Tortura.....Nunca mais...
Tortura...
Tortura, etimologia do Latim, “tormento, ato de torcer “, definições fortes e cruéis que ao português legou “ Tortura”, e remete-me a sensação ao longo da transformação, de uma gradação metonímica. “O Tormento perturbara sua vida” em linguagem de gradação e metonímia lemos “ A Tortura aniquilara sua existência”. A didática das figuras de linguagem certa ou errada nada traduz, e a retórica banal nada seduz, os horrores da Tortura.
Ironia, o mínimo, o que é Tortura, diante da majestosa criação do universo, onde todos os elementos físicos químicos mostram-se interdependentes, em perfeita Harmonia, imprescindível Paronomásia, na perpetuação da continuidade continuada.
Tortura em tese tem a sua base em leis, que aceitas ou impostas a sociedade, está implícita a concordância da maioria. A minoria discordante está sujeita as penas da lei que rejeita, aqui a injustiça à liberdade de expressão.
Posta ao ordenamento do comportamento social e jurídico estabelecidos, em princípio, ninguém quer subverter a ordem, quem a transgrida, caminha para a Tortura, muitos aplaudem o castigo.
A lei afirma-se na linguagem, tem formalidades, e assim, após a consolidação da palavra escrita, a civilização organiza suas regras, firma contratos, descreve sua história, literatura, tratados, publicações filosóficas e científicas...
A linguagem dá legitimidade as leis, e estas a Tortura, quer seja de consenso ou de imposição, justa ou injusta.
A Idade Média denominada a “Idade das Trevas”, fora o pior momento para se viver, quando os meios de tortura ampliaram com a criação de inúmeros aparelhos de castigo e de pena de morte. Prenda-se a este período a narrativa.
Foram criados nesta época medieval os 10 mais assustadores instrumentos de tortura. Em função de que são assombrosos, causa náuseas e surgimento de úlcera no estômago, que se use uma linguagem eufemística, mesmo assim é duro.
EMPALAMENTO
Uma estaca de madeira – perfurante- exauri a vida
BERÇO DE JUDAS
Sofisticação Animalesca: O corpo fica suspenso no ar, os braços, as pernas e a cintura em cinto fino de bronze presos em cordas que esticadas e fixadas nas paredes estendem, sentado em banco de superfície pontiaguda, onde as nádegas são apoiadas. Tortura e perda de vida.
CAIXÃO DE TORTURA
Caixão de ferro - formato de gaiolas - exposto em praça pública ao ar livre - sem teto- crimes de blasfêmia e roubo- apodrece a carne- animais famintos-uma sentença final de julgamento
BALCÃO DE TORTURA
Intenso Sofrimento – Temido: Mesa de madeira- cordas na parte superior e inferior- pés e mãos presos em cordas- com roldanas - corpo esticado – novo modelo (com espinhos de ferro ao longo da mesa- cama. Confessar crime – Tortura e Vida exaurida.
ESTRIPADOR DE SEIOS
Não se descreve o formato do instrumento, pois sua denominação auto se define, e o respeito aos seios por sua função de alimentar a procriação.
Bruxaria, aborto ou adultério
PERA DA ANGÚSTIA
Incrédulo: objeto modelo de uma pera, com 4 folhas de metal móveis, parafusos, expansão e abertura, funciona como um bico de pato ginecológico, órgãos sexuais, punição de mulheres, mentirosos, homossexuais.
A RODA DE TORTURA
O corpo preso a uma roda de madeira suspensa, roda sobre um palanque em praça pública, membros do corpo atacado, martelos de metal, quase sem vida, animais famintos.
SERRA PARA CORTAR AO MEIO
Sem descrições. Muito usado na Idade Média. Acusados de Bruxaria, assassinatos, adultério e blasfêmia. Parentes ameaçados.
ESMAGA CABEÇAS
Capacete, parafusos, pressão. Muito usado na Inquisição Espanhola
TORTURA DO GARROTE
Sem descrições. Exauriu milhares de vidas na Inquisição Espanhola.
Dada, até o momento, a atenção restrita a era Medieval, de amplitude devassadora, desde os primórdios da civilização, é inquestionável ao ser humano, as tendências de ações e atitudes de violência física e emocional contra o seu próprio igual ser humano.
“Como separar o que é tortura e o que é pena de morte”
Subentende-se, e é entendido pela própria semântica da palavra, que tortura física e/ou emocional, causaria a dor e o sofrimento, deixaria sequelas, mas, a vida preservada. Se há Tortura seguida de extinção da vida, chamar-se-ia assassinato com requintes de crueldade independente do amparo das leis ou sem leis, de réus ou inocentes.
“ Como separar o que é tortura e Leis de Estado”
A Indonésia, em uma de suas leis, a pena de morte por fuzilamento, aplica-se aos traficantes e usuários de drogas. Pego em delito, há normas, tribunais, direito de defesa, enfim, o cumprimento de um rito judicial, até que o acusado, vire réu culpado. Pronto, marca-se a data do fuzilamento. Há normas pré-estabelecidas na sociedade, ainda que discutível a pena de morte, o sentenciado com justiça e isenções, nas Leis de Estado, não fere o que já fora instituído. Em situação semelhante, os USA tem a pena de morte em alguns estados da Federação. Conclui-se nestes dois exemplos pratica de assassinatos na forma da lei.
Retorna-se um pouco, e se vê o quanto a Linguagem Escrita está associada a tortura.
Todas as civilizações se utilizaram de tortura no compasso das Leis, barbaras, ou simplesmente por prazer mórbido, é um único direito concedido antes da morte; uma oração, um pedido, uma despedida... denota a crível inclinação do ser humano, ao cometimento de barbaridades abomináveis, se se falar em Homo Sapiens. Raciocinar de fato se faz imprescindível? Raciocinar pragmaticamente, a pura razão é cabal? Raciocinar sem emoção, seria vegetativo?
Depreende-se que se não houvesse evolução ou criação do Homo Sapiens herança do Homo Erectus, há cerca de 90.000 anos presente no Planeta;
Se este processo evolutivo fora interrompido, sem capacidade de raciocinar, seria o homem um ser vivo como os seus pares animais. Viver em luta para sobreviver, procriar e proteger a prole, e o matar outras espécies, somente para saciar a fome. Para esta hipótese seus ancestrais teriam de sofrer extinção em seus primórdios, em eras anteriores ao Homo Erectus.
O substituto do homo sapiens seria os Neanderthais, espécie semelhante, extinguida cerca de 40.000 anos atrás. Conforme estudos estes fabricavam instrumentos de pedra para furar peles e confeccionar roupas, exímios caçadores fabricavam longas lanças a abater animais de grande porte. Se sobrevivessem ao tempo, a pergunta se faz, o que se sucederia aos tempos atuais.
Se e se, retórica de valor nenhum, até literário sem esplendor.
O Título acima está “ Tortura
Complemento:
Nunca mais”
Quando? Onde? Ouve-se a voz do mago:
“ Nas futuras gerações, em nova ordem do Universo”
Continua...
Pesquisa Google/Internet acerca dos Aparelhos de Tortura na Idade Média
RJ, 27 de abril de 2016
Antonio Domingos Ferreira Filho