Seus Arquétipos são injustos, mas os meus são ideal !!!

Em nosso inconsciente existe o conceito ideal de algumas situações, objetos ou pessoas, Platão chamava isso de arquétipo, que seria o modelo perfeito de algo, para ele tais formas eram eternas e imutáveis, advinda de algo que está além do corpo físico.

Aplicando este conceito no mundo moderno, industrial e urbanizado, percebemos que os arquétipos existem, porém são construções sociais com a finalidade de padronizar e representar determinado comportamento. Um exemplo seria o salto alto, quando pensamos em uma mulher usando salto, logo nos vem a mente uma mulher magra, esbelta, bonita, dificilmente nós iremos imaginar uma mulher feia em um salto alto.

Como estamos rodeados de arquétipos, mesmo se formos próximo da suposta perfeição, jamais seremos capazes de preencher todos os modelos existentes, e é justamente nesta parte que problemas comportamentais podem ocorrer, criando indivíduos inconformados, depressivos e doentes que buscam algo, mas não sabem ao certo o quê buscar.

A todo instante somos bombardeados de arquétipos, isso é uma forma de marketing usado pelas empresas para aumentar a venda, caso padronizarmos todos os indivíduos será bem mais fácil controlá-los e lucrar com isso, porém algumas pessoas não possuem maturidade emocional para entender que estão fora dos padrões propagados, não entendem que sempre existirá pessoas acima do peso, outras com menos cabelos, outras maiores em altura, mas menores em inteligência enfim, são inúmeras as possibilidade existente para a diversidade biológica, no entanto isso não é ruim, tão pouco bom, é apenas a natureza buscando seu objetivo.

Quando não se está preparado mentalmente para aceitar que talvez jamais nos enquadremos nos padrões construídos pelo capitalismo, começamos a querer impor que os padrões mudem para nos agradar, então surgem os movimentos sociais com o intuito de remodelar e repadronizar a sociedade, criminalizando quem pensa diferente. Acabamos caindo em um paradoxo, combater a padronização para criarmos nosso próprio padrão, no fim não estão lutando para desconstruir os arquétipos, mas para que os arquétipos vigentes se alterem para os que mais lhe agradam, é muito fácil de perceber isso.

O correto seria ignorar totalmente os padrões em vez de tentar impor os seus, é buscar o que você tem de melhor e trabalhar nisso para que o senso comum desabe, mas isso é trabalhoso, é árduo e não dá ibope.