E agora o governo está dizendo que vai promover uma reforma tributária e uma reforma trabalhista. Só pode ser mesmo piada de mau gosto. Se quando o Lula tinha três terços do Congresso ao seu favor ele não conseguiu fazer isso, a Dilma, que tem setenta por cento de reprovação popular e mais da metade do Congresso contra ela vai conseguir? Esse é mais um engodo para enganar os empresários, que clara e insofismavelmente estão se afastando cada vez mais do governo.
Políticos são mentirosos e enganadores por natureza. Faz parte do DNA de quem se mete em política o gene de fariseu e estelionatário. Porque sempre há quem acredite neles, seja por ingenuidade ou má fé, ou ainda pela esperança de alguma benesse.
Falar em reforma trabalhista, por exemplo, em um governo cuja única base de apoio que ainda resta são os movimentos sociais atrelados ao cabide de emprego do PT e o movimento sindical pelego e parasita, é um atentado á inteligência de qualquer pessoa minimamente informada neste país.
Desde os idos de 1940, quando Getúlio Vargas patrocinou a reforma trabalhista que originou a atual legislação em vigor, o trabalhismo no Brasil criou uma classe sindical de pelegos, vagabundos e carrapatos, que se aproveitam do sentimento de culpa do capitalismo brasileiro para criar boas sinecuras para si mesmos.
Esse sentimento de culpa é oriundo do fato de que boa parte da economia brasileira nos anos quarenta─ quando Vargas enfiou goela abaixo dos empresários brasileiros a CLT─, estava nas mãos de antigas famílias que fizeram fortuna com o trabalho servil. Escravizando primeiros os negros e depois explorando os imigrantes que os substituíram. Então havia um clamor popular por uma legislação que protegesse o trabalhador contra a exploração do patrão e o nosso velho caudilho gaúcho, que de bobo não tinha nada, aproveitou o fato.
A nossa CLT foi inspirada na Carta del Lavoro, que o ditador italiano Benito Mussolini outorgou aos trabalhadores italianos em 1927. Era uma época em que as tendências politicas do mundo ocidental oscilavam entre o estado totalitário do grande capital (como era a orientação do nazismo) e o estado totalitário dos trabalhadores (como era na Rússia e outros países que adotaram o comunismo).
O estado fascista de Mussolini oscilava entre as duas concepções, pendendo mais para os trabalhadores. Vargas, velho caudilho gaúcho, simpatizava com o populismo nacionalista de Mussolini e via com bons olhos o nacionalismo chauvinista de Hitler. Ao apoiar os nascentes movimentos sindicais que se formavam no Brasil ele viu uma importante fonte de apoio para chegar e se manter no poder. Por mais de tres décadas ele foi o mais influente político do país. Cinquenta anos depois Lula repetiria a sua fórmula e faria carreira, senão semelhante, mas com iguais resultados.
O problema é que o país mudou e a legislação trabalhista não. Ao contrário, mais de setenta anos se passaram e ela ficou ainda mais restritiva, burocrática e parcial do que quando nasceu. Ela nunca foi um instrumento de regularização das relações entre capital e trabalho, como devia ser, mas sim um instrumento de proteção do mais fraco (como tal entendido o trabalhador) contra o mais forte, ou seja, o empregador. Uma típica concepção marxista que vê no empresário um explorador da mais valia, ou seja, aquele que fica com os lucros, se apropriando de matéria prima pertencente a todos e empregando o trabalho alheio pagando salários irrisórios.
Talvez fosse assim mesmo há dois séculos atrás no auge da revolução industrial. Ou há setenta anos atrás no Brasil quando foi aprovada a CLT. Trabalhadores que eram pouco mais que escravos precisavam mesmo de alguma proteção contra capitalistas que ainda tinham no sangue o vírus da escravidão. Mas hoje as coisas mudaram. As mudanças tecnológicas, as relações de mercado e a tecnologia da informação mudaram completamente as relações entre capital e trabalho. Trabalhador não é mais o coitadinho que Marx e Engels chamavam de proletário, nem o patrão é mais o capitalista predador. Existe agora uma consciência de responsabilidade social que ninguém mais pode ignorar.
Dois terços do PIB nacional é hoje produzido por pequenos empresários que trabalham quinze horas por dia ou mais. Mais do que seus próprios empregados. E não tem proteção nenhuma do governo, de que dele arranca o couro sem dó nem remédio.
E o trabalhador não é mais aquele idiota robotizado pelas operações em série como Charles Chaplin mostra em seu clássico filme “Tempos Modernos”. Ele não precisa mais de uma legislação paternalista, restritiva e totalitária como é a nossa CLT. Trabalhador hoje é consciente da sua força, dos seus direitos e sabe como exercê-los muito bem. Não precisa mais que o governo fique tutelando as suas relações com o empregador, engessando a economia, desestimulando o investimento e servindo como massa de manobra para políticos corruptos e sindicalistas mal intencionados.
As leis que regem o sindicalismo brasileiro, que antes foram necessárias para proteger as lideranças de um movimento nascente hoje são mais nocivas do que úteis. Só servem para proteger vagabundos e alavancar carreiras políticas de aproveitadores . Vejam-se, por exemplo, a qualidade dos líderes que os sindicatos têm mandado para o Congresso Nacional. Vicentinho, Medeiros, Rogério Magri, José Dirceu, José Genuíno, João Paulo Cunha, Paulinho da Força etc. Se é liderança dessa qualidade que o sindicalismo brasileiro produz, imagine-se o que corre nos bastidores do movimento sindical brasileiro. Temos visto pelos movimentos patrocinados pela CUT, MST, FORÇA, e que tais.
O trabalhador brasileiro precisa de maiores salários e melhor proteção social. Proteção social (saúde, educação, saneamento básico e segurança) que o governo, com os impostos que cobra, deveria dar e não dá. Então fica enganando a classe com penduricalhos como salário-família, vale-gás, vale- isso, vale aquilo, que só oneram a folha de pagamentos das empresas, mas não serve de nada para melhorar, de fato, a vida do trabalhador. E as lideranças sindicais incentivam essas trapaças porque interessa a elas manter o status quo, que lhes é francamente favorável.
Trabalhador precisa é de mais dinheiro na mão. Dinheiro que ele mesmo possa administrar. Quanto menos recursos o governo tirar do povo, maior será a prosperidade do país. O governo, como sabemos, gasta mal e com muita má fé. Drena para o bolso dos “amigos”, através da corrupção, uma boa parte dos recursos da nação.
Está mais que na hora de empregados e empregadores assumirem a responsabilidade pelas suas relações e o governo fazer o seu verdadeiro papel, que é o de mediador. Chega de burocratas ficarem decidindo o que é melhor para nós.
Uma reforma trabalhista que tirasse esse gesso de setenta anos das pernas da nossa economia seria muito bem vinda. Seria um alívio se livrar dessa herança maldita do Mussolini. Mas sabemos que isso é uma utopia com o PT no governo. Seria como se uma raposa renunciasse ao assalto do galinheiro o gato malandro, de uma hora para outra, decidisse não mais roubar a sardinha que a cozinheira deixou em cima da mesa.
Mas como Deus existe, qualquer milagre pode acontecer. E o diabo, quando fica acuado, é capaz de qualquer prodígio para continuar nos enganando.E do jeito que está é como ele gosta.
Políticos são mentirosos e enganadores por natureza. Faz parte do DNA de quem se mete em política o gene de fariseu e estelionatário. Porque sempre há quem acredite neles, seja por ingenuidade ou má fé, ou ainda pela esperança de alguma benesse.
Falar em reforma trabalhista, por exemplo, em um governo cuja única base de apoio que ainda resta são os movimentos sociais atrelados ao cabide de emprego do PT e o movimento sindical pelego e parasita, é um atentado á inteligência de qualquer pessoa minimamente informada neste país.
Desde os idos de 1940, quando Getúlio Vargas patrocinou a reforma trabalhista que originou a atual legislação em vigor, o trabalhismo no Brasil criou uma classe sindical de pelegos, vagabundos e carrapatos, que se aproveitam do sentimento de culpa do capitalismo brasileiro para criar boas sinecuras para si mesmos.
Esse sentimento de culpa é oriundo do fato de que boa parte da economia brasileira nos anos quarenta─ quando Vargas enfiou goela abaixo dos empresários brasileiros a CLT─, estava nas mãos de antigas famílias que fizeram fortuna com o trabalho servil. Escravizando primeiros os negros e depois explorando os imigrantes que os substituíram. Então havia um clamor popular por uma legislação que protegesse o trabalhador contra a exploração do patrão e o nosso velho caudilho gaúcho, que de bobo não tinha nada, aproveitou o fato.
A nossa CLT foi inspirada na Carta del Lavoro, que o ditador italiano Benito Mussolini outorgou aos trabalhadores italianos em 1927. Era uma época em que as tendências politicas do mundo ocidental oscilavam entre o estado totalitário do grande capital (como era a orientação do nazismo) e o estado totalitário dos trabalhadores (como era na Rússia e outros países que adotaram o comunismo).
O estado fascista de Mussolini oscilava entre as duas concepções, pendendo mais para os trabalhadores. Vargas, velho caudilho gaúcho, simpatizava com o populismo nacionalista de Mussolini e via com bons olhos o nacionalismo chauvinista de Hitler. Ao apoiar os nascentes movimentos sindicais que se formavam no Brasil ele viu uma importante fonte de apoio para chegar e se manter no poder. Por mais de tres décadas ele foi o mais influente político do país. Cinquenta anos depois Lula repetiria a sua fórmula e faria carreira, senão semelhante, mas com iguais resultados.
O problema é que o país mudou e a legislação trabalhista não. Ao contrário, mais de setenta anos se passaram e ela ficou ainda mais restritiva, burocrática e parcial do que quando nasceu. Ela nunca foi um instrumento de regularização das relações entre capital e trabalho, como devia ser, mas sim um instrumento de proteção do mais fraco (como tal entendido o trabalhador) contra o mais forte, ou seja, o empregador. Uma típica concepção marxista que vê no empresário um explorador da mais valia, ou seja, aquele que fica com os lucros, se apropriando de matéria prima pertencente a todos e empregando o trabalho alheio pagando salários irrisórios.
Talvez fosse assim mesmo há dois séculos atrás no auge da revolução industrial. Ou há setenta anos atrás no Brasil quando foi aprovada a CLT. Trabalhadores que eram pouco mais que escravos precisavam mesmo de alguma proteção contra capitalistas que ainda tinham no sangue o vírus da escravidão. Mas hoje as coisas mudaram. As mudanças tecnológicas, as relações de mercado e a tecnologia da informação mudaram completamente as relações entre capital e trabalho. Trabalhador não é mais o coitadinho que Marx e Engels chamavam de proletário, nem o patrão é mais o capitalista predador. Existe agora uma consciência de responsabilidade social que ninguém mais pode ignorar.
Dois terços do PIB nacional é hoje produzido por pequenos empresários que trabalham quinze horas por dia ou mais. Mais do que seus próprios empregados. E não tem proteção nenhuma do governo, de que dele arranca o couro sem dó nem remédio.
E o trabalhador não é mais aquele idiota robotizado pelas operações em série como Charles Chaplin mostra em seu clássico filme “Tempos Modernos”. Ele não precisa mais de uma legislação paternalista, restritiva e totalitária como é a nossa CLT. Trabalhador hoje é consciente da sua força, dos seus direitos e sabe como exercê-los muito bem. Não precisa mais que o governo fique tutelando as suas relações com o empregador, engessando a economia, desestimulando o investimento e servindo como massa de manobra para políticos corruptos e sindicalistas mal intencionados.
As leis que regem o sindicalismo brasileiro, que antes foram necessárias para proteger as lideranças de um movimento nascente hoje são mais nocivas do que úteis. Só servem para proteger vagabundos e alavancar carreiras políticas de aproveitadores . Vejam-se, por exemplo, a qualidade dos líderes que os sindicatos têm mandado para o Congresso Nacional. Vicentinho, Medeiros, Rogério Magri, José Dirceu, José Genuíno, João Paulo Cunha, Paulinho da Força etc. Se é liderança dessa qualidade que o sindicalismo brasileiro produz, imagine-se o que corre nos bastidores do movimento sindical brasileiro. Temos visto pelos movimentos patrocinados pela CUT, MST, FORÇA, e que tais.
O trabalhador brasileiro precisa de maiores salários e melhor proteção social. Proteção social (saúde, educação, saneamento básico e segurança) que o governo, com os impostos que cobra, deveria dar e não dá. Então fica enganando a classe com penduricalhos como salário-família, vale-gás, vale- isso, vale aquilo, que só oneram a folha de pagamentos das empresas, mas não serve de nada para melhorar, de fato, a vida do trabalhador. E as lideranças sindicais incentivam essas trapaças porque interessa a elas manter o status quo, que lhes é francamente favorável.
Trabalhador precisa é de mais dinheiro na mão. Dinheiro que ele mesmo possa administrar. Quanto menos recursos o governo tirar do povo, maior será a prosperidade do país. O governo, como sabemos, gasta mal e com muita má fé. Drena para o bolso dos “amigos”, através da corrupção, uma boa parte dos recursos da nação.
Está mais que na hora de empregados e empregadores assumirem a responsabilidade pelas suas relações e o governo fazer o seu verdadeiro papel, que é o de mediador. Chega de burocratas ficarem decidindo o que é melhor para nós.
Uma reforma trabalhista que tirasse esse gesso de setenta anos das pernas da nossa economia seria muito bem vinda. Seria um alívio se livrar dessa herança maldita do Mussolini. Mas sabemos que isso é uma utopia com o PT no governo. Seria como se uma raposa renunciasse ao assalto do galinheiro o gato malandro, de uma hora para outra, decidisse não mais roubar a sardinha que a cozinheira deixou em cima da mesa.
Mas como Deus existe, qualquer milagre pode acontecer. E o diabo, quando fica acuado, é capaz de qualquer prodígio para continuar nos enganando.E do jeito que está é como ele gosta.