AS DEZ PRAGAS DO BRASIL
Você já foi acordado pelo telefone, com a voz do Moacir Franco, da Hortência ou de outra pessoa conhecida qualquer, dizendo “ estamos ligando para você ..”. Pois é, esse é um desses malditos Calls Centers, que além de propagar a praga do gerúndio (estamos ligando, oferecendo, fazendo etc), ainda vive a encher nossa paciência, pegando a gente nas horas mais difíceis do dia para oferecer coisas que a gente não quer, não precisa, nem cogita comprar. É uma das pragas dos dias de hoje.
Não vou me deter nessa outra praga, que são as torcidas organizadas, porque já escrevi bastante a respeito e cada vez que vejo essa turma de marginais na rua, nos estádios ou na TV, começo a pensar que o Bolsonaro tem razão. E dar razão a esse cara é uma coisa que peço a Deus para que me livre e guarde.
No nosso sistema judiciário já cansei de meter o pau. É um sistema que coloca a burocracia do processo á frente de qualquer noção de justiça. Vale mais as chicanas jurídicas que os advogados impetram em favor de seus clientes do que o valor moral e ético da lei. Por isso, advogados espertos ganham a maioria das causas, enquanto os éticos, os que acreditam na justiça, raramente triunfam. Essa é outra praga que inferniza a vida de quem precisa recorrer ao nosso judiciário.
Quanto ao sistema de saúde, também já cansei de falar. Fui provedor de uma Santa Casa de Misericórdia e sei o quanto de podridão e safadeza existe por trás de um sistema que gasta 15 % do orçamento público e deixa milhões de pessoas morrerem nas filas dos hospitais, por falta de vagas, falta de remédios, ausência de médicos e outras mazelas que ocorrem nos bastidores do sistema.
Do nosso sistema de ensino, o que posso falar? Já fui professor. Nos anos setenta e oitenta, lecionei no hoje chamado ensino fundamental e médio. Depois militei durante um tempo no ensino universitário. Ser professor na época da ditadura não era fácil. Tínhamos que ensinar o que o Estado mandava. Éramos vigiados como crianças na praia. Agora as coisas são mais livres, mas eu não sei se a liberdade atual compensa a deterioração da qualidade e a falta de compromisso que a educação dita moderna tem com a formação da nossa juventude.
Por fim ficam as quatro últimas pragas que são os sindicatos, os partidos políticos, as igrejas evangélicas alternativas e os pichadores. Com estes últimos não vou gastar tinta. Só desejo que apareçam mais Dórias por aí para dar um jeito nesses marginais que emporcalham nossas cidades. É uma praga menor, mas que incomoda, incomoda.
Quantos aos partidos políticos, só no Congresso existem 27 siglas lá representadas. Fora os que não elegeram nenhum representante. No Brasil só tem dois negócios tão bons quanto fundar partido político: é fundar sindicato e abrir igreja evangélica. Estas últimas só servem para enganar trouxa e enriquecer malandros. Ou para eleger deputado corrupto.
Já os sindicatos são um cancro do nosso sistema econômico. Já não basta a nossa legislação trabalhista ser uma verdadeira praga, que só serve para enriquecer advogados malandros que vivem dos acordos que eles forçam nos fóruns (e o juiz sempre homologa para se livrar do processo) temos também mais de 15.000 entidades sindicais no país.
Criar partido político é bom por causa do fundo partidário que toda agremiação tem direito. Esse dinheiro, que sai do nosso bolso, sustenta milhares de supostos políticos malandros e safados que trabalham nessas agremiações, as quais são fundadas somente para negociar apoio a outros partidos maiores. E os sindicatos vivem do imposto sindical, o qual financia carreiras políticas, greves, paralisações e principalmente a vida fácil de milhares de vagabundos que se dizem líderes sindicais, mas que vivem á custa dos trabalhadores, promovendo badernas, paralisações e destruição do patrimônio público, sem qualquer preocupação ou compromisso com o bem estar dos seus representados, ou com o futuro da nação.
Os sindicatos são uma das dez piores pragas deste país. E o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um imposto próprio para financiar essa atividade, que devia ser fundamental para o equilíbrio entre o capital e o trabalho, mas que se tornou uma atividade francamente nociva e predatória. É justo e útil que os trabalhadores se organizem e tenham uma entidade que os represente e lute pelos seus direitos. Mas não da forma como é feito hoje, fazendo o país se tornar uma verdadeira república sindicalista.
O Brasil não é o antigo Egito, mas está sofrendo com todas essas pragas. Elas não foram mandadas por um Deus irado, como castigo pela tirania de um faraó, embora os nossos Getúlio Vargas, Fernando Collor, Fernando Henrique, Lula, e outros, para não falar dos generais da ditadura, talvez tivessem encarnado o espírito de um deles. Pois foi pelas mãos desses políticos que a maioria dessas pragas caíram sobre o nosso país.
Os egípcios se livraram das pragas expulsando os israelitas do Vale do Nilo. E nós só nos livraremos das nossas com reformas verdadeiras, que eliminem esses cancros da nossa vida econômica, social e política. Mas só vamos conseguir isso se tomarmos consciência do mal que elas fazem ao nosso país.
Você já foi acordado pelo telefone, com a voz do Moacir Franco, da Hortência ou de outra pessoa conhecida qualquer, dizendo “ estamos ligando para você ..”. Pois é, esse é um desses malditos Calls Centers, que além de propagar a praga do gerúndio (estamos ligando, oferecendo, fazendo etc), ainda vive a encher nossa paciência, pegando a gente nas horas mais difíceis do dia para oferecer coisas que a gente não quer, não precisa, nem cogita comprar. É uma das pragas dos dias de hoje.
Não vou me deter nessa outra praga, que são as torcidas organizadas, porque já escrevi bastante a respeito e cada vez que vejo essa turma de marginais na rua, nos estádios ou na TV, começo a pensar que o Bolsonaro tem razão. E dar razão a esse cara é uma coisa que peço a Deus para que me livre e guarde.
No nosso sistema judiciário já cansei de meter o pau. É um sistema que coloca a burocracia do processo á frente de qualquer noção de justiça. Vale mais as chicanas jurídicas que os advogados impetram em favor de seus clientes do que o valor moral e ético da lei. Por isso, advogados espertos ganham a maioria das causas, enquanto os éticos, os que acreditam na justiça, raramente triunfam. Essa é outra praga que inferniza a vida de quem precisa recorrer ao nosso judiciário.
Quanto ao sistema de saúde, também já cansei de falar. Fui provedor de uma Santa Casa de Misericórdia e sei o quanto de podridão e safadeza existe por trás de um sistema que gasta 15 % do orçamento público e deixa milhões de pessoas morrerem nas filas dos hospitais, por falta de vagas, falta de remédios, ausência de médicos e outras mazelas que ocorrem nos bastidores do sistema.
Do nosso sistema de ensino, o que posso falar? Já fui professor. Nos anos setenta e oitenta, lecionei no hoje chamado ensino fundamental e médio. Depois militei durante um tempo no ensino universitário. Ser professor na época da ditadura não era fácil. Tínhamos que ensinar o que o Estado mandava. Éramos vigiados como crianças na praia. Agora as coisas são mais livres, mas eu não sei se a liberdade atual compensa a deterioração da qualidade e a falta de compromisso que a educação dita moderna tem com a formação da nossa juventude.
Por fim ficam as quatro últimas pragas que são os sindicatos, os partidos políticos, as igrejas evangélicas alternativas e os pichadores. Com estes últimos não vou gastar tinta. Só desejo que apareçam mais Dórias por aí para dar um jeito nesses marginais que emporcalham nossas cidades. É uma praga menor, mas que incomoda, incomoda.
Quantos aos partidos políticos, só no Congresso existem 27 siglas lá representadas. Fora os que não elegeram nenhum representante. No Brasil só tem dois negócios tão bons quanto fundar partido político: é fundar sindicato e abrir igreja evangélica. Estas últimas só servem para enganar trouxa e enriquecer malandros. Ou para eleger deputado corrupto.
Já os sindicatos são um cancro do nosso sistema econômico. Já não basta a nossa legislação trabalhista ser uma verdadeira praga, que só serve para enriquecer advogados malandros que vivem dos acordos que eles forçam nos fóruns (e o juiz sempre homologa para se livrar do processo) temos também mais de 15.000 entidades sindicais no país.
Criar partido político é bom por causa do fundo partidário que toda agremiação tem direito. Esse dinheiro, que sai do nosso bolso, sustenta milhares de supostos políticos malandros e safados que trabalham nessas agremiações, as quais são fundadas somente para negociar apoio a outros partidos maiores. E os sindicatos vivem do imposto sindical, o qual financia carreiras políticas, greves, paralisações e principalmente a vida fácil de milhares de vagabundos que se dizem líderes sindicais, mas que vivem á custa dos trabalhadores, promovendo badernas, paralisações e destruição do patrimônio público, sem qualquer preocupação ou compromisso com o bem estar dos seus representados, ou com o futuro da nação.
Os sindicatos são uma das dez piores pragas deste país. E o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem um imposto próprio para financiar essa atividade, que devia ser fundamental para o equilíbrio entre o capital e o trabalho, mas que se tornou uma atividade francamente nociva e predatória. É justo e útil que os trabalhadores se organizem e tenham uma entidade que os represente e lute pelos seus direitos. Mas não da forma como é feito hoje, fazendo o país se tornar uma verdadeira república sindicalista.
O Brasil não é o antigo Egito, mas está sofrendo com todas essas pragas. Elas não foram mandadas por um Deus irado, como castigo pela tirania de um faraó, embora os nossos Getúlio Vargas, Fernando Collor, Fernando Henrique, Lula, e outros, para não falar dos generais da ditadura, talvez tivessem encarnado o espírito de um deles. Pois foi pelas mãos desses políticos que a maioria dessas pragas caíram sobre o nosso país.
Os egípcios se livraram das pragas expulsando os israelitas do Vale do Nilo. E nós só nos livraremos das nossas com reformas verdadeiras, que eliminem esses cancros da nossa vida econômica, social e política. Mas só vamos conseguir isso se tomarmos consciência do mal que elas fazem ao nosso país.