Três
Poderes
podres
Poderes
podres
O título deste artigo propositalmente está grafado desta forma, para permitir que o caro leitor saboreie o poder sedutor do jogo das palavras, principalmente no que tange à sincronia das letras e aos sons produzidos pelos fonemas dos verbetes, talvez até rimando.
“RESPEITEM O PODER JUDICIÁRIO”, frase proferida pela Presidente do Supremo Tribunal Federal no último dia 25 de outubro, que outrora abrira mão de ser chamada de “Presidenta”, durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça, referindo-se ao pronunciamento do Presidente do Congresso Nacional “atacando” a um Juiz Federal de Primeira Instância por autorizar uma ação da Polícia Federal dentro do Congresso.
Pois bem, os seres vivos ao morrerem sofrem vários processos naturais, dentre eles: a decomposição – que garante a liberação de nutrientes do organismo morto para a natureza – e a putrefação, que dependendo das condições do ambiente onde o corpo descansa poderá sofrer retardo ou aceleração no processo, geralmente liberando odores muito ruins e fétidos.
O processo de putrefação necessariamente não está ligado a um organismo morto, pode ocorrer em parte do animal vivo sem que aconteça efetivamente o óbito.
A Constituição Federal cria e define a responsabilidade de cada Poder Constituído nos Artigos 44 - Poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional; Artigo 76 - Poder Executivo, exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado e Artigo 92 - Poder Judiciário.
Assim sendo, podemos asseverar resumidamente:
Legislativo – missão precípua: legislar em causa do povo e, o que vemos? Um verdadeiro antro de homens e mulheres que se misturam e se lambuzam com uma lama fétida chamada “corrupção” somada a uma defesa veemente de interesses voltados para eles próprios, consumindo orçamentos bilionários para não fazerem nada, ou melhor, legislarem em causa própria;
Executivo – missão constitucional: administrar os bens, patrimônios e dinheiros públicos, no entanto, constitui-se numa horda de homens e de mulheres especializados em assaltar os cofres públicos com objetivos claros de se locupletarem, de enriquecerem ao término de seus mandatos, transformando, pois, o nosso Brasil em lídimo valhacouto de marginais de toda espécime.
Judiciário – incumbência: mediar, arbitrar e julgar conflitos e confusões, contudo, o que presenciamos? Um verdadeiro emaranhado de leis e mais leis que perpetuam recursos e mais recursos que se traduzem muita das vezes em desestímulo para o cidadão, culminada com a morosidade e com a triste e conhecida blindagem, característica desse Poder, além de doses altíssimas de corrupção.
“Não precisa morrer para feder”, até rimou mais uma vez, embora não passe pela cabeça de nenhum brasileiro que os poderes constituídos morram, notadamente, o panorama atual dá conta de que estão vivíssimos, porém, com várias partes integrantes dos mesmos produzindo odores terríveis, fétidos, onde, essencialmente a fragrância predominante exalada seria, talvez, “extrato de corrupção”.
Caminhando na direção do remate final, é extremamente elogiável a postura da Excelentíssima Senhora Presidente do STF, ao cumprir o seu papel institucional com muita propriedade e oportunidade ao defender seus membros, inclusive o Juiz Federal que autorizara a investigação no Congresso Nacional, fato que se reveste como ponto pacífico e positivo para a líder, no entanto, a despeito e, presunçosamente, assumo questionamentos do povo brasileiro dirigidos aos Chefes dos três Poderes da nossa República:
“RESPEITEM O POVO BRASILEIRO SENHORES PRESIDENTES DE PODER CONSTITUÍDO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
A partir deste ponto, “insulto”, porque talvez, “concito”, seria eufêmico por de mais, os três Chefes de Poderes da República a respeitarem o “POVO BRASILEIRO”, pautando-me nos argumentos prementes, catastróficos, realistas e carentes de soluções descritos a seguir:
- respeitem-nos: propiciando-nos uma justiça decente, rápida, mediadora, não o paradigma vigente, onde uma ação simples de natureza diversa demora uma eternidade, inclusive com a parte requisitante chegando a morrer antes de a decisão final ser prolatada;
- respeitem-nos: estabelecendo jornadas de trabalhos dignas, humanas, diferentes das 44 horas escorchantes exigidas pela legislação trabalhista vigente, imposta ao cidadão comum; bem assimétrica às praticadas nos Poderes Legislativo e Judiciário, via de regra substancialmente mais amena e com subsídios mais generosos;
- respeitem-nos: promovendo uma educação digna, suficiente para garantir aos nossos filhos um lugar de destaque, tal qual é assegurada aos vossos rebentos;
- respeitem-nos: proporcionando-nos paz social. O Brasil possui uma das mais perversas relações de trabalho e renda do mundo; que tal a Presidente do STF se perguntar: qual o porquê disso? Certamente o discurso de resposta estaria pronto: “isso advém de há mais de 500 anos, eu não tenho nada a ver com isso”;
- respeitem-nos: garantindo-nos o direito a um atendimento de saúde público decente; não diria nem no padrão dos melhores hospitais do país destinados aos mais possuidores de recursos, inclusive, sistematicamente aos membros dos três poderes; mas pelo menos digno, oportuno e humano;
- respeitem-nos: os senhores já pararam para avaliar a seguinte situação: o Brasil talvez seja o único país do mundo que possui “POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOMÉSTICA”, e, o que é isso? Um neologismo? Não senhores Presidentes de Poder, isso é a tradução fiel da retração do cidadão de bem no seu ir e vir cotidiano nas grandes cidades, vivendo sob toques de recolher sistemáticos: muros altos, grades, cercas elétricas, concertinas, segurança eletrônica, etc; coisa que certamente não afeta aos senhores, porque possuem várias equipes de seguranças pagas por meio de nossos impostos tão compulsoriamente recolhidos, para garantir-lhes a comodidade exigida para o desempenho do cargo, inclusive estendidas aos seus descendentes.
- respeitem-nos: pois a lista de falta de respeito ao povo brasileiro por parte de Vossas Excelências é muito extensa, culminando com a sensação perante o mundo de que o brasileiro serve diuturnamente de chacota, de deboche, de desdém a tudo que se propõe a fazer, que executa, pois o minimamente sério já de algum tempo neste país foi extirpado da índole do gestor público, com raríssimas exceções.
Por derradeiro, sim, precisamos de respeito, não só por parte dos nossos “Presidentes de Poder”, mas também, por parte de nós, “POVO”, pois temos sim um fio de esperança, motivado pela mudança radical de nossa “ATITUDE”; onde paremos de reclamar: que temos maus políticos, mas não agimos para extirpá-los; que temos cidades sujas, mas não paramos de jogar lixo na rua: partindo dos nossos carros, de nossas casas; que temos uma educação péssima, mas na hora de comparecer à reunião de Pais e Mestres, arrumamos as desculpas mais variadas possíveis.
Enfim, enquanto não nos conscientizarmos que temos de mudar, “o nosso futuro estará sempre comprometido com o nosso presente”, pois a mesmice gera: essa resiliência acochambrada e viciada; um gráfico de uma função constante produzindo sempre a mesma apresentação desse “CONCERTO”: horrendo, triste e desafinado, chamado “BRASIL”; onde sempre clamarão por RESPEITO; “sem, contudo, se darem ao respeito de serem respeitados”.
“RESPEITEM O PODER JUDICIÁRIO”, frase proferida pela Presidente do Supremo Tribunal Federal no último dia 25 de outubro, que outrora abrira mão de ser chamada de “Presidenta”, durante uma sessão do Conselho Nacional de Justiça, referindo-se ao pronunciamento do Presidente do Congresso Nacional “atacando” a um Juiz Federal de Primeira Instância por autorizar uma ação da Polícia Federal dentro do Congresso.
Pois bem, os seres vivos ao morrerem sofrem vários processos naturais, dentre eles: a decomposição – que garante a liberação de nutrientes do organismo morto para a natureza – e a putrefação, que dependendo das condições do ambiente onde o corpo descansa poderá sofrer retardo ou aceleração no processo, geralmente liberando odores muito ruins e fétidos.
O processo de putrefação necessariamente não está ligado a um organismo morto, pode ocorrer em parte do animal vivo sem que aconteça efetivamente o óbito.
A Constituição Federal cria e define a responsabilidade de cada Poder Constituído nos Artigos 44 - Poder Legislativo, exercido pelo Congresso Nacional; Artigo 76 - Poder Executivo, exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado e Artigo 92 - Poder Judiciário.
Assim sendo, podemos asseverar resumidamente:
Legislativo – missão precípua: legislar em causa do povo e, o que vemos? Um verdadeiro antro de homens e mulheres que se misturam e se lambuzam com uma lama fétida chamada “corrupção” somada a uma defesa veemente de interesses voltados para eles próprios, consumindo orçamentos bilionários para não fazerem nada, ou melhor, legislarem em causa própria;
Executivo – missão constitucional: administrar os bens, patrimônios e dinheiros públicos, no entanto, constitui-se numa horda de homens e de mulheres especializados em assaltar os cofres públicos com objetivos claros de se locupletarem, de enriquecerem ao término de seus mandatos, transformando, pois, o nosso Brasil em lídimo valhacouto de marginais de toda espécime.
Judiciário – incumbência: mediar, arbitrar e julgar conflitos e confusões, contudo, o que presenciamos? Um verdadeiro emaranhado de leis e mais leis que perpetuam recursos e mais recursos que se traduzem muita das vezes em desestímulo para o cidadão, culminada com a morosidade e com a triste e conhecida blindagem, característica desse Poder, além de doses altíssimas de corrupção.
“Não precisa morrer para feder”, até rimou mais uma vez, embora não passe pela cabeça de nenhum brasileiro que os poderes constituídos morram, notadamente, o panorama atual dá conta de que estão vivíssimos, porém, com várias partes integrantes dos mesmos produzindo odores terríveis, fétidos, onde, essencialmente a fragrância predominante exalada seria, talvez, “extrato de corrupção”.
Caminhando na direção do remate final, é extremamente elogiável a postura da Excelentíssima Senhora Presidente do STF, ao cumprir o seu papel institucional com muita propriedade e oportunidade ao defender seus membros, inclusive o Juiz Federal que autorizara a investigação no Congresso Nacional, fato que se reveste como ponto pacífico e positivo para a líder, no entanto, a despeito e, presunçosamente, assumo questionamentos do povo brasileiro dirigidos aos Chefes dos três Poderes da nossa República:
“RESPEITEM O POVO BRASILEIRO SENHORES PRESIDENTES DE PODER CONSTITUÍDO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
A partir deste ponto, “insulto”, porque talvez, “concito”, seria eufêmico por de mais, os três Chefes de Poderes da República a respeitarem o “POVO BRASILEIRO”, pautando-me nos argumentos prementes, catastróficos, realistas e carentes de soluções descritos a seguir:
- respeitem-nos: propiciando-nos uma justiça decente, rápida, mediadora, não o paradigma vigente, onde uma ação simples de natureza diversa demora uma eternidade, inclusive com a parte requisitante chegando a morrer antes de a decisão final ser prolatada;
- respeitem-nos: estabelecendo jornadas de trabalhos dignas, humanas, diferentes das 44 horas escorchantes exigidas pela legislação trabalhista vigente, imposta ao cidadão comum; bem assimétrica às praticadas nos Poderes Legislativo e Judiciário, via de regra substancialmente mais amena e com subsídios mais generosos;
- respeitem-nos: promovendo uma educação digna, suficiente para garantir aos nossos filhos um lugar de destaque, tal qual é assegurada aos vossos rebentos;
- respeitem-nos: proporcionando-nos paz social. O Brasil possui uma das mais perversas relações de trabalho e renda do mundo; que tal a Presidente do STF se perguntar: qual o porquê disso? Certamente o discurso de resposta estaria pronto: “isso advém de há mais de 500 anos, eu não tenho nada a ver com isso”;
- respeitem-nos: garantindo-nos o direito a um atendimento de saúde público decente; não diria nem no padrão dos melhores hospitais do país destinados aos mais possuidores de recursos, inclusive, sistematicamente aos membros dos três poderes; mas pelo menos digno, oportuno e humano;
- respeitem-nos: os senhores já pararam para avaliar a seguinte situação: o Brasil talvez seja o único país do mundo que possui “POPULAÇÃO CARCERÁRIA DOMÉSTICA”, e, o que é isso? Um neologismo? Não senhores Presidentes de Poder, isso é a tradução fiel da retração do cidadão de bem no seu ir e vir cotidiano nas grandes cidades, vivendo sob toques de recolher sistemáticos: muros altos, grades, cercas elétricas, concertinas, segurança eletrônica, etc; coisa que certamente não afeta aos senhores, porque possuem várias equipes de seguranças pagas por meio de nossos impostos tão compulsoriamente recolhidos, para garantir-lhes a comodidade exigida para o desempenho do cargo, inclusive estendidas aos seus descendentes.
- respeitem-nos: pois a lista de falta de respeito ao povo brasileiro por parte de Vossas Excelências é muito extensa, culminando com a sensação perante o mundo de que o brasileiro serve diuturnamente de chacota, de deboche, de desdém a tudo que se propõe a fazer, que executa, pois o minimamente sério já de algum tempo neste país foi extirpado da índole do gestor público, com raríssimas exceções.
Por derradeiro, sim, precisamos de respeito, não só por parte dos nossos “Presidentes de Poder”, mas também, por parte de nós, “POVO”, pois temos sim um fio de esperança, motivado pela mudança radical de nossa “ATITUDE”; onde paremos de reclamar: que temos maus políticos, mas não agimos para extirpá-los; que temos cidades sujas, mas não paramos de jogar lixo na rua: partindo dos nossos carros, de nossas casas; que temos uma educação péssima, mas na hora de comparecer à reunião de Pais e Mestres, arrumamos as desculpas mais variadas possíveis.
Enfim, enquanto não nos conscientizarmos que temos de mudar, “o nosso futuro estará sempre comprometido com o nosso presente”, pois a mesmice gera: essa resiliência acochambrada e viciada; um gráfico de uma função constante produzindo sempre a mesma apresentação desse “CONCERTO”: horrendo, triste e desafinado, chamado “BRASIL”; onde sempre clamarão por RESPEITO; “sem, contudo, se darem ao respeito de serem respeitados”.