Si hay un gobierno, jo soy contra

- O senhor concorda com o "Fora Temer"?
- Sim. Claro que sim.
- Por quê?
- Um indivíduo que se aliou ao PT - Partido dos Trabalhadores (cujos próceres e tesoureiros foram condenados e presos por corrupção) - nas últimas eleições, não merece o meu respeito, tampouco a minha confiança.

O Anarquismo
Por economia de espaço, tempo e paciência dos amáveis leitores (as), o autor não historiará a gênese desse Movimento Político, situando seu inicio, para efeito desse artigo, em Pierre Josheph Proudhon (França, final do século XIX e inicio do século XX), que lhe deu a estrutura dogmática que vigora ainda hoje.
Isto colocado, teceremos breves considerações sobre o mesmo.

O ideário anarquista
Para a maioria dos estudiosos, o Anarquismo escora-se em três pilares básicos. A saber:
 
1) Censura ou critica: à exploração do trabalho pelo Capital; à dominação cultural e ideológica exercida pela religião, escola, imprensa, sociedade familiar e civil; à dominação burocrática, legisladora e militar (ou paramilitar) exercida pelo Estado.

2) Apologia à autogestão, que redundaria em uma Sociedade solidária e justa.

3) Concretização e aprimoramento dos meios, métodos e táticas para a realização dos dois itens anteriores.

Em sua origem, o Anarquismo assimilou alguns dogmas do Socialismo. Através do pensamento de Proudhon, seu corpo ideológico constituiu-se como se fosse apenas mais uma variante dentro do espectro comunista e, dessa sorte, não faltaram censuras, por exemplo, "a exploração capitalista sobre os assalariados", a "alienação induzida pela religião", a "coação intelectual, física e cultural promovida pelas elites" etc.

Contudo, à medida que alguns Regimes Comunistas tomaram o Poder e repetiram os usos e os costumes dos Regimes antecessores (com as óbvias diferenças pontuais de cada qual), o Movimento Anarquista não titubeou em mirar as suas baterias para essa outra face da mesma moeda e, com isso, ocupou a posição de "estilingue" para as vidraças da Esquerda e da Direita.
Porém, o fato é que as propostas defendidas pelos Anarquistas reproduzem as intenções apregoadas pelas religiões e pelos Regimes direitistas ou esquerdistas; ou seja, ao cabo e em essência (atenção, eu repito: não estão consideradas as idiossincrasias de cada qual): uma Sociedade igualitária, solidária, justa e feliz.

Ademais, não deixa de ser trágico (embora pareça cômico), o fato de o Anarquismo ser visceralmente estruturado na mais patética* e cândida ingenuidade, cuja expressão mais visível encontra-se em seus jovens (tanto em termos cronológicos quanto mentais e culturais) adeptos e/ou simpatizantes.

Ingenuidade, talvez inocência, em acreditar em valores como "solidariedade", "sociedade justa", "bem comum" etc.; bem como, na existência de potência, ou de potencial, para modificar comportamentos milenares e, talvez, indissociáveis da psique humana.

Ingenuidade, que se junta à efervescência hormonal dos jovens (tanto os cronológicos quanto os culturais) e se transforma em tentativas violentas (do tipo"blacks blocks") de derrubada do "status quo", com a indefectível contrapartida das forças repressoras, sempre temerosas (sem duplo sentido, ou não?) de que em algum momento, tal inocência amadureça e ganhe objetividade, tomando-lhe as tetas do Poder e as benesses de seus privilégios. Afinal, como disse Bertold Brecheth: a cadela do Fascismo está sempre no cio.

E, por fim, a ingenuidade de em plena manhã de Domingo, escrever um Artigo e acreditar que talvez seja possível uma verdadeira reforma política em seus verdadeiros agentes: os eleitores.


Patética* - em sentido literal. Não confundir com a estúpida tradução, que faz desse termo um sinônimo para "ridículo".