Carta aberta á Senhorita Daniela Correa.
Carta aberta á Senhorita Daniela Correa, digna Prefeita de Ribeirão das Neves.
Minha saudação Senhorita.
Venho assistindo aos seus pronunciamentos, acompanhando seu esforço em conduzir NOSSA cidade. Risonha e sempre afável na lida principalmente com as crianças, como se deve ser um bom político. Como cidadão habitante nesta municipalidade há décadas, pai, avô, pagador de impostos abusivos, estou preocupado com divulgação sobre pretensa vontade de V. Sa. em disputar novamente o comando administrativo em NOSSA cidade.,
Brincadeira esta pretensão, não é reverenciada PREFEITA?...
Estou firmemente convencido de que este dístico é mais um chasco sem competência
Faça-me o favor...
É preciso que se crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros para que as matracas de fazer voto sejam banidas da historieta.
Mormente representando um partido que estimula agrupar sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar a renda através de um dito programa social, quando mulheres e homens miseráveis correm para a cama a produzir filhos. Este é, sem dúvida, um plano engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.
Não discorro pelos outros, Senhorita. Falo por mim. Não votei na senhorita. Sou bastante politizado, bastante maduro, sobrevivente do absolutismo militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, meramente porque a cartilha doutrinária do PT é acéfala e raivosa. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecoroso da biografia do Brasil.
Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. Está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele aperfeiçoou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais ante a lei, menos os que são diferentes: os favorecidos das cotas e das bolsas-esmola.
A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a PQP.
Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, os assentaram no tronco, como se faz com o gado, e os distinguiram com ferro quente. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social.
E a Senhorita se diz professora...
As mestras, os alunos, os pais e mães sonharam por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrata. Em NOSSA cidade as escolas estão umas lástimas.
Acreditaram em uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem aparelhados, orgulhosos da carreira, felizes.
Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa.
Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente.
Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos.
Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicto.
Prefeita, mesmo não tendo votado na senhorita, torci pelo sucesso do seu governo como homem sensato e que sempre quis o bem para meus concidadãos. Mas a maior torcida era pra que não faltasse o respeito mútuo, e este sentimento se perdeu, como se perdeu o comando necessário que deve ter um bom gestor.
Acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político sai ás ruas e é achincalhado, depreciado e até mesmo insultado.
Se conselho fosse bom à gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas a todos que em você acreditaram, sabe por quê? Porque eles foram enganados, desrespeitados e sustentaram a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso e irresponsável.
A Senhorita além de não solucionar problema algum, ainda teve o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional e não levou NOSSA cidade a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o peculiar excesso de arrogância petista e despreparo levou NOSSA cidade ao caos.
A senhorita, confinada no seu palácio á beira da BR, ou mesmo blindada em seu gabinete por borras botas energúmenos e chupins, não conhece a capacidade e a honra de um Nevense.
Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos sessenta e cinco anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupado, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus filhos, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de resistir por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha.
A senhorita não pediu minha opinião, eu sei...
Num país com regime democrático, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me pôr publicamente contra este cafuné na cabeça dos arrastados, contra esta fraude eleitoral aqui diligente.
Gostaria que a senhorita divulgasse os feitos nesta sua gestão, um mapeamento do que se tornou a massa viária, o demonstrativo de aplicação dos recursos advindos da área federal, a cópia dos estudos feitos para julgar-se o quantitativo de pelo menos intenções. Desejo fazer um cômputo de multiplicar e dividir, só para saber qual a parte que toca nesta chamada de capital. Democracia é isto. Transparência. Não melindra. Não afronta. Não insulta. Não dói...
Não sou impertinente nem desrespeitoso, sou apenas um habitante da cidade que esfalfado de tanta omissão e covardes desmandos se revolta e se indigna.
Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária.
Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, empregado para aniquilar a dignidade da massa ignara. Aliciar as camadas sociais menos favorecidas é indecente e densamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagante de impostos.
Este é o jacto. Sujo.
Neste momento em que a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando algum avanço, como se no País das Maravilhas, a prefeita risonha e ricamente produzida expressa permanecer este martírio que é sua reconhecida má administração.
Estamos na contramão da História, Senhorita Daniela!
Pode ter certeza de que a senhorita conseguiu agredir a inteligência da maioria de Nevenses que mourejam dia após dia para estear a máquina extraviada deste seu governo petista.
Se eu dirigir esta equivalência pelo correio, talvez ela pare nas mãos de determinado assessor censor e a senhorita nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. E olha que desgostou foi a muitos e muitos. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde.
O contraditório é muito saudável.
Não me leve a mal por esta asseveração pública. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta somos nós, que aqui continuaremos morando, após sua ida.