A SÍNDROME DO BOM LADRÃO.
Jesus que me perdoe, mas ele tem culpa em tudo isso que está acontecendo no Brasil. Quem mandou ele perdoar o bom ladrão e prometer que bastaria o pilantra se arrepender das estrepolias que fez, para entrar, naquela mesma tarde, junto com ele no Paraíso?
Pois foi com esse fundamento teológico que muitos padres encheram as burras vendendo indulgências e lugares no céu para quem podia pagar. Foi isso também que fez Martinho Lutero se encher de ira ( e inveja) e criar outra súcia de mistificadores, que hoje são tantos e tão ricos com o comércio da fé, que fariam inveja a Salomão.
Esse, certamente, é também o fundamento filosófico e moral da chamada delação premiada. Posso roubar á vontade durante a vida inteira, e quando chegar a hora de devolver a alma ao Criador, (ou enfrentar o Sérgio Moro), basta confessar as maldades que fiz e dizer que estou arrependido e está tudo certo.
É assim que as coisas estão acontecendo no Brasil. Larápios que assaltaram os cofres públicos durante anos estão agora comparecendo perante os juízes e fazendo suas “meas culpas” na esperança de conseguirem uma pena branda, que retire de seus ombros o peso maior dos crimes cometidos. Com isso logo estarão livres para gastar galhardamente o produto dos seus roubos, sem medo nem culpa. São bandidos que estão garantindo, antecipadamente, seus lugares no Paraíso.
São todos bons ladrões, que agora se apresentam como “Madalenas arrependidas” dizendo querer colaborar com as autoridades para “passar o Brasil a limpo”. Desde que fiquem com uma boa parte do produto da pilhagem, que, com toda certeza, será bem maior do que as migalhas que a Justiça os obrigar a devolver.
Daqui a alguns anos, cinco ou dez, talvez, quando esses larápios forem julgados, alguns já estarão mortos ou com suas penas comutadas pelo tempo que passaram nas prisões, antes de serem julgados. E a grande maioria já estará livre em razão dos “habeas corpus” que serão concedidos pelos Toffolis e pelos Lewandowkis da vida. Todos estarão, de fato, no Paraíso. Rindo da nossa cara e agradecendo ao Bom Jesus pela tese do arrependimento eficaz.
Afinal, o Brasil é, de fato, um paraíso tropical, onde o crime compensa e o criminoso vira modelo de competência. Eike Batista já foi biografado em livro, Lula já teve sua biografia contada em filme e o ex –senador Luís Estevão já foi indicado como “yupie” bem sucedido, que merecia ser modelado.
Estamos vivendo o momento da Síndrome do Bom Ladrão. Resta lembrar o saudoso Stanilau Ponte Preta com o seu famoso mote: “restauremos a moralidade ou locupletemo-nos todos”. Como restaurar a moralidade vai ser muito difícil com esse sistema que está aí, talvez seja melhor a segunda opção, pois em um país onde basta confessar os seus pecados para ser perdoado, não será preciso nem esperar o Dia do Juízo. Como diz o Edir Macedo, basta pagar seu dízimo que o seu lugar no céu está garantido.
Jesus que me perdoe, mas ele tem culpa em tudo isso que está acontecendo no Brasil. Quem mandou ele perdoar o bom ladrão e prometer que bastaria o pilantra se arrepender das estrepolias que fez, para entrar, naquela mesma tarde, junto com ele no Paraíso?
Pois foi com esse fundamento teológico que muitos padres encheram as burras vendendo indulgências e lugares no céu para quem podia pagar. Foi isso também que fez Martinho Lutero se encher de ira ( e inveja) e criar outra súcia de mistificadores, que hoje são tantos e tão ricos com o comércio da fé, que fariam inveja a Salomão.
Esse, certamente, é também o fundamento filosófico e moral da chamada delação premiada. Posso roubar á vontade durante a vida inteira, e quando chegar a hora de devolver a alma ao Criador, (ou enfrentar o Sérgio Moro), basta confessar as maldades que fiz e dizer que estou arrependido e está tudo certo.
É assim que as coisas estão acontecendo no Brasil. Larápios que assaltaram os cofres públicos durante anos estão agora comparecendo perante os juízes e fazendo suas “meas culpas” na esperança de conseguirem uma pena branda, que retire de seus ombros o peso maior dos crimes cometidos. Com isso logo estarão livres para gastar galhardamente o produto dos seus roubos, sem medo nem culpa. São bandidos que estão garantindo, antecipadamente, seus lugares no Paraíso.
São todos bons ladrões, que agora se apresentam como “Madalenas arrependidas” dizendo querer colaborar com as autoridades para “passar o Brasil a limpo”. Desde que fiquem com uma boa parte do produto da pilhagem, que, com toda certeza, será bem maior do que as migalhas que a Justiça os obrigar a devolver.
Daqui a alguns anos, cinco ou dez, talvez, quando esses larápios forem julgados, alguns já estarão mortos ou com suas penas comutadas pelo tempo que passaram nas prisões, antes de serem julgados. E a grande maioria já estará livre em razão dos “habeas corpus” que serão concedidos pelos Toffolis e pelos Lewandowkis da vida. Todos estarão, de fato, no Paraíso. Rindo da nossa cara e agradecendo ao Bom Jesus pela tese do arrependimento eficaz.
Afinal, o Brasil é, de fato, um paraíso tropical, onde o crime compensa e o criminoso vira modelo de competência. Eike Batista já foi biografado em livro, Lula já teve sua biografia contada em filme e o ex –senador Luís Estevão já foi indicado como “yupie” bem sucedido, que merecia ser modelado.
Estamos vivendo o momento da Síndrome do Bom Ladrão. Resta lembrar o saudoso Stanilau Ponte Preta com o seu famoso mote: “restauremos a moralidade ou locupletemo-nos todos”. Como restaurar a moralidade vai ser muito difícil com esse sistema que está aí, talvez seja melhor a segunda opção, pois em um país onde basta confessar os seus pecados para ser perdoado, não será preciso nem esperar o Dia do Juízo. Como diz o Edir Macedo, basta pagar seu dízimo que o seu lugar no céu está garantido.