Entenda o que está acontecendo e divulgue

HENRIQUE MEIRELLES.

(Lucia Sweet)

Enquanto o Brasil desconfia que o lula (ou o filho do lula) seja o sócio oculto dos irmãos açougueiros, uma pessoa ontem e outra hoje dizem que o sócio é o Henrique Meirelles, que foi membro do conselho da J&F, o fundador do banco do grupo (Original) e presidiu o banco até virar ministro do Temer (abaixo republico um post que escrevi sobre ligações perigosas em 19 de abril de 2016. Ninguém deu bola. Recomendo a leitura. Sócio é coisa para tubarão, não para molusco ou bagre).

E as investigações sobre os que ganharam milhões com inside information das delações comprando dólar barato? E a venda recentes de ações do grupo J&F na alta? Isso é crime contra o sistema financeiro. E por que Henrique Meirelles dá uma declaração que ficará no cargo se o Temer não caiu e ele portanto não poderia ter sido convidado? Que conversa é essa?

E estão querendo derrubar a Maria Silva Bastos que está colocando ordem no bordel do BNDES, o que revolta os amigos de lula e dilma que devem bilhões em operações obscuras do banco. Se eu fosse ela, mesmo sem cair abriria a caixa-preta do BNDES. Não dá mais para esperar.

Não é possível que a facção do lula, dilma e PT volte a dominar o Brasil. O Temer ainda, no momento, é o menos pior. Isso aqui virou uma terra sem lei, de gangsters. Mas pode piorar de novo bastante. Escrevi este post sobre Henrique Meirelles no dia 19 de abril de 2016.

LIGAÇÕES PERIGOSAS

Com o nome de Henrique Meirelles ventilado pela imprensa primeiro em relação ao Lula e agora ao Temer, lembrei-me de uma historinha.

Logo que Henrique Meirelles foi convidado por Lula para presidir o Banco Central, eu fiquei impressionada com seu curriculum.

Imbuída de espírito jornalístico, fui investigar. (Hoje, grande parte de jornalistas, mas não todos, ainda bem, sobrevivem de press-releases e divulgação de marketing chapa-branca ). Um grande amigo, que infelizmente já morreu, contou-me a seguinte história que eu só vou relatar. Cada um pense o que quiser.

Henrique Meirelles foi por 12 anos o mais bem sucedido presidente do BankBoston no Brasil . Nesses 12 anos, os ativos do banco cresceram de US$ 70 milhões para US$ 6 bilhões. Durante esse período, o banco teve lucros tão significativos que Henrique Meirelles foi convidado em 1996 para presidir o BankBoston no mundo inteiro, com um contrato milionário.

Com a fusão em 1999 do BankBoston com o Fleet Financial Group, que criou a sétima instituição financeira dos Estados Unidos, Henrique Meirelles tornou-se o presidente do FleetBoston Financial’s Global Banking, com um salário anual de algo em torno de US$ 3 milhões de dólares. Henrique Meirelles aposentou-se em 2002, segundo seus dados biográficos. Já o meu amigo disse que na verdade o contrato foi rescindido em 2002, antes do término, e Henrique Meirelles teria recebido por isso uma indenização milionária. O que o mercado financeiro americano comentava em bocca chiusa na época foi que o sucesso estrondoso de Meirelles no Brasil deveu-se a inside informations e não se repetiu nos Estados Unidos. Verdade ou intriga? Não sei. Henrique Meirelles voltou para o Brasil e em 2006 o Banco Itau comprou o BankBoston Brasil por 4,5 bilhões de reais por meio de ações. Convidado por Lula, Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central do Brasil nos dois mandatos do ex-presidente, de 2003 a 2011.

Em 2012, a convite de Joesley Batista, Henrique Meirelles tornou-se o presidente do Conselho da J&F, com faturamento estimado em R$65 bilhões. A J&F é uma holding que controla 7 empresas, entre elas o Banco Original , Vigor e JBS (Friboi), hoje a maior empresa de carne do mundo ( que recebeu empréstimos bilionários do BNDES : R$10,6 BILHÕES entre 2005 e 2014). Segundo escreveu Ricardo Mello , Meirelles também é hoje o presidente do Banco Original desse mesmo grupo. E outro "detalhe adicional: a JBF comprou a Alpagartas por 2 bilhões, 100% financiado pela Caixa. Isso causou profunda estranheza no mercado pois havia diversos concorrentes". E ainda participa do Conselho da Azul Linhas Aéreas.

Cito O Globo: O JBS/Friboi foi uma das companhias escolhidas durante a gestão do ex-presidente Lula dentro de uma política de "campeãs nacionais" para receber volumosos empréstimos públicos que tinham o objetivo de fazê-las crescer e se expandir para o exterior. Na transação, o BNDES acabou virando sócio da companhia. Nas últimas duas eleições o JBS/Friboi tem sido uma grande doadora de campanhas eleitorais sendo que, na atual disputa, constava como a maior doadora de campanha no primeiro balanço de doadores da eleição.

Segundo relatório do TCU, o BNDES vinha se negando a dar as informações pedidas pelos técnicos do órgão e, quando o fazia, entregava documentos praticamente todos tarjados alegando sigilo bancário para esse tipo de transação.

De forma específica, a corte avaliou os aportes do BNDES envolvendo a aquisição das empresas norte-americanas Swift Foods & Co.; Smithfield Beef e National Beef; e Pilgrins Pride.

Nos três casos, a corte constatou indícios de danos ao banco, além da ausência de elementos que indiquem a existência de benefícios sociais e econômicos para o Brasil nas operações.

Conforme o TCU, também não há demonstração de que a empresa aplicou integralmente os recursos nas finalidades previstas. A corte verificou ainda que o tempo de análise e aprovação dos empréstimos foi inferior ao estipulado pelo BNDES para esses casos.

Sigilo das operações do BNDES

Em 2015 o Senado aprovou uma MP ( medida provisória) de Dilma que repassava mais 30 BILHÕES de reais para o BNDES. Mas a presidente vetou o fim do sigilo das operações do BNDES , que fazia parte do projeto de lei. Segundo O Globo,

O artigo vetado afirmava que "não poderá ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário ou interessado, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras". Atualmente, o banco pode se recusar a fornecer informações sob o argumento de que o contrato contém cláusula de sigilo.

Cito agora Reinaldo Azevedo:

E por que o Congresso tem de derrubar esse veto? Com base em decisão tomada pela primeira turma do STF. O Tribunal de Contas da União havia pedido ao banco informações sobre empréstimo concedido ao grupo JBS/Friboi. O TCU viu indícios de irregularidade e cobrou informações ao banco púbico de fomento sobre operações realizadas entre 2009 e 2014. A instituição, no entanto, alegou sigilo.

O relator do caso no Supremo, Luiz Fux, deixou claro que o sigilo é descabido quando uma operação envolve instituição pública e dinheiro igualmente público: “Quem contrata com o Poder Público não pode ter segredos, especialmente se a revelação for necessária para o controle da legitimidade do emprego dos recursos públicos”. ... O dinheiro que o BNDES empresta a empresas nacionais e entes estrangeiros é captado no mercado pela Taxa Selic e passado adiante a juros subsidiados ( e os brasileiros arcam com a diferença).

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(Lucia Sweet)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 20/05/2017
Reeditado em 20/05/2017
Código do texto: T6004657
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