“Vice, só Aureliano."
Durante muito tempo ouvimos esse bordão do humorista Jô Soares: “Vice, só Aureliano”. É que na maioria dos casos o Vice é apenas uma figura simbólica, sem nenhuma atuação, por falta de oportunidade concedida pelo seu titular.
Aureliano Chaves, Vice-Presidente do General João Batista Figueiredo, último Presidente do regime militar, teve realmente a sua importância na transição democrática. Político experiente, já tendo sido governador de Minas Gerais, entre outros cargos no Legislativo, foi o braço direito de Figueiredo, que era canhoto.
Aqui em Alagoas, tivemos um caso semelhante, em que o Vice-Governador foi muito atuante, em razão da parceria com seu titular, que não hesitava em dizer que era “um governo a quatro mãos”. Ou seja, os dois governavam.
Recentemente, um famoso cronista, baseado na experiência atual, admitiu que melhoria seria acabar com a figura do Vice em todas as esferas políticas, que eliminaria cerca de 30.000 cargos improdutivos. Mais de 5.000 vice-prefeitos, 27 vice-governadores, um vice-presidente, somando aí alguns de seus assessores, chega-se a esse número de cargos simbólicos. Se o Vice é apenas uma expectativa de poder, quando da ausência do titular, melhoria seria deixar a substituição a critério do Presidente da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal, nos respectivos cargos de Prefeito, Governador e Presidente da República.
Que tal espalhar essa ideia?