A FALÁCIA DO COMUNISMO
A Revolução dos Bichos (Animal Farm em inglês) é um conto político do escritor inglês George Orwell, publicado no Reino Unido em 1945, apontado pela revista Time como um dos cem melhores contos da língua inglesa. Ele satiriza a Revolução Russa, que implantou o comunismo naquele país e fundou o maior império, em termos de vastidão territorial, que o mundo já conheceu. Esse império ruiu em fins dos anos oitenta, por razões políticas e econômicas, mas principalmente pelo fracasso da ideologia marxista em atingir resultados que efetivamente tragam felicidade para os governos que a adotam.
Quem já se deu ao trabalho de se informar sobre essa experiência que os russos começaram em 1917, implantando o comunismo naquele país, vai ficar espantado em ver como os seres humanos são iguais em toda parte. A Rússia, no início do século XX era uma das mais atrasadas potências da Europa. Enquanto as democracias do Ocidente e as oligarquias da Europa Central (Alemanha e Império Austro Húngaro) caminhavam a passos largos na implantação da segunda revolução industrial, os russos ainda estavam saindo da era medieval, com uma economia centrada na agricultura, onde os nobres e grandes senhores mandavam e os mujiques (os servos da terra) trabalhavam. Algo semelhante ao que acontecia no Brasil na mesma época, onde a economia era sustentada por grandes fazendas de café e gado leiteiro ou de corte, de propriedade dos “coronéis” e tocadas por ex- escravos, imigrantes ou trabalhadores de jornada.
Num ambiente assim a propaganda comunista, especialmente naquelas primeiras décadas do Século XX era fogo em mato seco. Quem não gostaria de ver toda aquela terra dividida, como diz o agricultor do poema de João Cabral de Mello Neto que o Chico Buarque musicou para a peça “Morte e Vida Severina”? Quem não gostaria de compartir dos lucros fabulosos que os patrões, na cidade e no campo tinham, lucros esses obtidos á custa do suor dos trabalhadores? Quem não gostaria de ver os trabalhadores no poder, dividindo o resultado do trabalho social, de uma forma justa e igualitária?
No Brasil a coisa não pegou porque os comunistas eram poucos e mal organizados. Luis Carlos Prestes com sua famosa Coluna bem que tentou fazer o que Lenin, Stalin, e outros líderes camponeses e operários fizeram na Rússia, mas deu em nada. Getúlio Vargas, alguns anos depois, foi mais esperto e capitalizou a insatisfação das classes populares e se tornou o “reformador” da sociedade brasileira, ganhando o título de “pai dos pobres”. Um belo engodo que dura até hoje.
Na Rússia os comunistas venceram, fuzilaram a família real junto com uma multidão de nobres e fazendeiros e se apossaram do Estado. Fundaram a União das Repúblicas Soviéticas Socialistas, exportando para uma grande parte do mundo a sua revolução.
Curioso como essas coisas acontecem. Em 1789 os franceses também fizeram uma revolução popular, cortando a cabeça dos membros da família real e de todos os que, de alguma forma, eram contra o que eles estavam fazendo. Alguns anos depois entregaram o governo a um tirano (Napoleão) que lançou o país em uma guerra contra o resto da Europa. Cinquenta anos mais tarde, a França, como mostra Victor Hugo em seu emblemático romance “Os Miseráveis”, estava vivendo uma situação econômica e social pior do que a que havia antes da Revolução de 1789.
O Comunismo não melhorou a vida dos russos nem de qualquer povo que adotou esse tipo de governo. Os dois últimos países que ainda podem ser chamados de comunistas no mundo (Cuba e Coréia do Norte) só ainda o são porque estão nas mãos de famílias oligárquicas sanguinárias e autoritárias, que não se preocupam com o número de cadáveres que fazem para se manter no poder.
Tudo isso nos leva a concluir que o comunismo só funciona como utopia. Pode ser uma bela ideia romântica, inspiradora de magnificas obras em todos os campos da arte, como a literatura, por exemplo, com a já citada obra de Victor Hugo, os poemas de Maiakowisky, os versos maravilhosos de Pablo Neruda. Enseja até algumas grandes aventuras no campo da politica como a já citada Coluna Prestes ou a bela epopeia de Emiliano Zapata na revolução mexicana de 1910, e coisas assim.
Mas na prática essa ideologia sempre vai falhar porque o homem tem um ego. As pessoas não são iguais. E não há ideologia que as torne iguais. Na hora de cortar o bolo haverá briga por que sempre haverá alguém que acha que fez mais que o outro para que esse bolo existisse.
Em sua crítica á Revolução Russa, Orwell mostra que todos os líderes da revolução, no início, são idealistas, querem o bem do povo, lutam e derramam o seu sangue por esse ideal. No seu conto esses líderes são os porcos, que comandam a revolta na fazenda, expulsando os fazendeiros e tomando conta da propriedade. Mas com o passar do tempo, o exercício do poder vai transformado os porcos em gente. Eles começam a gostar do poder, das mordomias, do luxo, das benesses que o poder lhes prodigaliza, e de uma forma bastante natural, logo eles estão pensando e fazendo exatamente igual ao que faziam os proprietários antigos. O povo ( no caso os demais bichos da fazenda, que lutaram e verteram sangue pela revolução), passa a ser apenas uma massa de manobra, carne para canhão, corpos que são ajuntados para servir de degraus para que eles possam subir cada vez mais alto. No conto de Orwell é exatamente isso que acontece. No final, os porcos usam black-tie, fumam charutos cubanos, bebem uísque escocês, comem com garfo e faca e andam eretos como os humanos. Acabaram se transformando naquilo que odiavam, e fazem exatamente o que faziam os seus inimigos de antes da revolução. Orwell escreveu isso porque foi justamente o que aconteceu com os líderes russos. Com o exercício do poder se tornaram mais ambiciosos, corruptos e ávidos por riqueza, dos que os seus antecessores.
Qualquer semelhança com que está acontecendo com o Lula e seus cupinchas do PT não terá sido mera coincidência.
(REEDITADO)
A Revolução dos Bichos (Animal Farm em inglês) é um conto político do escritor inglês George Orwell, publicado no Reino Unido em 1945, apontado pela revista Time como um dos cem melhores contos da língua inglesa. Ele satiriza a Revolução Russa, que implantou o comunismo naquele país e fundou o maior império, em termos de vastidão territorial, que o mundo já conheceu. Esse império ruiu em fins dos anos oitenta, por razões políticas e econômicas, mas principalmente pelo fracasso da ideologia marxista em atingir resultados que efetivamente tragam felicidade para os governos que a adotam.
Quem já se deu ao trabalho de se informar sobre essa experiência que os russos começaram em 1917, implantando o comunismo naquele país, vai ficar espantado em ver como os seres humanos são iguais em toda parte. A Rússia, no início do século XX era uma das mais atrasadas potências da Europa. Enquanto as democracias do Ocidente e as oligarquias da Europa Central (Alemanha e Império Austro Húngaro) caminhavam a passos largos na implantação da segunda revolução industrial, os russos ainda estavam saindo da era medieval, com uma economia centrada na agricultura, onde os nobres e grandes senhores mandavam e os mujiques (os servos da terra) trabalhavam. Algo semelhante ao que acontecia no Brasil na mesma época, onde a economia era sustentada por grandes fazendas de café e gado leiteiro ou de corte, de propriedade dos “coronéis” e tocadas por ex- escravos, imigrantes ou trabalhadores de jornada.
Num ambiente assim a propaganda comunista, especialmente naquelas primeiras décadas do Século XX era fogo em mato seco. Quem não gostaria de ver toda aquela terra dividida, como diz o agricultor do poema de João Cabral de Mello Neto que o Chico Buarque musicou para a peça “Morte e Vida Severina”? Quem não gostaria de compartir dos lucros fabulosos que os patrões, na cidade e no campo tinham, lucros esses obtidos á custa do suor dos trabalhadores? Quem não gostaria de ver os trabalhadores no poder, dividindo o resultado do trabalho social, de uma forma justa e igualitária?
No Brasil a coisa não pegou porque os comunistas eram poucos e mal organizados. Luis Carlos Prestes com sua famosa Coluna bem que tentou fazer o que Lenin, Stalin, e outros líderes camponeses e operários fizeram na Rússia, mas deu em nada. Getúlio Vargas, alguns anos depois, foi mais esperto e capitalizou a insatisfação das classes populares e se tornou o “reformador” da sociedade brasileira, ganhando o título de “pai dos pobres”. Um belo engodo que dura até hoje.
Na Rússia os comunistas venceram, fuzilaram a família real junto com uma multidão de nobres e fazendeiros e se apossaram do Estado. Fundaram a União das Repúblicas Soviéticas Socialistas, exportando para uma grande parte do mundo a sua revolução.
Curioso como essas coisas acontecem. Em 1789 os franceses também fizeram uma revolução popular, cortando a cabeça dos membros da família real e de todos os que, de alguma forma, eram contra o que eles estavam fazendo. Alguns anos depois entregaram o governo a um tirano (Napoleão) que lançou o país em uma guerra contra o resto da Europa. Cinquenta anos mais tarde, a França, como mostra Victor Hugo em seu emblemático romance “Os Miseráveis”, estava vivendo uma situação econômica e social pior do que a que havia antes da Revolução de 1789.
O Comunismo não melhorou a vida dos russos nem de qualquer povo que adotou esse tipo de governo. Os dois últimos países que ainda podem ser chamados de comunistas no mundo (Cuba e Coréia do Norte) só ainda o são porque estão nas mãos de famílias oligárquicas sanguinárias e autoritárias, que não se preocupam com o número de cadáveres que fazem para se manter no poder.
Tudo isso nos leva a concluir que o comunismo só funciona como utopia. Pode ser uma bela ideia romântica, inspiradora de magnificas obras em todos os campos da arte, como a literatura, por exemplo, com a já citada obra de Victor Hugo, os poemas de Maiakowisky, os versos maravilhosos de Pablo Neruda. Enseja até algumas grandes aventuras no campo da politica como a já citada Coluna Prestes ou a bela epopeia de Emiliano Zapata na revolução mexicana de 1910, e coisas assim.
Mas na prática essa ideologia sempre vai falhar porque o homem tem um ego. As pessoas não são iguais. E não há ideologia que as torne iguais. Na hora de cortar o bolo haverá briga por que sempre haverá alguém que acha que fez mais que o outro para que esse bolo existisse.
Em sua crítica á Revolução Russa, Orwell mostra que todos os líderes da revolução, no início, são idealistas, querem o bem do povo, lutam e derramam o seu sangue por esse ideal. No seu conto esses líderes são os porcos, que comandam a revolta na fazenda, expulsando os fazendeiros e tomando conta da propriedade. Mas com o passar do tempo, o exercício do poder vai transformado os porcos em gente. Eles começam a gostar do poder, das mordomias, do luxo, das benesses que o poder lhes prodigaliza, e de uma forma bastante natural, logo eles estão pensando e fazendo exatamente igual ao que faziam os proprietários antigos. O povo ( no caso os demais bichos da fazenda, que lutaram e verteram sangue pela revolução), passa a ser apenas uma massa de manobra, carne para canhão, corpos que são ajuntados para servir de degraus para que eles possam subir cada vez mais alto. No conto de Orwell é exatamente isso que acontece. No final, os porcos usam black-tie, fumam charutos cubanos, bebem uísque escocês, comem com garfo e faca e andam eretos como os humanos. Acabaram se transformando naquilo que odiavam, e fazem exatamente o que faziam os seus inimigos de antes da revolução. Orwell escreveu isso porque foi justamente o que aconteceu com os líderes russos. Com o exercício do poder se tornaram mais ambiciosos, corruptos e ávidos por riqueza, dos que os seus antecessores.
Qualquer semelhança com que está acontecendo com o Lula e seus cupinchas do PT não terá sido mera coincidência.
(REEDITADO)