Nota para uma eleição Norte-Americana
Já faz um bom tempo que a grande mídia, que esse ano fez, não podemos negar, uma grande campanha a favor de Hillary e oposição à Trump, não possui mais poder. Inúmeras pesquisas que davam uma vantagem de 90% para a candidata foram por água abaixo. Hillary tinha um projeto que, guardadas as devidas diferenças, era uma continuidade do modelo de Obama: mais intervenção estatal, cobrança de impostos de grandes fortunas e estímulos econômicos. A fórmula não parece ter funcionado: O presidente deixou o cargo com 54% de rejeição, crescimento da economia abaixo do esperado e, com inúmeros estímulos financeiros, agravamento da dívida pública, que ultrapassa a assustadora casa de 19 trilhões de dólares. Mais grave ainda foi o fato de não ter dado uma resposta ao Terrorismo, algo esperado tanto interna como externamente. Trump, mesmo com toda sua acidez crítica, pintou um cenário realista dos EUA, com mais de 7,5-8 milhões de desempregados e geração de empregos insuficiente. Os Democratas, artistas apoiadores e militantes que migraram da campanha do ex-candidato Bernie Sanders pintaram um outro quadro, fantasioso: Os Estados Unidos das oportunidades, do pleno crescimento, guiado com “maestria” pelo Estado. O estadunidense sempre foi desconfiado, talvez pelos séculos de desmandos como súdito do Reino Unido. Lhe prometeram o céu e a terra em condições duvidosas. O cenário mudou, com uma esquerda mundial retraída e a ascensão da direita, que sempre esteve aí, mas acuada por falta de apoio. Trump é um marinheiro de primeira viagem na política, e deve ser, ao bom modo americano conservador, observado com prudência, pois, agora, é o 45° presidente de uma nação que anseia por reparos em sua estrutura.