DOMINGO DE UM SHOW DE HORRORES
O Brasil é uma republiqueta de bananas! Ter um corrupto notório e réu em diversas ações no STF comandando a votação de prosseguimento de um processo de impeachment é deprimente!
Um conhecido havia me alertado que essa legislatura, especialmente, seria de trevas. Achei um certo exagero da parte dele. Até domingo. E olha que nem acompanhei a pantomima na íntegra (não teria estômago para isso!). Pontualmente coloquei em algum canal que transmitia o show de horrores e isso me foi suficiente.
Se a média desses parlamentares é uma representação (e creio que seja), uma cara da sociedade, então a brasileira tá uma lástima! Diria que tá mais feia que uma camponesa medieval, sem tomar banho após um longo e rigoroso inverno. Como sou de São Paulo cito três à guisa de exemplos: Tiririca, Maluf e Marco Feliciano.
Deus (coitado!), família, torturadores, bodes, cachorros, gatos, vodus e etc foram invocados à farta para justificar os segundos de (má) fama. Até marido prefeito que foi preso no dia seguinte. Por corrupção! Como crente em Deus, mas que enxerga a fé de outro prisma, senti-me vilipendiado, vendo esse bando de hipócritas e corruptos instrumentalizando a fé.
É de estarrecer que tenhamos visto sonegadores contumazes, corruptos de longa data, procurados pela Interpol, representantes medievais de castas nordestinas e figuras absolutamente despreparadas para exercer sequer uma função subalterna, “discursando” em nome do país.
Ficou desse espetáculo dantesco a impressão de que precisamos com urgência de uma reforma política. Reforma de verdade que crie cláusulas de barreira, fidelidade partidária, que decrete o fim do voto obrigatório, ficha limpa de verdade, redução de privilégios monetários no exercício do mandato, dentre outros.
Como eleitor de Dilma Rousseff no segundo turno da eleição de 2014, fiquei, numa aparente contradição – só aparente, ressalte-se, aliviado que o circo de horrores tenha dado prosseguimento ao processo, pois seria vilipendiar meu voto vê-la em negociações rasteiras para tentar salvar o mandato. Ao menos agora as coisas se escancaram e a fatia burra e fascista do eleitorado que foi às ruas comer patos de borracha atirados pela FIESP verá em que precipício está jogando o país.
Em tempo. O deputado em quem votei na última eleição foi Ivan Valente (PSOL/SP). Senti-me muito bem representado pelo seu voto.