NUNCA ANTES...

Das duas uma. Nossa classe política é formada por idiotas iniciantes, ou nunca antes na História deste país a corrupção esteve tão na moda. Estou para acreditar que ainda usaremos a palavra corrupto para denominar uma classe social no Brasil.

Talvez, seja essa a classe que mais cresceu nas últimas duas décadas. Com uma fila imensa já com senha na mão para entrar. Todos querendo uma fatia generosa do bolo. Recentemente o modo de viver das novas gerações, foi separado por letras. Temos a geração X, a geração Y, e mais algumas.

Com os guarda-roupas do ex-governador Sérgio Cabral abertos, é possível afirmar que ser corrupto também é um modo de viver. Ternos, vestidos, joias. Descobriu-se que a privada de Sérgio Cabral, além de aquecida, tinha caixa de descarga com três temperaturas. Uau! Seria um cúmulo se ele trocasse o papel higiênico por nota de cem?

Notei uma coisa nessa geração corrupta. Ela parece ser expert quando o assunto é obras de artes. Especialmente as pinturas. Pintores como Pablo Picasso e Van Gohg, quando conversam devem comentar o quanto ficariam milionários ganhando dinheiro lavado da corrupção dos políticos brasileiros.

Já perguntei também. Porque um partido político corrupto não podia permanecer no poder, e outro pode? A única diferença que aconteceu na política brasileira foi a passagem do bastão da corrupção de um para outro. A declaração do presidente Michel Temer sobre a prisão de Lula, ficou cheirando ainda mais podridão.

Todos os três poderes da nação estão doentes. Foram infectados pelo vírus da corrupção. Com um perigo muito maior aparecendo no horizonte. Numa entrevista, o Ministro da Justiça disse haver evidências de candidatos financiados por organizações criminosas. E se o dinheiro tem a capacidade de comprar tudo, num poder corrupto...

Aqueles que acreditam no sucesso da Operação Lava Jato ficarão do escuro. Ela está longe de ser uma luz no fim do túnel. Com a passagem do bastão da corrupção de um partido para outro, a saída do túnel começa ser tapada. Nem fazem questão de esconder.

O arquiteto da obra chama-se Renan Calheiros. Que terá mais isso para embelezar sua já “linda” biografia. Se com um arquiteto como esse é péssimo, tem coisa muito pior. Existem centenas de colaboradores em todos os poderes, que não se importariam com horas extras para concluir a obra o mais rápido possível.

O enredo do script não permite mudanças. O show da corrupção tem de continuar. Se para isso for preciso alterar leis ou criar novas, assim será feito. Uma democracia doente nos levou para este abismo. Não tarda, e ouviremos histórias impensáveis de malfeitores prendendo homens da lei. Com uma arma estranha dada por nós. O voto.