Momento político de 1937
O final do ano de 1937 ficou na história regional e nacional devido ao início do Estado Novo, que constituiu os últimos anos do Governo Vargas, que se estendeu até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando teve início a redemocratização do País. Pelos caminhos da história, podemos retornar 80 anos, em relação aos eventos atuais, na tão próxima cidade de São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro, para rememorar a realização de um elegante banquete, servido em conjunto de cem jogos de talher, oferecido no salão de festas do Hotel Cosini.
Esta festa foi realizada, no dia 7 de março de 1937, para homenagear o ilustre advogado e político Dr. Alfredo Serra Junior, que também exercia atividade jornalística em São Sebastião do Paraíso, como redator do seminário intitulado “O Liberal”. O conhecido advogado também exercia o cargo de secretário do diretório municipal do Partido Liberal Progressista, bem como o de segundo secretário da Ordem dos Advogados. Vinte dias depois da solenidade, o evento social foi noticiado, no Rio de Janeiro, na edição do mês de abril da revista “O Malho”.
Membro de conhecida família paraisense, em 1911, Alfredo Serra Junior graduou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, quando houve uma elegante solenidade de colação de grau no salão da sede social do Automóvel Clube do Brasil. Como fazia parte do protocolo social da época, a festa foi amplamente noticiada na imprensa nacional. Ao comemorar o 20º aniversário de formatura houve uma reportagem especial publicada no Diário Carioca, do Rio de Janeiro, edição de 29 de dezembro de 1931, fonte que utilizamos para recompor parte da história local e nacional.
No contexto da época do referido banquete de 1937, Alfredo Serra Júnior tinha como colegas de profissão, que exerciam a advocacia no fórum da cidade, os seguintes advogados: Armando de Paula e Silva, Francisco Herculano Duarte, Geraldo Amaral, João Caetano da Cunha, José de Souza Soares, João de Paula e Silva, João Rezende Pimenta, João Brasil e Romero Barbosa, conforme consta publicado no histórico Almanaque Laemmert, do Rio de Janeiro, do ano de 1935. A todos os protagonistas da história paraisense da década de 1930, citados nessa crônica, nossas reverências em nome da cidade dos nossos dias.