um conflito dessa natureza? Vale a pena lembrarmos que no meio de todo esse bolo temos a nação Rússa, também temos a Síria com sua guerra civil que perdura anos e que ceifou a vida de milhões de inocentes. Sem dizer que por detrás das cortinas Assírias temos novamente dois velhos inimigos, de um lado os Russos que apoiam o governo Assírio, e do outro lado os EUA que apoiam os rebeldes, nós assistimos a tudo e fingimos acreditar que os dois velhos inimigos não estão medindo forças, mas a verdade é que estão. Em um possível conflito, a Rússia certamente que não ficará de fora, sendo assim, o palco do fim do mundo está pronto para os seus atores.
Nós torcemos para que o pior não venha a acontecer, mas se vier a acontecer, nós que habitamos abaixo da linha do Equador, nós que não temos poder econômico e tão pouco recursos bélicos, certamente seremos usados nesse contexto de conflito de uma forma muito pouco agradável. Talvez você leitor tenha pensado em nós neste momento como uma bucha de canhão dos mais ricos… Permita-me o silêncio… Permita-me ainda dizer-lhes que os senhores estão completamente certos, não passaremos de escudos para os mais ricos.
Despeço-me, e aguardo com grande expectativa o final dessa dança, e que seja ela feliz, e que nenhum dançarino pise ou esbarre em pés alheios.