A nova "bondade" do governo federal para com os aposentados...
Para os governos (federal, estadual, municipal), o aposentado (seja do serviço público ou da iniciativa privada) é sempre o responsável único pelo rombo nas contas públicas.
Dentre as muitas "bondades" já chegadas A CONTA-GOTAS, sobre as alterações que as aposentadorias sofrerão (todas para
sacrificar os aposentados que ganham menos), hoje, está publicado no
site de notícias do UOL, edição das 8:56h a notícia de mais uma punha-
lada nos aposentados (esperamos que não passe de "balão de ensaio"
para testar a reação dos que seriam...ou serão...atingidos pela medida) :
A reportagem é concluída com este parágrafo :
"Na avaliação do governo (federal), ao deixar de pagar o INSS (atual-
mente isso só ocorre para o aposentado que recebe abaixo dos R$ 5 mil) após aposentar-se, (este trecho é interessantíssimo !) o trabalha- dor acaba recebendo um valor maior do que recebia na ativa...O QUE
NÃO P O D E acontecer...).
Sr. Temer, que o sistema de previdência precisa
sofrer algumas alterações, nós, principalmente nós aposentados, temos consciência. Agora, o Sr. querer estender MAIS APERTO ainda
aos aposentados, isso nos parece crueldade.
Beira a IDIOTICE a afirmação de que, com a
suspensão do desconto do INSS ao aposentar-se, o trabalhador pas-
sa a receber um valor líquido maior que quando na ativa.
Seria bom, Sr. presidente, lembrá-lo destes "pe-
quenos" detalhes que envolvem os aposentados e suas remunera-
ções :
- Quando da definição dos reajustes anuais PREVISTOS NA CONSTITU-
IÇÃO, esses trabalhadores ficam no final da fila : se for possível pagar,
paga-se; se não, não paga; ou, ainda : paga-se abaixo do que deveria.
- Quando o trabalhador se aposenta, perde as condições de receber
acréscimos salariais decorrentes de promoção funcional;
- Ao se aposentar - de onde se depreende uma idade avançada - o
trabalhador, até mesmo em função da inatividade, passa a enfrentar
uma série de moléstias e O SEU SALÁRIO E N O R M E passa a ser
destinado predominantemente à compra de medicamentos.
Há outras formas mais eficazes,Sara. presiden-
te, de normalizar o problema da previdência. Eis algumas :
1) O escalonamento do percentual de desconto do INSS nos trabalhadores aposentados seria de forma decrescente :
a) Para quem ganha valores que ultrapassam o teto de ganhos, o per-
centual de desconto seria de 30 ./. (é o caso do Sr., por exemplo, que
tem duas fontes de renda : como aposentado e como da ativa, como
presidente);
2) Pôr um ponto final nessa aberração que são OS PLANOS DE SAÚDE
BANCADOS PELO GOVERNO para o Legislativo (os mais caros, os de
cobertura mais ampla, os que abarcam não apenas os titulares, mas genro, nora, enteado, gato, cachorro e o escambau...);
3) Acabar com as mordomias hoje existentes oferecidas a determina-
das "castas" (legislativo e judiciário) :
a) Juízes condenados por algum tipo de crime TERIAM O PAGAMENTO
DE SALÁRIO IMEDIATAMENTE INTERROMPIDO e não, aposentados compulsoriamente, continuando a receber integralmente os proventos;
b) Deputados e senadores passariam a arcar com as despesas de mo-
radia (hoje, até deputados e senadores que têm imóvel próprio em Brasília têm direito ao recebimento do valor de moradia (algo em torno de R$ 4.000);
c) Acabar com essas mordomias concedidas aos deputados e se-
nadores, a exemplo de passagens aéreas, telefone, carro com motorista, segurança, inúmeros cargos de assessores QUE NEM TÊM ESPAÇO NOS GABINETES PARA TRABALHAREM...
Enfim, Sr. presidente, a simples adoção dessas medidas (cujos recursos seriam relocados para a previdência) já redundaria numa economia suficiente para, num curtíssimo espaço de tempo, a previdência já estar saudável e não precisando provocar a antecipação da morte de seus aposentados...que é o que as atuais tentativas visam...