Procura-se um Ministro
Não se pode alegar a escassez de recursos humanos para ocupar o cargo de Ministro de Justiça. Se a dificuldade é por estar ou não vinculado a partido A ou B, que reivindica o preenchimento desse espaço, isto poderia ser perfeitamente descartado, porque, a essa altura, o que interessa é servir ao Brasil e não a uma determinada agremiação partidária. Sendo a escolha uma atribuição do Presidente da República, que está na condição suprapartidária, pelo menos em tese, não deveria submeter-se à intercessão de terceiros. Comprovadamente, há nos diversos órgãos da Administração Pública, pessoas com a devida competência técnica e conduta ilibada capazes de assumir a pasta sem decepcionar o brasileiro. A decepção ocorrerá se a escolha recair naquele que seu histórico não o recomenda. Eis aí a razão por que acima da competência técnica está a comportamental. Não basta saber fazer. É preciso fazer dentro de um critério que atenda aos princípios morais e éticos de uma sociedade regida pela Carta Magna, a Constituição.