Estamos matando o País.
Nunca nos deparamos com uma situação da segurança pública como a que estamos vivendo agora onde a vida humana pouco ou nada vale. Não sabemos para onde foram aqueles valores que povoaram e enobreceram a alma humana? Para algumas pessoas o direito à vida não tem qualquer sentido e para o Estado, pela sua própria razão de ser, a vida deve erigir-se em primeiro e mais sagrado dos direitos e para incorrer em inaceitável desvio de finalidade providências se fazem necessárias para que um amontoado de pessoas que denominamos "nação" e que um dia se organizou política e juridicamente para formar um ente, protetor maior, denominado "Estado". Isto é o que a vocação coletiva aspirava: o Estado na terra e Deus no céu! Se não podemos exigir que todos atribuam à vida humana um mesmo e sacro valor. De um menino de rua, de um mendigo, de desvalidos enfim, para os quais parece que as próprias vidas têm um valor ínfimo, próximo do nenhum, a situação é uma. De autoridades da nossa República, pessoas selecionadas e mantidas pelos encargos e cargos devemos exigir com rigor intransigente cumprimento desse dever de proteger a vida.
Referimo-nos ainda às "armadilhas" a que estamos todos expostos, das desastrosas "abordagens policiais" com pouca ou nenhuma técnica e com a sensibilidade de uma locomotiva, desgovernada e sem freios e na descida, numa sucessão de "banhos de sangue" com incontáveis mortos. Lágrimas e ranger de dentes em nada interferem nesses episódios e nenhuma lição trada pelos detentores do poder que ao longo do tempo se acostumaram com as desgraças alheias. Se os governos nada fizerem caberá ao povo reverter essa situação por meio de uma revolução para depor o Estado delinquente e construir outro com seus escombros,. Para que nossos filhos não morram amanhã vamos lutar e morrer hoje, afinal o Brasil que temos não é o que queremos..