Mea-culpa
Mea-culpa
A cultura da corrupção e impunidade que estavam a níveis incalculáveis, parece que irá diminuir sensivelmente com o julgamento e penalidade praticada na quantidade inversa dos corruptos. Ainda temos muitos desonestos que embora tenha sessado seus roubos, ainda tenham deixado seus rastros nas pegadas da Policia Federal, que serão pegos no desenrolar das investigações e na colaboração dos seus delatores.
Essa prática por todos nós exercida, sem exceção, desde as mais modestas contravenções, sonegações, furtos que fazemos a despeito da cultura absorvida com o tempo, injustificada, tendente a diminuir, infelizmente não por vontade própria, mas pela coerção policial, e pela possível condenação judicial.
Não há quem diga não haver bebido nesta fonte, pois nossos hábitos corriqueiros do dia-a-dia nos condenam pelo mau facejo, quiçá inconsciente, mas indubitavelmente culposo.
Só nos diferenciamos dos corruptos propriamente ditos, pelo fato deles serem praticantes dolosos.
Lamento minha mea-culpa, publicamente, por não ser diferente dos outros, apenas consciente do meu exame de consciência. Desculpem-me meus filhos, minha esposa, meus irmãos, amigos em fim a todos com quem convivo, deixando uma suspeita de vitimas pelo meu malogro.
Hipocrisia a parte, realismo afronte, não quero ser o bode expiatório da malversação dos meus atos, apenas quero poder falar do próximo com a minha inclusão olhando pros meus defeitos antes de apontar o do próximo.
Agora sim, com a alma lavada posso falar dos políticos, empreiteiras, dos funcionários públicos, da mídia, em fim, de todos que de uma forma direta ou indireta são culpados pela malversação do dinheiro e patrimônio publico do nosso querido Brasil.
Lamentavelmente,
José Francisco Ferraz Luz