Eleições no Rio
Meus amigos, deixo aqui minhas impressões sobre os candidatos à Prefeitura do Rio e seus partidos. No final, faço uma rápida análise sobre o Marcelo Freixo do PSOL - meu candidato. Divirtam-se.
Carlos Osório (PSDB)
Eu lembro de ter esbarrado com ele na festa de aniversário da Praça Onze; praça cujo nome parecia fazer referência ao número de pessoas que estavam lá. Ele estava bêbado: tropeçando, xingando e falando alto. Identifiquei-me com ele. Até ontem era o secretário dos Transportes e agora diz que é oposição. E ainda é do PSDB. Aliás, o PSDB aqui no Rio não vinga pela percepção (carioca/fluminense) de que o que é bom para São Paulo não pode ser bom para o Rio.
Pedro Paulo (PMDB)
Acho difícil crescer nas pesquisas. Depois daquela história dele e da ex-esposa, não sei, queimou o seu filme. Mas eu não acredito que ele tenha batido na mulher, afinal, já viram a expressão desse sujeito? Dá até pena. É bem capaz de a mulher ter dado uma surra nele – e com razão, diga-se de passagem.
Marcelo Crivella (PRB)
O vilão da vez. Eu não tenho nada contra ele. Acho-o até simpático. Mas, querendo ou não, ele é um representante da Igreja Universal, uma das maiores empresas do Brasil. Era o ministro da Pesca no governo Dilma (e votou a favor do impeachment). Sei que isso não vem ao caso, mas havia a necessidade de um Ministério da Pesca? Os índios vivem da caça e pesca e não precisam de Ministério.
Jandira Feghali (PCdoB)
Como baterista, é uma ótima médica; como deputada, é uma ótima baterista. Pertence ao PCdoB (não diga?). Eu frequentava o portal deles "Vermelho", quando ainda se podia fazer comentários. Eu os acusei de receberem 20 mil por mês. Não gostaram muito. Então inventei o mote: o partido que não aceita críticas, só cargos no Governo.
Índio da Costa (PSD)
Lembra um ator pornô aposentado. Vi uma propaganda dele criticando as empresas de ônibus. Esses ex-DEM(o) são bastante excêntricos. A Kátia Abreu defende a Dilma, o Índio critica as empresas. Meu Deus! O próximo ex-DEM(o) vai conclamar o povo à Revolução.
Alessandro Molon (REDE)
Gosto dele. Parece-me um bom sujeito, equilibrado, sensato etc. Não vou é com a cara do Partido. Na época que estavam coletando assinaturas para a criação da sigla, uma mocinha me pediu que eu assinasse a ficha de apoio. Mas ela não falou para o que era de início. Tentou me enrolar. Claro, qual brasileiro em seu juízo perfeito vai apoiar a criação de um novo partido? Não aguentamos nem os atuais. Voltando ao Molon, é um bom sujeito. Apenas isso.
Flávio Bolsonaro (PSC)
Filho do Bolsonaro. Isso já diz tudo, ou não?
Cyro Garcia (PSTU)
Eu fui influenciado um pouco pelo trotskismo, mas não suporto trotskistas. O PSTU não irá ganhar nada mantendo essa postura radical e sectária. E, aliás, deveria renovar os seus quadros, quantas vezes Zé Maria e Cyro Garcia já disputaram respectivamente para Presidente e Prefeito? Mude o disco!
Thelma Bastos (PCO)
Não a conheço. Vi-a na televisão durante dois segundos, que é o tempo de propaganda do PCO. Parece-me uma mulher espirituosa. Mas por ser desse partido, eu fico em dúvida. Para quem não sabe o PCO é ala esquerda do PT. É o PT travestido de extrema esquerda. Nada mais, nada menos.
Carmen Migueles (NOVO)
Eu particularmente nem sabia que a candidata e o partido existiam. Com efeito, ele é novo. Então, não posso dar nenhuma informação sobre ela. A meu ver, o NOVO deve ser mais um partido de aluguel cuja existência não faz a mínima diferença. Apenas para o erário público, né? Por esses partidos e outros eu até topo defender a proposta do Aécio de criar uma cláusula de barreira.
Marcelo Freixo (PSOL)
Não vejo outra opção para a prefeitura do Rio senão o Marcelo Freixo. É um sujeito sereno, lúcido e inteligente. Ao contrário de outros candidatos de esquerda, ele tem os pés no chão. O objetivo agora é levá-lo para o segundo turno, tarefa, aliás, complicadíssima, visto que há pelo menos cinco candidatos tecnicamente empatados em segundo lugar.
É claro, não o apoio incondicionalmente. Penso que deveria ter havido uma frente de esquerda no Rio, com PT, PCdoB, PSOL, REDE, enfim, todas as siglas que defendem bandeiras progressistas; e depois tirassem “zerinho ou um” pra vê qual candidato disputaria. Mas o PT também? Sim, por que não? O PT, apesar de tudo, tem uma influência a qual não se pode subestimar.
Não acho que Freixo possa fazer uma gestão muito diferente da do Eduardo Paes. Aliás, nem acho que o atual prefeito tenha sido dos piores. Como já escrevi: "Embora eu reconheça que a cidade cresceu durante a gestão do Eduardo Paes, não modifica o fato de que ele sobrepôs os negócios às pessoas." É nesse sentido que o Freixo, ou qualquer outro que ganhar, deveria superá-lo. Ser mais humano.
Mas não quero aqui pedir votos pro Freixo, nem fazer proselitismo. Só expor mesmo minha opinião. Bem, é isso. Espero não ter esquecido ninguém.