ASSIM FALAVA ZARATUSTRA
“Além do Bem e do Mal” é uma obra de Nietszche, na qual ele faz uma análise da moral social e das razões que levam o homem a aproveitar as melhores concepções da mente humana para justificar suas ambições e as ações que ele realiza para satisfazê-las.
Esse tema nos remete á uma visão do Brasil de hoje. Uma das melhores obras de Portinari “Os Retirantes” retrata os famélicos nordestinos que deixavam as paisagens secas das caatingas em busca de uma vida melhor no “sul maravilha”. É justamente essa visão constrangedora e pungente da pobreza endêmica de um povo cujo espírito ainda não conseguiu se emancipar das ligações servis com seus “land lords”, que tem servido como justificativa para as elites do país definirem os rumos da nossa política social. Mais especificamente nos estados do Norte e do Nordeste, onde os políticos capturam uma grande fatia dos recursos públicos para usá-los na manutenção de feudos familiares, mascarando essa estratégia com carimbos de programas sociais. No fundo, tais programas nada mais são que uma capa para ocultar a defesa que fazem de direitos corporativos de castas especiais, como o funcionalismo público, os ganhos escandalosos de algumas classes do judiciário, as aposentadorias especiais dos militares, direitos esses hospedados no injusto sistema previdenciário do país. Fora as prerrogativas forais dos membros do poder legislativo, as isenções tributárias concedidas á igrejas, que só beneficiam uma casta de vigaristas que se vale da religião para enriquecimento pessoal, o escandaloso imposto sindical que só serve para financiar a vida fácil de um bando de vagabundos e desordeiros que se homiziam nessas organizações, o funesto fundo partidário cuja utilidade é a proliferação de partidos sem identidade nem propósito, a não ser drenar recursos do erário público para sustentar carreiras políticas de indivíduos sem qualquer compromisso com a cidadania. Não é preciso dizer que é nessa casta de privilegiados que encontraremos os filhos, netos, sobrinhos e outros parentes e amigos dessa gente. O álibi da pobreza é usado para distribuir bolsas-famílias, criar multas rescisórias, pensões especiais, distribuição de cestas básicas, passes livres em transporte público, cotas raciais, aposentadorias precoces, vale isso, vale aquilo etc.Essas pequenas esmolas sociais mascaram a sonegação dos verdadeiros e necessários direitos sociais que emancipariam o povo de sua pobreza econômica e cultural. Enquanto se contempla uma minoria com esses penduricalhos sociais, sonega-se educação, saúde, saneamento básico, transporte público e infra-estrutura necessária a um desenvolvimento sustentado e multiplicador de empregos e renda, que no fim é o que mais atenderia a uma política social realmente eficiente para todos. Atrás desse biombo socialista enganador, as elites políticas, empresariais, sindicais e religiosas drenam os recursos públicos para seus próprios bolsos e concitam o povo a ir ás ruas para defender essas esmolas que elas chamam de direitos sociais Como falava o Zaratustra de Nietszche, só os pobres dão esmolas. Para que os obres continuem pobres. E por isso também, Jesus disse que “os pobres, sempre os teremos conosco”. Ele, como Zaratustra, estava certo.
“Além do Bem e do Mal” é uma obra de Nietszche, na qual ele faz uma análise da moral social e das razões que levam o homem a aproveitar as melhores concepções da mente humana para justificar suas ambições e as ações que ele realiza para satisfazê-las.
Esse tema nos remete á uma visão do Brasil de hoje. Uma das melhores obras de Portinari “Os Retirantes” retrata os famélicos nordestinos que deixavam as paisagens secas das caatingas em busca de uma vida melhor no “sul maravilha”. É justamente essa visão constrangedora e pungente da pobreza endêmica de um povo cujo espírito ainda não conseguiu se emancipar das ligações servis com seus “land lords”, que tem servido como justificativa para as elites do país definirem os rumos da nossa política social. Mais especificamente nos estados do Norte e do Nordeste, onde os políticos capturam uma grande fatia dos recursos públicos para usá-los na manutenção de feudos familiares, mascarando essa estratégia com carimbos de programas sociais. No fundo, tais programas nada mais são que uma capa para ocultar a defesa que fazem de direitos corporativos de castas especiais, como o funcionalismo público, os ganhos escandalosos de algumas classes do judiciário, as aposentadorias especiais dos militares, direitos esses hospedados no injusto sistema previdenciário do país. Fora as prerrogativas forais dos membros do poder legislativo, as isenções tributárias concedidas á igrejas, que só beneficiam uma casta de vigaristas que se vale da religião para enriquecimento pessoal, o escandaloso imposto sindical que só serve para financiar a vida fácil de um bando de vagabundos e desordeiros que se homiziam nessas organizações, o funesto fundo partidário cuja utilidade é a proliferação de partidos sem identidade nem propósito, a não ser drenar recursos do erário público para sustentar carreiras políticas de indivíduos sem qualquer compromisso com a cidadania. Não é preciso dizer que é nessa casta de privilegiados que encontraremos os filhos, netos, sobrinhos e outros parentes e amigos dessa gente. O álibi da pobreza é usado para distribuir bolsas-famílias, criar multas rescisórias, pensões especiais, distribuição de cestas básicas, passes livres em transporte público, cotas raciais, aposentadorias precoces, vale isso, vale aquilo etc.Essas pequenas esmolas sociais mascaram a sonegação dos verdadeiros e necessários direitos sociais que emancipariam o povo de sua pobreza econômica e cultural. Enquanto se contempla uma minoria com esses penduricalhos sociais, sonega-se educação, saúde, saneamento básico, transporte público e infra-estrutura necessária a um desenvolvimento sustentado e multiplicador de empregos e renda, que no fim é o que mais atenderia a uma política social realmente eficiente para todos. Atrás desse biombo socialista enganador, as elites políticas, empresariais, sindicais e religiosas drenam os recursos públicos para seus próprios bolsos e concitam o povo a ir ás ruas para defender essas esmolas que elas chamam de direitos sociais Como falava o Zaratustra de Nietszche, só os pobres dão esmolas. Para que os obres continuem pobres. E por isso também, Jesus disse que “os pobres, sempre os teremos conosco”. Ele, como Zaratustra, estava certo.