Autodestruição Política
Com o instituto da reeleição, o candidato a cargo no executivo, como Prefeito, Governador e Presidente, já entra pensando em ocupar dois mandatos consecutivos, pois, estando no poder, a reeleição é sempre mais fácil do que para o opositor. Depois, ainda não satisfeito com os oito anos, volta a candidatar-se ao terceiro mandato, permitido pela interrupção sequencial de outro governante. Assim, se ainda obtiver êxito, parte para a reeleição, e lá se vão 16 anos de poder. Acostumado com isto, sua imagem vai se desgastando, a ponte de, numa outra tentativa, nem a Prefeito ou Vereador de uma pequena cidade consegue mais se eleger. Já vi esse filme, com quem já foi Governador e Senador. Assim, é preciso saber sair no auge da carreira, dando uma de Pelé, para que fique na história como herói, e não como um fracassado politicamente, mesmo já tendo chegado ao topo da montanha. Mas, se sentido como “o rei da cocada”, achando que todos estão ao seu lado, insiste em perpetuar-se no poder e “quebra a cara”.
Diferentemente do Executivo, no Legislativo não há esse desgaste, tal como já ocorreu com um Deputado que bateu o recorde nacional, alcançando 13 legislaturas consecutivas, somando 52 anos de vida política. Não é à toa que eles próprios dizem que “melhor do que no Congresso Nacional, só no céu”. Longe de seu reduto político, não perdem a pose, como ocorre no poder Executivo, cuja gestão exige maior competência e constante atuação.