Posturas Pessoais Que Vencem a Corrupção (1)
“Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!” Provérbios 22.6
Os traços da corrupção que hoje vemos em seu impacto máximo sobre a nação brasileira não residem apenas nos âmbitos políticos, nas gestões públicas, nas negociatas jurídicas, nas instâncias da macro-conjuntura nacional. Algo que se faz em macrodimensão, gesta-se e inicia-se no indíviduo e em sua formação basilar. Desta maneira poderíamos nos escandalizar na exposição dos atores dos grandes desvios comportamentais, o que ocorre comumente. No entanto, a mesma indignação deixa de ocorrer quando os beneficiados somos nós.
Claro, julgamos que os nossos desvios são minorizados ante aqueles de alta monta; no entanto são desvios tão iguais em sua essência. Quem rouba muito, quem rouba pouco ou quase nada, ambos são ladrões. O que difere aí são os raios de influência do impacto de suas ações, a quem e como se atinge no hábito fraudulento.
Desvios de natureza corruptiva ocorrem nos lares , nas casas, onde as chamadas “pequenas mentiras” formatam a idéia de que se pode mentir e sair ileso, inconseqüente. A mentira aceita e relevada em casa, formata o caráter para ousar mais na mesma direção e intenção de engano, agora não mais no seio da família, mas no círculo de influência relacional, seja na escola, no trabalho ou entre os amigos.
A vida passa e aquela seqüência de pequenos hábitos que não foi devidamente confrontada na família, que foi, quem sabe, às vezes aplaudida e adjetivada como sinônimo de “esperteza”, torne-se parte do caráter da pessoa e seja mesmo base para as exigências de alguém que deseja o que deseja, sem importar a licitude de que como consegue aquilo que deseja.
Por esta razão afirmo que o histórico processo corruptivo do homem de nossa nação, guardadas as proporções culturais, igualmente residente em homens de todas as partes do mundo, iniciam-se nos modelos familiares e em uma natureza humana caída, desprovida dos princípios de caráter propostos por Deus. Longe aqui de pensar em religião, que para mim é o esforço humano de atingir Deus à sua maneira. Sobretudo falo de relacionamento com Deus e Seus Princípios vivenciais, e com a vivência destes princípios à partir de nossas famílias.