PRESIDENTES, GOVERNADORES E OUTROS
Há pouco estive com um possível texto na mente. Nesse texto intencionei dizer que sei qual foi, para mim, o melhor governador de Sergipe. Os outros todos ficam do quase mediano para baixo, sendo que os para baixo são a maioria. Sobre presidentes da República, eu me recordo de quanto meu pai apreciava o Getúlio, mas quando Getúlio morreu/suicidou-se/foi assassinado, não sei o que ficou comprovado cientificamente. Quando isto ocorreu eu estava aos 5 anos de idade e uma criança nada sabe de política. Depois dele, eu gostei, mais ainda nada entendia de política, do JK. Tive esperanças no Tancredo, acreditei no Collor (imagine), e assim por diante.
Como nada achava bom 100%, já em idade de votar, eu praticamente, não votei em candidato algum para qualquer cargo. Comecei, então, a não confiar no que ouvia.
Quando se evidenciaram os movimentos sociais, achei aquilo correto, que as pessoas buscassem avançar na conquista de seus direitos, mesmo também considerando que não deveríamos buscar coisa alguma, mas que governantes fizessem o que seria a obrigação deles. O que vi? Vi que não adianta, que tudo é organizado para que trabalhadores não tenham tempo e nem saúde para lutar. O mesmo acontece com relação à justiça.
Nós teríamos que ter as leis, sim, mas não teríamos que correr atrás dela, da mesma sorte que elas não teriam que se esconder. E o que temos? Um turbilhão de leis nos "protege", elas na sombra e nós no sol, lutando, trabalhando, cuidando da casa e da família. Acontece, dessa forma, que somos enganados por muitos, como é o caso do mundo do consumo. Compramos algo com muita dificuldade e, ao chegar em casa, o objeto apresenta defeito. Para cuidar disto, precisamos perder o dia de trabalho. Logo o chefe, o patrão, seja quem for, nos manda embora. Aí, deixamos tudo para lá e tratamos de comprar outro objeto, o que sai mais barato do que correr atrás da lei.
Depois de uma sucessão de esperanças frustradas oferecidas aos professores, logo o mecanismo social inventa coisas para complicar e, nesse é hoje é amanhã, nada acontece. Professores adoecem, ficam cegos e a vida passa. Chega a aposentadoria e, com ela, mais um esquema de destruição do lixo em que nos transformaram.
Sobre os candidatos, quando Lula encheu o mundo com sua voz e gestos, eu já estava congelada, bem congelada. Eu fiquei indecisa, ora acreditava, ora não acreditava. A conversa dele foi quebrando meu gelo. Não votei, mas desejei ardentemente que ele ganhasse. Ganhou. Pensei assim: se tudo der certo, na próxima, voto nele. Aconteceu e eu não votei, mas continuei na torcida.
De repente aparece Dilma. Quem é ela, eu me perguntei. Não a conhecia, nada sabia sobre ela. Entretanto, sem que ela fizesse qualquer gesto que me convencesse, e como eu queria exercer a cidadania, resolvi achar um motivo. Achei, é uma mulher e isto me basta. Não acreditei jamais que se elegesse, mas conseguiu! Foi o bastante para eu não pensar mais em nada, era uma mulher e aquilo me bastava, uma mulher governando o país! Fui aprendendo a conhecer a Presidenta e gostei dela, gosto ainda. Por isto tornei a votar. O prazer em votar era tanto, que eu queria que ela se candidatasse todos os dias.
E, para finalizar, o bolo aí está. Se algo acontecer, se esses homens reunidos destruírem a Presidenta, eles levarão a culpa política, pois, no que me resta de vida e de lucidez, digo que JAMAIS VOLTAREI A VOTAR.