O PARTIDO ODEBRECHT
Nem PMDB, nem PT nem PSDB. Quem manda mesmo no país é o PO, Partido Odebrecht.
Até algum tempo atrás a gente pensava que o Brasil era um país multipartidário, pois temos trinta e cinco agremiações políticas disputando os descompromissados votos dos nossos eleitores. Enganamo-nos redondamente. No Brasil só há mesmo um grande partido, que elege quem quer, para onde quer, e para o que quer. É o partido das empreiteiras de obras públicas, do qual, a grande líder é a construtora Odebrecht.
Vê-se agora, pelas investigações da Lava Jato, e pelas delações premiadas de seus executivos, que há mais de trinta anos essa empresa vem mandando no país, comprando presidentes, senadores, deputados, governadores, prefeitos, sindicatos, procuradores e juízes, e até índios, açambarcando para seus propósitos praticamente toda a máquina pública.
Mas que não se pense que essa promiscuidade entre políticos e empreiteiros é coisa recente. Janio Quadros, Ademar de Barros, Abreu Sodré, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, e outros políticos anteriores á “revolução redentora”, se fossem vivos e fizessem hoje uma delação premiada, teriam muito a dizer sobre essa relação incestuosa que essa gente mantém para violar sistematicamente o ventre da mãe-pátria. Juscelino, por exemplo, poderia contar o quanto recebeu de propina para construir Brasilia, Ademar de Barros para fazer a Via Anchieta, e Jânio então, esse até os meses que ele ficou no Einsten para morrer foram bancados por uma construtora.
E que não se diga que na época da ditadura não acontecia isso. A diferença é que não havia Ministério Público nem Policia Federal para investigar, nem imprensa para denunciar. Quem abrisse a boca para falar um “a” de algum membro do governo ia parar na cadeia. O Juca Chaves, já no fim do governo do João Figueiredo, quando já não havia mais censura, costumava dizer, em tom de chacota, que o Coronel Andreazza, na época ministro dos transportes, brigou com o presidente João Figueiredo porque este foi fazer sua ponte de safena nos Estados Unidos ao invés de fazê-la no Brasil. Por isso ele não pode cobrar comissão.
Na verdade essa bandalheira sempre existiu. Só não era praticada de forma tão descarada como é hoje. A Odebrecht comprou praticamente a máquina pública inteira. Parece que não há uma única instituição hoje no país que não tenha sido contaminada pela corrupção. Nela entram o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e não sobra ninguém para aplicar o que Montesquieu chamava de freios e contra-pesos do poder. Pois quem fiscaliza quem, num sistema onde os juízes dos Tribunais de Contas são nomeados pelo critério do apadrinhamento e os ministros dos tribunais superiores são indicados politicamente pelos próprios governantes? E tudo acaba em um verdadeiro conluio entre os donos do poder, em detrimento do interesse público? Tivemos uma prova disso no julgamento do Mensalão quando alguns dos juízes do Supremo Tribunal Federal advogaram descaradamente a favor dos réus, provocando a ira do relator, o inefável Joaquim Barbosa, que em vista disso, acabou se aposentando precocemente. Tanto é que a maioria já está livre e solta, e delinqüindo novamente, pois alguns deles também aparecem na Lava a Jato.
Não tenham dúvidas. Assim como UDN, PRP, ARENA, MDB e outros partidões que, no passado, serviram de biombos para encobrir o incesto que políticos e empreiteiros cometiam contra a mãe-pátria, mudaram de cara, também agora os PSDB, PT, PP, DEM e congêneres, irão fazer alguma plástica para se apresentarem nas próximas eleições com uma cara diferente. Serão os mesmos vigaristas que aparecerão nos palanques e nas telas da TV pedindo o nosso voto. E por trás deles estará o mesmo esquema, formado por empresários inescrupulosos, porque, na verdade, partidos como o que a Odebrecht fundou para saquear o país, são como as míticas hidras de Lerna. Quanto mais se lhes corta a cabeça, sempre nasce outra no lugar. Só nos resta ficar atentos e expulsá-los de vez da vida pública. Talvez a gente só substitua os velhos corruptos por novos. Mas se não tentarmos, nunca saberemos. E por mais difícil que seja, tentar mudar o que não presta é sempre melhor que simplesmente se conformar.
Nem PMDB, nem PT nem PSDB. Quem manda mesmo no país é o PO, Partido Odebrecht.
Até algum tempo atrás a gente pensava que o Brasil era um país multipartidário, pois temos trinta e cinco agremiações políticas disputando os descompromissados votos dos nossos eleitores. Enganamo-nos redondamente. No Brasil só há mesmo um grande partido, que elege quem quer, para onde quer, e para o que quer. É o partido das empreiteiras de obras públicas, do qual, a grande líder é a construtora Odebrecht.
Vê-se agora, pelas investigações da Lava Jato, e pelas delações premiadas de seus executivos, que há mais de trinta anos essa empresa vem mandando no país, comprando presidentes, senadores, deputados, governadores, prefeitos, sindicatos, procuradores e juízes, e até índios, açambarcando para seus propósitos praticamente toda a máquina pública.
Mas que não se pense que essa promiscuidade entre políticos e empreiteiros é coisa recente. Janio Quadros, Ademar de Barros, Abreu Sodré, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, e outros políticos anteriores á “revolução redentora”, se fossem vivos e fizessem hoje uma delação premiada, teriam muito a dizer sobre essa relação incestuosa que essa gente mantém para violar sistematicamente o ventre da mãe-pátria. Juscelino, por exemplo, poderia contar o quanto recebeu de propina para construir Brasilia, Ademar de Barros para fazer a Via Anchieta, e Jânio então, esse até os meses que ele ficou no Einsten para morrer foram bancados por uma construtora.
E que não se diga que na época da ditadura não acontecia isso. A diferença é que não havia Ministério Público nem Policia Federal para investigar, nem imprensa para denunciar. Quem abrisse a boca para falar um “a” de algum membro do governo ia parar na cadeia. O Juca Chaves, já no fim do governo do João Figueiredo, quando já não havia mais censura, costumava dizer, em tom de chacota, que o Coronel Andreazza, na época ministro dos transportes, brigou com o presidente João Figueiredo porque este foi fazer sua ponte de safena nos Estados Unidos ao invés de fazê-la no Brasil. Por isso ele não pode cobrar comissão.
Na verdade essa bandalheira sempre existiu. Só não era praticada de forma tão descarada como é hoje. A Odebrecht comprou praticamente a máquina pública inteira. Parece que não há uma única instituição hoje no país que não tenha sido contaminada pela corrupção. Nela entram o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e não sobra ninguém para aplicar o que Montesquieu chamava de freios e contra-pesos do poder. Pois quem fiscaliza quem, num sistema onde os juízes dos Tribunais de Contas são nomeados pelo critério do apadrinhamento e os ministros dos tribunais superiores são indicados politicamente pelos próprios governantes? E tudo acaba em um verdadeiro conluio entre os donos do poder, em detrimento do interesse público? Tivemos uma prova disso no julgamento do Mensalão quando alguns dos juízes do Supremo Tribunal Federal advogaram descaradamente a favor dos réus, provocando a ira do relator, o inefável Joaquim Barbosa, que em vista disso, acabou se aposentando precocemente. Tanto é que a maioria já está livre e solta, e delinqüindo novamente, pois alguns deles também aparecem na Lava a Jato.
Não tenham dúvidas. Assim como UDN, PRP, ARENA, MDB e outros partidões que, no passado, serviram de biombos para encobrir o incesto que políticos e empreiteiros cometiam contra a mãe-pátria, mudaram de cara, também agora os PSDB, PT, PP, DEM e congêneres, irão fazer alguma plástica para se apresentarem nas próximas eleições com uma cara diferente. Serão os mesmos vigaristas que aparecerão nos palanques e nas telas da TV pedindo o nosso voto. E por trás deles estará o mesmo esquema, formado por empresários inescrupulosos, porque, na verdade, partidos como o que a Odebrecht fundou para saquear o país, são como as míticas hidras de Lerna. Quanto mais se lhes corta a cabeça, sempre nasce outra no lugar. Só nos resta ficar atentos e expulsá-los de vez da vida pública. Talvez a gente só substitua os velhos corruptos por novos. Mas se não tentarmos, nunca saberemos. E por mais difícil que seja, tentar mudar o que não presta é sempre melhor que simplesmente se conformar.