Cidadania: está contida no universo da educação?
Cidadania: Se for um princípio contido no universo da educação, é um elemento puramente imaginário à deriva pelo infinito.
É insustentável a teoria de que alguém viva democraticamente em pleno gozo dos direitos políticos que são atribuídos a um indivíduo, se os cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano são vitimados do vicio a subordinação ao domínio de pseudos abastados do conhecimento cientifico, tecnológico e literário. Controladores dos recursos materiais e financeiros.
Pessoas arrebanhadas todos os dias, seja no campo ou na cidade, sempre com um pretexto de conseguir; emprego, atendimento médico, amparo social.
Enquanto isso, há o total desmoronamento da dignidade moral, em nome de um padrão miserável de estabilidade emocional.
A eterna carência da tão sonhada educação, que poderia trazer a luz cidadania, transforma a sociedade a cada dia num verdadeiro Brejo da Cruz, como descreve (Chico Buarque) em sua canção. A cruel diferença, é que na realidade nua da sub-humanidade, não chega a ser novidade a criançada se alimentar de luz. Alucinados ficam azuis e desencarnam meninos, meninas, homens, mulheres, jovens e velhos. É triste constatar que há milhões desses seres que se disfarçam tão bem, cumprindo seu destino vida de gado como refere-se (Zé Ramalho) em outra canção memorável, onde supostamente o povo apesar de fugir inutilmente da ignorância, sonham com melhores tempos idos, contemplando a vida, presos numa cela, ainda acham que são felizes acreditando ser um doutor, padre ou policial, que está contribuindo com sua parte para um belo quadro social. (Raul Seixas).
A realidade amarga está na caminhada torturante de cada qual que segue carregando seu ouro de tolo como estandarte da agonia de jamais haver inversão desta ordem perversa que paira sobre as cabeças alimentando a injustiça e desigualdade, por causa da ausência total da educação que poderia trazer a luz a cidadania. Sem educação não haverá cidadania, mas reinará para sempre o voraz fogo petulante dos pseudos abastados.