SOLIDÃO
A SOLIDÃO
ME ARREBATA...
MORTÍFERA,
ELA GUILHOTINA
MINHAS QUIMERAS:
SOU SER MORRENTE.
MINHA RETINA
A TUDO VER:
VAZIOS DE VOCÊ
VAZIOS DE MIM;
VOZES DUMAS
EXISTÊNCIAS
VACANTES...
SOU PÁSSARO
EM VÔOS INDESTINADOS
E CARENTES DE TODOS
OS VENTOS...
MEUS "NADAS" DE MIM
AGORA ME REVISITAM...
E, EM REIVINDICAÇÕES
ORQUESTRADAS,
PUNIFICAM EM SEGREDOS
MINHAS FANTASIAS.
AGORA QUE MEU FIM
TEM FIM,
PADEÇO NAS ASSAS
DOS SILÊNCIOS...
RECONFORTA-ME
A ILUSÃO DOCE
DE QUE, MESMO
NO ESQUECIMENTO,
SOU BAGAGEM EM VOCÊ;
SOU MATÉRIA QUE ENGRAVIDA
TUAS LEMBRANÇAS.
O INSTANTE PRESENTE
É PRODUTO ÚNICO E
UNIFICADO DE VOCÊ;
CORPORIFICADO,
MATERIALIZADO...
DOENTIAMENTE RESIDENTE DE MIM.