Voto é poder
Eu, como tantos brasileiros, tenho ficado cada vez mais indignada com os constantes escândalos de corrupção ocorridos em nosso país.
Cidadãos eleitos por seus compatriotas para trabalhar em prol da comunidade, exercer cargos públicos voltados para a gestão dos recursos arrecadados em forma de tributos, os quais devem, ou deveriam ser devidamente aplicados em benefício da população, usam de suas competências para desviar, corromper, dilapidar o patrimônio que não lhes pertence. Além disso, de toda corrupção que parece generalizada no meio político, há ainda outro câncer social, a negligência aliada à irresponsabilidade na gestão dos recursos públicos. O que sobra da corrupção é mal administrado, mal empregado e com isso as riquezas do Brasil, tão evidentes e alardeadas nos quatro cantos do mundo, se perdem num emaranhado de competência para roubar somado a incompetência para administrar.
O assunto é vasto e, embora eu queira ser objetiva sei que encontrarei dificuldades, mas vou tentar.
Para embasar meu pensamento eis alguns dados extraídos de sites os quais citarei no final de cada informação:
1) Deputados
Deputados Federais: são 513 parlamentares que compõem a Câmara Federal.
Em 2014 a maior bancada eleita ficou com o PT, com 70 deputados. Depois vem o PMDB, com 66 parlamentares. A terceira maior bancada ficou com o PSDB, que elegeu 54 deputados. E seguem os demais com menor representatividade.
Fonte: http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/10/veja-os-deputados-federais-eleitos-por-estado.html
2) Senadores
O Senado tem 81 cadeiras – são 3 para cada uma das 27 unidades da Federação. Os mandatos são de 8 anos, mas a renovação é parcial, a cada 4 anos.
Encerradas as eleições, o PMDB confirmou seu papel como a maior bancada no Senado: 19 parlamentares. Logo em seguida, vem o partido da presidente eleita. O PT deve começar a nova legislatura, em fevereiro, com 12 senadores, a terceira maior bancada será a do PSDB, com 10 senadores.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2014/10/27/confira-como-ficam-as-bancadas-no-senado-federal-partir-de-2015
Meu comentário:
Então o PT continua em alta, o PMDB que há muito tempo “morde” da fatia Brasil manteve seu status e o PSDB não tem do que reclamar por que conseguiu manter muitos dos seus “homens públicos” participando da grande empresa Pátria Amada Brasil. A soma dos três partidos com maior representatividade dá um total de 187 representantes da câmara dos deputados. A diferença de 326 vagas da casa do povo ficaram pulverizadas nos demais 29 partidos restantes.
Também se repete no senado a maioria de representantes dos partidos PMDB, PSDB e nos últimos 16 anos o PT. Mais da metade da casa representada por estes três partidos.
3) Ministérios
O governo federal conta com 39 ministros, mas o total de ministérios de verdade não passa de 24. A diferença entre os dois números, que seguramente estão entre os maiores do mundo, é explicada por 15 pastas cujos titulares têm, na teoria, status de primeiro escalão, mas na prática são órgãos auxiliares, como a Casa Civil e o Banco Central.
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1038/noticias/tamanho-nao-e-documento
Meu comentário:
Isso é mesmo necessário, ou maioria desses órgãos criados não passa de cabide de emprego para apaniguados do governo, seus amigos, parentes, parceiros, aliados etc?
O trabalho desenvolvido pelas inúmeras pessoas alocadas nestes órgãos é relevante e trás benefícios reais para os cidadãos?
Há um levantamento do ganho efetivo para a população advindo da criação de tantos ministérios e secretarias?
4) Salários do Presidente, deputados, senadores e ministros.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Duas residências oficiais em Brasília – o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.
Plano de Saúde: Todas as despesas são pagas, incluindo as de familiares diretos.
Cotas: Não tem. A Presidência tem cartões corporativos, cujo limite varia de acordo com o orçamento.
Passagens: Viaja em aviões da FAB tanto em missões oficiais quanto em viagens de âmbito particular.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.
MINISTROS DE GOVERNO.
Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio moradia de R$ 6,6 mil.
Plano de Saúde: Não têm assistência específica, exceto se tiverem sido servidores públicos.
Cotas: Não têm. Têm acesso a cartão corporativo com limite que varia de acordo com o orçamento de cada ministério.
Passagens: Em missões oficiais, podem usar aviões da FAB ou voos de carreira.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.
MINISTROS DO STF
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio-moradia de R$ 4,3 mil.
Plano de Saúde: Pagam plano de saúde específico do STF. Dependentes e cônjuges podem ser incluídos na cobertura.
Cotas: Não têm direito a cotas ou verbas de gabinete e nem acesso a cartões corporativos. Cada ministro tem direito a um carro oficial e motorista. Gastos com combustível são ilimitados.
Passagens: Cota anual de R$ 42,8 mil p/ gastos com passagens. O presidente do STF também pode viajar em aviões oficiais.
Cargos de confiança: Cada ministro pode nomear até oito funcionários de confiança.
SENADORES
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Senadores, cônjuges ou dependentes de até 21 anos (ou 24, quando universitários), têm despesas médicas reembolsáveis. Limite para despesas odontológicas e psicoterápicas é de R$ 25,9 mil.
Cotas: Cota parlamentar: R$ 15 mil (paga despesas com funcionários, aluguel de escritório de apoio, material de consumo, combustíveis, consultoria, entre outras). Despesas extras: R$ 9 mil (custos com gráficas e telefonia fixa). Despesas com telefone celular são ilimitadas.
Passagens: Cinco trechos de passagens aéreas entre a capital do Estado do senador e Brasília por mês.
Cargos de confiança: Podem nomear funcionários em Brasília ou em seus escritórios regionais.
DEPUTADOS FEDERAIS
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Deputados e familiares têm atendimento médico gratuito no departamento médico da Câmara. Deputados também podem ter despesas médicas e odontológicas realizadas na rede privada reembolsadas. A medida não se aplica a familiares.
Cotas: Cota de R$ 30,2 mil a R$ 44,9 mil (pode ser usada para pagar passagens, telefone, Correios, fretamento de aeronaves entre outras despesas. Varia de acordo com o Estado do parlamentar). Verba de gabinete: R$ 92 mil (destinada ao pagamento de cargos de confiança).
Passagens: Podem comprar passagens com a verba de gabinete.
Cargos de confiança: Têm direito a nomear até 25 funcionários.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/02/os-salarios-dos-deputados-senadores-ministros-do-stf-e-da-presidente.html, Retirado em 26/02/2015
Meu comentário:
Se esses dados estão corretos ou se tem algo mais, me privarei de estender o comentário sobre esse tópico, por que considero um dos mais polêmicos. Só posso dizer que estes cidadãos ganham, e muito bem, para representar seus eleitores. Precisam trabalhar apenas. Produzir resultados. É isso que falta.
5) Partidos Políticos
Atualmente, a legislação eleitoral brasileira e a Constituição, promulgada em 1988, permitem a existência de várias agremiações políticas no Brasil. Com o fim da ditadura militar (1964-1985), vários partidos políticos foram criados e outros, que estavam na clandestinidade voltaram a funcionar.
Existem 32 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Fonte: http://www.suapesquisa.com/partidos/
Meu comentário: Quais são e para quem são os benefícios de tantos partidos existentes?
Existe ainda o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.
Os valores repassados aos partidos políticos, referentes aos duodécimos e multas (discriminados por partido e relativos ao mês de distribuição), são publicados mensalmente no Diário da Justiça Eletrônico. A consulta pode ser realizada por meio do acesso ao sítio eletrônico do TSE na Internet.
O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído por recursos públicos e particulares conforme previsto no artigo 38 da Lei nº 9.096/95:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;
IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995.
http://www.tse.jus.br/partidos/fundo-partidario
Tabela distribuição do fundo partidário
Distribuição do Fundo Partidário 2016 - Duodécimos Disponibilizado
Dotação orçamentária 2016: R$ 737.890.048,00
Já recebido até Junho/2016: R$ 362.254.303,00
Destes,
PT = R$ 47.835.483,00
PSDB = R$ 40.416.724,50
PMDB = R$ 39.240.884,10
PP = R$ 23.692.189,02
PSB = R$ 23.105.342,70
PSD = R$ 22.024.946,76
PR = R$ 20.827.446,18
PRB = R$ 16.024.946,76
DEM = R$ 15.243.889,20
PTB = R$ 13.934.597,34
PDT = R$ 12.357.278,64
SD = R$ 10.087.359,24
PSC = R$ 9.393.919,20
Data da última atualização: 28/07/2016
http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tse-distribuicao-de-fundo-partidario-duodecimos-2016-1456856952459
Comentário: Então parte do bolo arrecadado com tributos vai para financiar partidos? Reforma já, por favor. Tirem suas próprias conclusões.
6) Alguns dados estatísticos.
Conforme IBGE somos 200.000.000 milhões de brasileiros aproximadamente.
A taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos no Brasil voltou a cair em 2013, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A taxa de analfabetismo funcional também caiu, de 18,3% para 17,8%.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/brasil-e-o-8-pais-com-mais-adultos-analfabetos-do-mundo/
Domicílios com televisão, internet e celular.
Metade das pessoas com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet no Brasil em 2013. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013 (PNAD), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.
O levantamento indicou também que um total de 130,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal.
Dos 32,2 milhões de domicílios do país que tinham microcomputador em 2013 (49,5% do total de residências), 28 milhões contavam com acesso à internet. Esse n° representa 43,1% do total de domicílios em todo o país.
O número de domicílios particulares que têm pelo menos um aparelho de televisão em casa segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, 59,4 milhões de lares tinham televisão – 96,9% do total de habitantes.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/09/ibge-metade-dos-brasileiros-teve-acesso-a-internet-em-2013; http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/numero-de-casas-com-tv-supera-o-das-que-tem-geladeira.html
Meu comentário:
Então, vamos pensar: Existe um índice considerável de analfabetos nos país. Por outro lado, segundo levantamento, o analfabetismo vem caindo; a maioria absoluta dos lares tem televisão em casa (96,9%); metade das pessoas com dez anos ou mais acessaram a internet em 2013 no Brasil (em torno de 86,7 milhões de pessoas); também 130,8 milhões de pessoas com 10 anos ou mais tem telefone móvel celular. Enfim, as pessoas estão tendo mais acesso à informação.
Também o acesso ao nível superior está mais acessível a alguns anos. Muitas pessoas, não só os mais jovens, estão nos bancos das universidades.
Eu não sei se estou enganada, mas era pra coisa está tomando um rumo diferente. Melhor. Também não sei se sou pessimista ou realista demais quando observo e penso que não está.
Se mais pessoas tem acesso à informação, mesmo que seja só pela televisão, cuja programação aberta é duvidosa do ponto de vista cultural e educacional, apesar de tudo, é possível extrair coisas boas dali. Sempre vejo, por exemplo, campanhas sobre a correta destinação do lixo, sobre como manter o seu quintal limpo é importante para o controle da dengue, sobre o uso de camisinha para se prevenir de doenças e por aí vai.
Infelizmente não vejo resultados práticos. No dia a dia assisto estupefata algumas pessoas jogarem lixo pela janela do carro enquanto dirigem. Agem como se a rua fosse o cesto de lixo da sua casa. Todos os anos a dengue ceifa vidas por que alguém não cuida do seu quintal, do seu terreno baldio, do seu entorno.
A lista de “pequenos” deslizes é extensa. Furar fila, ultrapassar a velocidade permitida na via, romper o sinal vermelho, não devolver o troco, estacionar em vaga para idosos, deficientes. Ah, os deficientes. Fico pensando como alguém com deficiência visual, motora ou qualquer outra vive em nossas cidades brasileiras. Como se locomovem? Como trabalham?
Mas, embora esse tema seja por demais importante, o assunto é outro.
Logo, vamos voltar ao foco. Quando da última eleição desenvolvi o seguinte pensamento: Não concordo com a atual gestão, sinto náuseas a cada notícia deflagrada, mas também não me iludo a ponto de acreditar que sendo “A” ruim, a mera troca por “B” ou “C” trará, de fato, as mudanças tão necessárias para o nosso país se transformar em uma nação próspera em toda a amplitude que esta palavra encerra.
Sempre ouvimos que está nas mãos do povo o poder de escolha, o voto. É nas urnas que iremos declarar nossa força. E novamente, no dia do voto, me vejo perdida sem saber em quem votar por que nenhuma das opções me transmite confiança.
Minha proposta (talvez ingênua, talvez burra - cada um julgue conforme seu entendimento): PT, PSDB e PMDB nos últimos anos estão se alternando no poder e elegendo o maior número de candidatos. Já tiveram a sua chance e estão tendo novamente, por mais quatro anos. A presidente (PT) e o vice (PMDB), a maioria nas duas casas do congresso. Se nada fizerem para conduzir o país para o desenvolvimento e nada fizerem em relação aos escândalos de corrupção, e continuarem a corromper vamos eliminar esses partidos no voto. Ninguém vota mais em nenhum destes para nada. Nem em nível federal, nem estadual ou municipal. Os outros partidos são melhores? Não sei. Não acredito que sejam.
Vamos supor o seguinte: Nas eleições de 2014, poderíamos ter mandado um recado para o PT, PSDB e PMDB não elegendo ninguém desses partidos. Outro partido iria ganhar. Este seria melhor? Não sei. Acredito que não. Mas daí, um novo partido iria ficar quatro anos no poder. Se não rezasse bem a cartilha do nosso querido Brasil, em quatro anos nós o tiraríamos também, sem colocar o PT, PSDB e PMDB de volta. O próximo partido que ganhasse iria ficar mais quatro anos e também se fizesse uma má gestão, concordasse e participasse de negociatas corruptas, sairia em quatro anos. Em oito anos, no máximo, daríamos o recado: BASTA!
De quatro em quatro anos é possível fazer um partido falir e é possível fazer a classe política pensar e ver que não há como continuar como está.
Vamos acabar com a farra dos partidos. Farra de distribuição de cargos políticos em ministérios e outros órgãos.
Não estou defendendo nenhum partido. O que estou dizendo é que não é escolhendo candidato “A” ou “B” ou “C” . Também não é o partido “A”, “B” ou “C”, a solução.
Não vote mais em partido que teve oportunidade e não trabalhou pra você, pra nós. Quatro anos parece muito, mas se a cada quatro anos declararmos nas urnas que aquele partido não nos representa, em algum momento haverão de se conscientizar que o próximo que ganhar deverá mostrar trabalho com resultados ou também será eliminado.
Podemos levar a falência qualquer partido, assim como muitos tem contribuído para a falência da Nação, para a falência dos pequenos empreendedores, para a falência da esperança do povo brasileiro.
Se você fosse um empresário e contratasse um administrador para conduzir seus negócios, fazê-la crescer, prosperar, e após quatro anos a organização estivesse do mesmo jeito ou em declínio, com mais dificuldades do que quando o contratou, tendo altos prejuízos, inchada de funcionários, alguns de capacidade e desempenho duvidosos, você o manteria no cargo? Ou melhor, você o manteria no cargo depois de seis meses de gestão ineficiente e fraudulenta? Ou só ineficiente? Ou só fraudulenta? Você o manteria no cargo além de dois meses, ao descobrir que este estava agindo desonestamente e negligentemente na gestão do seu negócio? Ou só desonestamente? Ou só negligentemente? Você contrataria alguém sem conhecimento, sem formação, sem cultura (embora isso nada tenha a ver com caráter)? Você contrataria alguém sem caráter? Creio que não. O tripé caráter, compromisso e competência se fazem necessário.
Então pense: o Brasil é a nossa grande empresa, nós somos os donos e por ser uma grande corporação, necessita de uma equipe de administradores comprometidos e competentes. Nós, com nosso voto, contratamos um presidente, um vice- presidente, 513 deputados e 81 senadores para administrar este empreendimento gigante. Eles, ao se candidatarem e serem eleitos, têm a obrigação de bem administrar essa empresa.
Nós também podemos contribuir, acompanhando, cobrando resultados e também sendo comprometidos com a ética.
Escrevi esse texto em 15/03/2015. De lá pra cá ocorreram várias mudanças. Infelizmente, não as necessárias e suficientes para as transformações e melhorias que o País precisa e merece.
Eu, como tantos brasileiros, tenho ficado cada vez mais indignada com os constantes escândalos de corrupção ocorridos em nosso país.
Cidadãos eleitos por seus compatriotas para trabalhar em prol da comunidade, exercer cargos públicos voltados para a gestão dos recursos arrecadados em forma de tributos, os quais devem, ou deveriam ser devidamente aplicados em benefício da população, usam de suas competências para desviar, corromper, dilapidar o patrimônio que não lhes pertence. Além disso, de toda corrupção que parece generalizada no meio político, há ainda outro câncer social, a negligência aliada à irresponsabilidade na gestão dos recursos públicos. O que sobra da corrupção é mal administrado, mal empregado e com isso as riquezas do Brasil, tão evidentes e alardeadas nos quatro cantos do mundo, se perdem num emaranhado de competência para roubar somado a incompetência para administrar.
O assunto é vasto e, embora eu queira ser objetiva sei que encontrarei dificuldades, mas vou tentar.
Para embasar meu pensamento eis alguns dados extraídos de sites os quais citarei no final de cada informação:
1) Deputados
Deputados Federais: são 513 parlamentares que compõem a Câmara Federal.
Em 2014 a maior bancada eleita ficou com o PT, com 70 deputados. Depois vem o PMDB, com 66 parlamentares. A terceira maior bancada ficou com o PSDB, que elegeu 54 deputados. E seguem os demais com menor representatividade.
Fonte: http://g1.globo.com/politica/eleicoes/2014/noticia/2014/10/veja-os-deputados-federais-eleitos-por-estado.html
2) Senadores
O Senado tem 81 cadeiras – são 3 para cada uma das 27 unidades da Federação. Os mandatos são de 8 anos, mas a renovação é parcial, a cada 4 anos.
Encerradas as eleições, o PMDB confirmou seu papel como a maior bancada no Senado: 19 parlamentares. Logo em seguida, vem o partido da presidente eleita. O PT deve começar a nova legislatura, em fevereiro, com 12 senadores, a terceira maior bancada será a do PSDB, com 10 senadores.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2014/10/27/confira-como-ficam-as-bancadas-no-senado-federal-partir-de-2015
Meu comentário:
Então o PT continua em alta, o PMDB que há muito tempo “morde” da fatia Brasil manteve seu status e o PSDB não tem do que reclamar por que conseguiu manter muitos dos seus “homens públicos” participando da grande empresa Pátria Amada Brasil. A soma dos três partidos com maior representatividade dá um total de 187 representantes da câmara dos deputados. A diferença de 326 vagas da casa do povo ficaram pulverizadas nos demais 29 partidos restantes.
Também se repete no senado a maioria de representantes dos partidos PMDB, PSDB e nos últimos 16 anos o PT. Mais da metade da casa representada por estes três partidos.
3) Ministérios
O governo federal conta com 39 ministros, mas o total de ministérios de verdade não passa de 24. A diferença entre os dois números, que seguramente estão entre os maiores do mundo, é explicada por 15 pastas cujos titulares têm, na teoria, status de primeiro escalão, mas na prática são órgãos auxiliares, como a Casa Civil e o Banco Central.
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1038/noticias/tamanho-nao-e-documento
Meu comentário:
Isso é mesmo necessário, ou maioria desses órgãos criados não passa de cabide de emprego para apaniguados do governo, seus amigos, parentes, parceiros, aliados etc?
O trabalho desenvolvido pelas inúmeras pessoas alocadas nestes órgãos é relevante e trás benefícios reais para os cidadãos?
Há um levantamento do ganho efetivo para a população advindo da criação de tantos ministérios e secretarias?
4) Salários do Presidente, deputados, senadores e ministros.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Duas residências oficiais em Brasília – o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto.
Plano de Saúde: Todas as despesas são pagas, incluindo as de familiares diretos.
Cotas: Não tem. A Presidência tem cartões corporativos, cujo limite varia de acordo com o orçamento.
Passagens: Viaja em aviões da FAB tanto em missões oficiais quanto em viagens de âmbito particular.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.
MINISTROS DE GOVERNO.
Salário mensal: R$ 30,9 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio moradia de R$ 6,6 mil.
Plano de Saúde: Não têm assistência específica, exceto se tiverem sido servidores públicos.
Cotas: Não têm. Têm acesso a cartão corporativo com limite que varia de acordo com o orçamento de cada ministério.
Passagens: Em missões oficiais, podem usar aviões da FAB ou voos de carreira.
Cargos de confiança: Não há limites. Depende da criação de cargos autorizada pela Presidência.
MINISTROS DO STF
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Residência oficial ou auxílio-moradia de R$ 4,3 mil.
Plano de Saúde: Pagam plano de saúde específico do STF. Dependentes e cônjuges podem ser incluídos na cobertura.
Cotas: Não têm direito a cotas ou verbas de gabinete e nem acesso a cartões corporativos. Cada ministro tem direito a um carro oficial e motorista. Gastos com combustível são ilimitados.
Passagens: Cota anual de R$ 42,8 mil p/ gastos com passagens. O presidente do STF também pode viajar em aviões oficiais.
Cargos de confiança: Cada ministro pode nomear até oito funcionários de confiança.
SENADORES
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Senadores, cônjuges ou dependentes de até 21 anos (ou 24, quando universitários), têm despesas médicas reembolsáveis. Limite para despesas odontológicas e psicoterápicas é de R$ 25,9 mil.
Cotas: Cota parlamentar: R$ 15 mil (paga despesas com funcionários, aluguel de escritório de apoio, material de consumo, combustíveis, consultoria, entre outras). Despesas extras: R$ 9 mil (custos com gráficas e telefonia fixa). Despesas com telefone celular são ilimitadas.
Passagens: Cinco trechos de passagens aéreas entre a capital do Estado do senador e Brasília por mês.
Cargos de confiança: Podem nomear funcionários em Brasília ou em seus escritórios regionais.
DEPUTADOS FEDERAIS
Salário mensal: R$ 33,7 mil.
Moradia: Apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 4,2 mil.
Plano de Saúde: Deputados e familiares têm atendimento médico gratuito no departamento médico da Câmara. Deputados também podem ter despesas médicas e odontológicas realizadas na rede privada reembolsadas. A medida não se aplica a familiares.
Cotas: Cota de R$ 30,2 mil a R$ 44,9 mil (pode ser usada para pagar passagens, telefone, Correios, fretamento de aeronaves entre outras despesas. Varia de acordo com o Estado do parlamentar). Verba de gabinete: R$ 92 mil (destinada ao pagamento de cargos de confiança).
Passagens: Podem comprar passagens com a verba de gabinete.
Cargos de confiança: Têm direito a nomear até 25 funcionários.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/02/os-salarios-dos-deputados-senadores-ministros-do-stf-e-da-presidente.html, Retirado em 26/02/2015
Meu comentário:
Se esses dados estão corretos ou se tem algo mais, me privarei de estender o comentário sobre esse tópico, por que considero um dos mais polêmicos. Só posso dizer que estes cidadãos ganham, e muito bem, para representar seus eleitores. Precisam trabalhar apenas. Produzir resultados. É isso que falta.
5) Partidos Políticos
Atualmente, a legislação eleitoral brasileira e a Constituição, promulgada em 1988, permitem a existência de várias agremiações políticas no Brasil. Com o fim da ditadura militar (1964-1985), vários partidos políticos foram criados e outros, que estavam na clandestinidade voltaram a funcionar.
Existem 32 partidos políticos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Fonte: http://www.suapesquisa.com/partidos/
Meu comentário: Quais são e para quem são os benefícios de tantos partidos existentes?
Existe ainda o Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, denominado Fundo Partidário, é constituído por dotações orçamentárias da União, multas, penalidades, doações e outros recursos financeiros que lhes forem atribuídos por lei.
Os valores repassados aos partidos políticos, referentes aos duodécimos e multas (discriminados por partido e relativos ao mês de distribuição), são publicados mensalmente no Diário da Justiça Eletrônico. A consulta pode ser realizada por meio do acesso ao sítio eletrônico do TSE na Internet.
O Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos (Fundo Partidário) é constituído por recursos públicos e particulares conforme previsto no artigo 38 da Lei nº 9.096/95:
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas nos termos do Código Eleitoral e leis conexas;
II - recursos financeiros que lhe forem destinados por lei, em caráter permanente ou eventual;
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetuadas por intermédio de depósitos bancários diretamente na conta do Fundo Partidário;
IV - dotações orçamentárias da União em valor nunca inferior, cada ano, ao número de eleitores inscritos em 31 de dezembro do ano anterior ao da proposta orçamentária, multiplicados por trinta e cinco centavos de real, em valores de agosto de 1995.
http://www.tse.jus.br/partidos/fundo-partidario
Tabela distribuição do fundo partidário
Distribuição do Fundo Partidário 2016 - Duodécimos Disponibilizado
Dotação orçamentária 2016: R$ 737.890.048,00
Já recebido até Junho/2016: R$ 362.254.303,00
Destes,
PT = R$ 47.835.483,00
PSDB = R$ 40.416.724,50
PMDB = R$ 39.240.884,10
PP = R$ 23.692.189,02
PSB = R$ 23.105.342,70
PSD = R$ 22.024.946,76
PR = R$ 20.827.446,18
PRB = R$ 16.024.946,76
DEM = R$ 15.243.889,20
PTB = R$ 13.934.597,34
PDT = R$ 12.357.278,64
SD = R$ 10.087.359,24
PSC = R$ 9.393.919,20
Data da última atualização: 28/07/2016
http://www.justicaeleitoral.jus.br/arquivos/tse-distribuicao-de-fundo-partidario-duodecimos-2016-1456856952459
Comentário: Então parte do bolo arrecadado com tributos vai para financiar partidos? Reforma já, por favor. Tirem suas próprias conclusões.
6) Alguns dados estatísticos.
Conforme IBGE somos 200.000.000 milhões de brasileiros aproximadamente.
A taxa de analfabetismo das pessoas acima de 15 anos no Brasil voltou a cair em 2013, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A taxa de analfabetismo funcional também caiu, de 18,3% para 17,8%.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/impavido-colosso/brasil-e-o-8-pais-com-mais-adultos-analfabetos-do-mundo/
Domicílios com televisão, internet e celular.
Metade das pessoas com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet no Brasil em 2013. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2013 (PNAD), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE.
O levantamento indicou também que um total de 130,8 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal.
Dos 32,2 milhões de domicílios do país que tinham microcomputador em 2013 (49,5% do total de residências), 28 milhões contavam com acesso à internet. Esse n° representa 43,1% do total de domicílios em todo o país.
O número de domicílios particulares que têm pelo menos um aparelho de televisão em casa segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, 59,4 milhões de lares tinham televisão – 96,9% do total de habitantes.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/09/ibge-metade-dos-brasileiros-teve-acesso-a-internet-em-2013; http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/numero-de-casas-com-tv-supera-o-das-que-tem-geladeira.html
Meu comentário:
Então, vamos pensar: Existe um índice considerável de analfabetos nos país. Por outro lado, segundo levantamento, o analfabetismo vem caindo; a maioria absoluta dos lares tem televisão em casa (96,9%); metade das pessoas com dez anos ou mais acessaram a internet em 2013 no Brasil (em torno de 86,7 milhões de pessoas); também 130,8 milhões de pessoas com 10 anos ou mais tem telefone móvel celular. Enfim, as pessoas estão tendo mais acesso à informação.
Também o acesso ao nível superior está mais acessível a alguns anos. Muitas pessoas, não só os mais jovens, estão nos bancos das universidades.
Eu não sei se estou enganada, mas era pra coisa está tomando um rumo diferente. Melhor. Também não sei se sou pessimista ou realista demais quando observo e penso que não está.
Se mais pessoas tem acesso à informação, mesmo que seja só pela televisão, cuja programação aberta é duvidosa do ponto de vista cultural e educacional, apesar de tudo, é possível extrair coisas boas dali. Sempre vejo, por exemplo, campanhas sobre a correta destinação do lixo, sobre como manter o seu quintal limpo é importante para o controle da dengue, sobre o uso de camisinha para se prevenir de doenças e por aí vai.
Infelizmente não vejo resultados práticos. No dia a dia assisto estupefata algumas pessoas jogarem lixo pela janela do carro enquanto dirigem. Agem como se a rua fosse o cesto de lixo da sua casa. Todos os anos a dengue ceifa vidas por que alguém não cuida do seu quintal, do seu terreno baldio, do seu entorno.
A lista de “pequenos” deslizes é extensa. Furar fila, ultrapassar a velocidade permitida na via, romper o sinal vermelho, não devolver o troco, estacionar em vaga para idosos, deficientes. Ah, os deficientes. Fico pensando como alguém com deficiência visual, motora ou qualquer outra vive em nossas cidades brasileiras. Como se locomovem? Como trabalham?
Mas, embora esse tema seja por demais importante, o assunto é outro.
Logo, vamos voltar ao foco. Quando da última eleição desenvolvi o seguinte pensamento: Não concordo com a atual gestão, sinto náuseas a cada notícia deflagrada, mas também não me iludo a ponto de acreditar que sendo “A” ruim, a mera troca por “B” ou “C” trará, de fato, as mudanças tão necessárias para o nosso país se transformar em uma nação próspera em toda a amplitude que esta palavra encerra.
Sempre ouvimos que está nas mãos do povo o poder de escolha, o voto. É nas urnas que iremos declarar nossa força. E novamente, no dia do voto, me vejo perdida sem saber em quem votar por que nenhuma das opções me transmite confiança.
Minha proposta (talvez ingênua, talvez burra - cada um julgue conforme seu entendimento): PT, PSDB e PMDB nos últimos anos estão se alternando no poder e elegendo o maior número de candidatos. Já tiveram a sua chance e estão tendo novamente, por mais quatro anos. A presidente (PT) e o vice (PMDB), a maioria nas duas casas do congresso. Se nada fizerem para conduzir o país para o desenvolvimento e nada fizerem em relação aos escândalos de corrupção, e continuarem a corromper vamos eliminar esses partidos no voto. Ninguém vota mais em nenhum destes para nada. Nem em nível federal, nem estadual ou municipal. Os outros partidos são melhores? Não sei. Não acredito que sejam.
Vamos supor o seguinte: Nas eleições de 2014, poderíamos ter mandado um recado para o PT, PSDB e PMDB não elegendo ninguém desses partidos. Outro partido iria ganhar. Este seria melhor? Não sei. Acredito que não. Mas daí, um novo partido iria ficar quatro anos no poder. Se não rezasse bem a cartilha do nosso querido Brasil, em quatro anos nós o tiraríamos também, sem colocar o PT, PSDB e PMDB de volta. O próximo partido que ganhasse iria ficar mais quatro anos e também se fizesse uma má gestão, concordasse e participasse de negociatas corruptas, sairia em quatro anos. Em oito anos, no máximo, daríamos o recado: BASTA!
De quatro em quatro anos é possível fazer um partido falir e é possível fazer a classe política pensar e ver que não há como continuar como está.
Vamos acabar com a farra dos partidos. Farra de distribuição de cargos políticos em ministérios e outros órgãos.
Não estou defendendo nenhum partido. O que estou dizendo é que não é escolhendo candidato “A” ou “B” ou “C” . Também não é o partido “A”, “B” ou “C”, a solução.
Não vote mais em partido que teve oportunidade e não trabalhou pra você, pra nós. Quatro anos parece muito, mas se a cada quatro anos declararmos nas urnas que aquele partido não nos representa, em algum momento haverão de se conscientizar que o próximo que ganhar deverá mostrar trabalho com resultados ou também será eliminado.
Podemos levar a falência qualquer partido, assim como muitos tem contribuído para a falência da Nação, para a falência dos pequenos empreendedores, para a falência da esperança do povo brasileiro.
Se você fosse um empresário e contratasse um administrador para conduzir seus negócios, fazê-la crescer, prosperar, e após quatro anos a organização estivesse do mesmo jeito ou em declínio, com mais dificuldades do que quando o contratou, tendo altos prejuízos, inchada de funcionários, alguns de capacidade e desempenho duvidosos, você o manteria no cargo? Ou melhor, você o manteria no cargo depois de seis meses de gestão ineficiente e fraudulenta? Ou só ineficiente? Ou só fraudulenta? Você o manteria no cargo além de dois meses, ao descobrir que este estava agindo desonestamente e negligentemente na gestão do seu negócio? Ou só desonestamente? Ou só negligentemente? Você contrataria alguém sem conhecimento, sem formação, sem cultura (embora isso nada tenha a ver com caráter)? Você contrataria alguém sem caráter? Creio que não. O tripé caráter, compromisso e competência se fazem necessário.
Então pense: o Brasil é a nossa grande empresa, nós somos os donos e por ser uma grande corporação, necessita de uma equipe de administradores comprometidos e competentes. Nós, com nosso voto, contratamos um presidente, um vice- presidente, 513 deputados e 81 senadores para administrar este empreendimento gigante. Eles, ao se candidatarem e serem eleitos, têm a obrigação de bem administrar essa empresa.
Nós também podemos contribuir, acompanhando, cobrando resultados e também sendo comprometidos com a ética.
Escrevi esse texto em 15/03/2015. De lá pra cá ocorreram várias mudanças. Infelizmente, não as necessárias e suficientes para as transformações e melhorias que o País precisa e merece.