De diacronias e de espertezas: o inesgotável maucaratismo do "ser" político

Decididamente, a casta dos políticos profissionais brasileiros que engloba os q estão fora do jogo e querem entrar e os q estão dentro do jogo mas q não querem sair, continua a se colocar de costas para a sociedade. Parece q o "recado" dado pela sociedade através das urnas nas últimas eleições municipais foi ignorado pelas "elites"políticas. Certamente há um descompasso, uma diacronia entre o "fazer" dos políticos profissionais e o "fazer/viver da sociedade. O "caso Geddel", o apoio conferido pelas lideranças dos partidos q compõem a base de apoio do governo Temer - q até há alguns meses compuseram a base de apoio dos governos da era petista, realidade q não pode ser ignorada- ao exercício da "advocacia administrativa" levada a cabo por parte do agora ex-ministro da Secretaria do Governo e os arranjos excusos q estão a ser tecidos na Câmara dos Deputados para a consecução do auto-indulto em relação à prática do "caixa 2" eleitoral revelam a inconsequência quase "suicida" das quadrilhas partidárias q se apoderaram da representação politica na Câmara, inconsequência esta eivada de desprezo pela opinião pública e pelas demandas do povo, o q só contribui para a intensificação do processo de esgarçamento das já. combalidas referências morais da sociedade brasileira. Se, como afirmou Durkheim, o Estado deve ser o condutor moral da sociedade, estamos a padecer, nesta Terra de Santa Cruz, de um déficit moral considerável por parte dos q estão a ocupar os postos de gestão, de comando, de condução do Estado brasileiro. Até quando seremos lenientes com a esperteza, com o maucaratismo das máfias politico-partidárias q continuam a predar a República brasileira? Até quando acreditaremos no conto da carochinha de q tudo isso faz parte do processo de aperfeiçoamento de nossa democracia? Aperfeiçoamento ou garroteamento? Só o tempo dirá.... Ou não...