IMPUNIDADE MAIS UMA VEZ?

Antonio França França

Estamos todos estupefatos com o crime praticado por por um cidadão em João Pessoa, cuja credencial maior é ser filho de um empresário da Rede de Comunicação, afiliada da Vênus Platinada e parente próximo da impunidade. A atávica atitude criminosa por ele praticada remonta aos velhos tempos do Brasil Colônia, do Brasil Império, do Brasil do Estado Novo, do Brasil do tempo desvirtuado da má política. Quando se imagina que o mau exemplo ora dado por aqueles envolvidos em escânda-los, como o da Lava a Jato, da Petrobrás estão sendo devidamente apurados e os envolvidos punidos... (sic). Eis que exsurge, anacronicamente, prática de igual gravidade acobertada outrora nos moldes dos tempos dos usineiros, os donos de Engenho, de maus políticos, dos chefetes de província, de maus Juízes, comum nos velhos tempos do PSD, UDN, de um passado vergonhoso e recente, de triste lembrança. Um funcionário do DETRAN daquela cidade, no exercício de sua função, atropelado e morto como se mata um animal raivoso, danado. Por certo a população em geral, os meios de comunicação sérios, o mundo jurídico, não calarão diante da monstruosidade criminosa e jurídica cometida. O pressuroso desembargador do TJPB dentro da lei, expedito no seu oficio, deixou a impressão de ter agido a serviço da dominância ao conceder a liberação do infrator. Este fato envergonha a sociedade paraibana; a policia, a O A B, o Tribunal de Justiça da Paraíba e todo o arcabouço institucional daquele estado. A sociedade certamente não comunga, e jamais deve silenciar o acontecido. Nos envergonhemos de termos entre nós pares, iguais, um cidadão, enrustido, frio, dissimulado, travestido de humano. Na verdade estamos a ver nesse evento terrível o contrastar de um Brasil recente, do Brasil Real com o Brasil virtual, com todos os seus paradoxos, com seus matizes, suas implicações bizarras, suas intercorrências, revisitado vergonhosamente. Invoquemos a justiça dos homens e a justiça Divina. Esse crime não pode ficar encoberto, esquecido, e não punido! NÃO! à impunidade! O tempora, o mores! (CICERO)

Data: 03 de setembro de 2017

ANTONIO FRANÇA

ANTONIO FRANÇA
Enviado por ANTONIO FRANÇA em 29/01/2017
Reeditado em 22/05/2019
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