Dãh - Yes Paz, No Ego

Dãh - Yes Paz, No Ego





1 – Deixe de ficar ofendido. 2 – Libere a necessidade de vencer. 3 – Esqueça a vontade de estar certo. 4 – Desapegue-se da neura de ser superior. 5 – Livre-se da obsessão de ter mais. 6 – Deixe de se identificar com base em realizações. 7 – Abandone a reputação.


Lendo, relendo e ouvindo coisas por aí, relacionadas a política, pensei - que catzo, a gente não sai disso. Afinal, que ideologia nesse país vale defender, que não seja a da liberdade? Qual partido detém a plataforma da libertação? Aliás, "Partido não, inteiro”, (Miguel de Unamuno).

A gente ouve as escutas telefônicas das excelências e fica no ar um ranço sombrio, de conversa de meliante, de ignorante, de gente esquiva que anda colada às paredes, dorme com um olho aberto e não tem amigos, tem comparsas, cúmplices, apaniguados, filiados, sequazes, séquitos, escravos, etc.

Você liga a TV e saltam da tela os temas perenes Ministério Público, Corrupção, Lula e Dilma (ainda?!!), mais aqueles infelizes raivosos defensores de bandidos.

Política brasileira = Dãh. Políticos brasileiros, cruzes, a maioria deles
faz Maquiavel parecer um assistente social. Todo esse entre aspas "sistema" deve ser repensado, precisamos parar de alimentar a boca que nos morde.

E aqui do lado aquele abobado do Maduro (ainda não internaram esse cara?!), oprimindo os arqui oprimidos, o governo anterior até outro dia passava a mão na cabecinha dele, fala sério, é insuportável isso. Prêmio Oscar para o gênio que fez o post com a foto de 4 gatinhos e um balão de diálogo em cima de cada um deles: “queremos saber”, “quando é”, “que o Lula”, “vai ser preso?”.

A gente não sai disso, daí vem o Chico Buarque e o Jô aplaudindo os capachos da Internacional Comunista, os pensantes atacam, então um monte de tranqueira passa a tecer loas, se ajoelhando para dinossauros que fariam melhor se ficassem calados, ufa, os caras não entendem que o presidiário lindinho sai com Bolsa Páscoa e o trabalhador está passando fome.

Quer falar de política, sério? Sabe como funciona uma pauta de qualquer pesquisa séria de opinião pública para candidatos a presidência dos EUA?
Dá uma olhada:

1. Líder forte
2. Valores
3. Se importa conosco
4. Otimismo sobe o futuro do país
5. Unir o país
6. Honesto e confiável

Nós temos isso por aqui? Me diz, aonde está?

Alexander Hamilton achava que não deveriam existir partidos políticos. John Adams era de mesma opinião. Ambos se dispunham à noção de que partidos políticos causam divisões. E causam mesmo. Mas não há nada errado nisso. Debater divergências legítimas é positivo. Agora, repara o nível do nosso debate: o Temer tem 7, ops, 6 ministros citados na Lava Jato. Uau, e a Dilma tinha 24. Pombas, uma argumentação dessas vive no binarismo do ordinário ao doente mental.

Não é possível que um país com 200 e tantos milhões de pessoas tenha uma dita grande mídia incapaz de abrir o bico sobre o Foro de São Paulo. Será que não existe um único jornalista sedento para trazer esse “furo” para a sociedade? E até quando o desvio no rio São Francisco vai continuar no Photoshop? Idem para Belo Monte?

E amanhã você liga a TV e o sobrinho do Lula, que não fala lé com cré e não tinha onde cair morto de repente coordena negócios multimilionários transcontinentais e o tio alega ser tudo intriga da oposição.

Pronto, lá vem o retardado e fala a palavrinha de cinco letras: golpe.
(Golpe?! Rombo de 170 bilhões, 12 milhões de desempregados, 25.000 leitos a menos no SUS e corte de 20 bi no Minha Casa Minha Vida...)

Eu vi uma recantista hoje falando sobre a militância neste sítio. É de chorar.

Afinal, todo mundo se torna idiota em ano de eleição ou todos são tratados como idiotas em ano de eleição?

Pelo visto aqui somos tratados eternamente como idiotas. Não obstante uma corrente de pulhas bate palma para facínoras - porque esta é a palavra - não há outra, e foi-se a hora de ser politicamente correto com quem dorme com cães.

O que fica difícil de entender aos vultos das sombras é que em termos de nação a equação de Steve Jobs cabe como uma luva: a classe econômica aterriza exatamente na mesma hora que a primeira classe.

E enquanto perde-se tempo precioso com falácias, seria preferível abandonar o ego e ceder a razão que visa o bem estar coletivo, pois o amanhã galopa.

Nos preocuparemos com o amanhã, amanhã. Dissemos isso ontem.



(Imagem: J.M.W. Turner, "Amanhecer após o Destroço", 1841. Aquarela, guache e esfregando em papel)

 
Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 24/05/2016
Reeditado em 24/06/2020
Código do texto: T5646009
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