TRÊS CONVENÇÕES E UM DESTINO

Ao final do período de pré-campanhas um ciclo se fecha e outro tem início. Com a realização das convenções no prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral, último dia aos cinco do mês de agosto, falas foram deitadas no ar para adesão ou desaprovação por parte de cada convencional.

Inicialmente quatro eram as tendências postas à mesa da municipalidade para avaliação. Inúmeras foram as articulações e defecções em todos os palanques e grupos, além de frustração para alguns que se imaginavam vencedores no campo da disputa como se esta já finada fosse.

Realizada cada convenção, dos quatro grupos anteriores agora três se apresentam na arena da disputa ideológico-partidária, desigual em muitas de suas formas, disputa de ideias e ideais que não se renovam cotidianamente, mas, mudam ao sabor das negociações e do tempero político momentâneo.

As três candidaturas postas são, na essência, diferentes em seu jeito e modo de entender a Gestão Pública. Diferem na condução da gestão da Coisa Pública, bem como há quem pouco valor dê aos bons cuidados quanto ao Erário que deve ser verdadeiramente público.

Cidadãos poderão exercer agora sua capacidade eleitoral ativa traduzida no singelo ato do sufrágio do voto escolhendo de forma livre e democrática, ‘sem medo e sem ódio’, como pregava o falecido senador pernambucano Marcos Freire.

A comunidade será doravante uma grande roda de discussão a ser travada não apenas nos próximos 45 dias, mas, também depois deste período, uma vez que a sociedade tem que exercer o seu papel de não somente votar mas, também praticar o controle social sobre aqueles que tiveram seus nomes sufragados nas urnas.

É importante se ater às pautas apresentadas sem se deixar iludir por promessas vãs ou ideias loucas que vão de nenhum lugar para lugar nenhum a enganar os incautos empobrecidos.

A cidadania passa necessariamente pelos processos de educação de sua gente. Povo bem educado é povo sabido que consegue bem escolher aqueles ou aquelas que lhes guiarão os destinos durante um mandato firmado num quadriênio que, em muitos casos se apresenta curto ante as variantes demandas de cada comunidade.

As ideias estão postas ao lado da prática de cada candidato. É fundamental observar se esta está a palmear o caminho junto àquelas. Observar o passado é deveras importantíssimo na hora da boa escolha no intuito de que se perceba um futuro onde nele resida a gestão de excelência.

Faz-se necessário o bom debate relativo aos temas recorrentes que afligem toda a comunidade águas-belense. Quem não estiver discutindo sobre educação, saúde, segurança pública, emprego, lazer, o cuidado com a mulher e o direito da criança não serve para mandatário. Também não serve para bem escolher um dos postulantes a um cargo, seja majoritário ou proporcional, o eleitor que ignora tais temas e vende seu voto acarretando prejuízos à coletividade.

O voto é uma arma poderosíssima. Nele deposita-se toda a força para mudar ou consagrar uma situação. A palavra também é uma arma de grande poder e elemento de renovação quando consegue persuadir com o fito de provocar uma verdadeira revolução em determinado ambiente ou municipalidade.

Todos são responsáveis no âmbito do processo político. Todos são igualmente importantes pelo simples fato de um voto ter o mesmo valor e porque o voto muda tudo ou faz permanecer determinada situação

de forma quase intocada.

Participar conscientemente de todo o processo político é de fundamental importância, para que não se fique a reclamar depois de o eleito não governar bem.

Todos são chamados a serem artífices e partícipes do processo democrático, debatendo, divergindo de forma respeitosa às opiniões em contrário e construindo coletivamente, ainda que em campos opostos.

É possível arquitetar um novo momento que indique aonde se pretende chegar. E o lugar é bem ali onde reside uma educação que se proponha libertadora, onde se garanta saúde preventiva mesmo provinda do Sistema Único. Que se tenha trabalho e lazer para nossa juventude se fixar em nossa terra e não ter que se lançar na terra estranha para as bandas do Sul a viver como escravo, no dizer de Patativa do Assaré, grande poeta cearense.

A palavra será disseminada no espaço de pouco mais de um mês. O voto é o alvo da classe política e o alvo do eleitor deve ser votar em quem apresentar pautas que atendam aos anseios da Cidadania e da dignidade. E quem saberá se o candidato fala a verdade quando se apresenta em tempos de operação Lava Jato? A isto Jesus nos ensina que a árvore boa dá bom fruto. Ensina também que os filhos da luz andam na luz.

Por tudo isto participar é fundamental no processo de transformação de nossa sociedade, tendo nova postura e consequentemente novos gestos na hora do voto. Cada um ou cada uma é responsável por aquilo que cativa, já dizia Saint Exupéry, famoso escrito francês.

Com a palavra e o voto sua excelência, o Eleitor, o melhor dos melhores.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 07/08/2016
Código do texto: T5721634
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