2016 CHEGOU! E AGORA?
Mais um ano se inicia. Chegamos prontos para enfrentar os novos e velhos problemas de sempre. O ano de 2015 nos deixou inquietos, preocupados, mas felizmente passou. Então olharemos agora para frente em busca de dias melhores.
Como de rotina, o povo tem a certeza de que as coisas só irão acelerar após a passagem do carnaval. Afinal, o que podemos esperar deste ano na política, na segurança, na educação e na saúde?
No campo da política vivemos uma interminável guerra entre os poderes tidos como harmônicos e independentes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Segundo os ditames da Constituição Federal do Brasil – CRF/88, que diz: Art. 2º- “ São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”
Dificilmente existe hoje uma nação que esteja em paz e que sofra esses conflitos dentro dos seus poderes, como o caso das trocas de insultos entre o chefe do Executivo, na pessoa da Presidente Dilma Rousseff, e o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, tendo, por último, o Poder Judiciário como aquele que se vê na obrigação de decidir sobre a celeuma dos outros poderes.
O pior é que não conseguimos enxergar um só político que tenha liderança moral e respeito entre seus pares para mitigar tais conflitos. E nessa toada, nada de novo se mostra no horizonte do novo ano.
Nossa segurança vai de mal a pior. O velho jogo de empurra em que bravos policiais militares e civis prendem os malfeitores e a justiça solta. Tudo isso endossado por leis frágeis que obrigam juízes a tomar decisões contrárias ao desejo da maior parte da sociedade. Por outro lado, temos os presídios brasileiros que mais parecem as masmorras da Idade Média, em que os presos vivem em condições desumanas e passíveis das mais diversas formas de violência e, consequente, degradação humana. Impossível de serem ressocializados num sistema falido, perverso e doente.
No campo educacional, as greves de professores Brasil a fora em busca de salários dignos e melhores condições de trabalho parecem intermináveis. Não que sejamos contrários a esses pensamentos, e não defendamos o professor, mas o país necessita de que seus alunos estejam em sala de aula, porque num país em desenvolvimento, é imprescindível que suas escolas estejam em pleno funcionamento com seus professores capacitados e desempenhando suas funções. Nesse sentido, as greves são absolutamente prejudiciais tanto para os alunos e pais, quanto para os professores. Quem perde com tudo isso é o próprio país.
Na saúde brasileira reside a rainha dos problemas. Com os desvios de verbas direcionadas à saúde, pouco se tem feito para a melhoria no atendimento ao público. São hospitais sucateados, falta de remédios, poucos funcionários, médicos e enfermeiros sobrecarregados, trabalhando no limite de sua capacidade física e psicológica, tendo às vezes de realizar procedimentos sem os devidos recursos que a medicina exige, além de diversos outros problemas estruturais que tanto aflige esse setor fundamental à vida humana.
Têm acontecido sucessivos casos de mulheres dando à luz em calçadas, nos carros de socorro e particulares, além de viaturas policiais, também é possível verificar pessoas agonizando em intermináveis filas e corredores de hospitais, deitadas quando muito em macas improvisadas, contando com a sorte para serem atendidas. Essas são apenas algumas das mazelas impostas à população mais vulnerável e desassistida.
No entanto, a situação mais grave e caótica está na não consciência dos homens públicos, responsáveis por esse estado de coisas. Por falta de moral, caráter e honra, essas autoridades desprezíveis, em que na pessoa deles não se encontra sensibilidade alguma, tampouco, uma dose sequer de humanidade, promovem a destruição do sistema de saúde pública, imputando dores nos corpos, dos que não têm condição de buscar outra forma de assistência médica que não a pública, matando indiretamente muitos inocentes, com seus atos assombrosos de corrupção, guiados pela ganância ao dinheiro, pensando eles que, com essas atitudes encontrarão paz e felicidade.
Depois de parte da realidade brasileira apresentada, que possamos encarar esse 2016 com entusiasmo, força e fé, sendo sabedores que dias melhores certamente acontecerão, desde que estejamos dispostos a dar a nossa parcela de contribuição na busca de mudanças necessárias e urgentes para uma República que ainda está engatinhando nos caminhos da democracia.
DEUS É BOM!!!