O Estado Positivista ou "O País que dá Certo"
Outro dia (quase 1 ano atrás) eu parei minha vida pra ler um ótimo artigo de um mestre sociólogo brasileiro sobre a "Política de estado Positivista". Para meu espanto, o autor foi muito analítico e fez um texto realmente sensacional sobre Comte -- sem fazer aquela avaliação forçada de "O que Marx (Negativistas) acha sobre o Positivismo".
No artigo... além de me espantar com a qualidade (do texto), me espantei como Comte pensava o estado Positivista (ainda naquela época). Separado do "Theos" (teocracia), da filosofia e da Ciência (o mito da burocracia cientifista) visualizando mais ou menos o que seria o "Estado" que hoje são realmente comparáveis a uma Cingapura, uma Suécia e uma Suíça.
Aonde O Estado servindo literalmente de "Médium". Como assim, Médium? O Estado é como um MEDIADOR entre os poderes que Comte chamou de Temporal (que chamamos de Econômico) e o Espiritual (que hoje chamaríamos de Sociedade Civil, como os jornalistas, os artistas, os movimentos sociais, os religiosos, etc.).
O Estado literalmente OUVINDO o Poder Espiritual (a Sociedade Civil) para fazer uma balança com o Poder Temporal (as grandes indústrias e etc), para que a Balança não cedesse mais nem de um lado, nem do outro. Para isso, faz-se necessário que ele não fique muito do lado do poder Espiritual (para que não caía em teocracias ou em ditaduras totalitárias) nem do lado Temporal (para que sociedade não fique "à migué").
Esse jogo, ou melhor, essa Balança, separada tanto de um quanto de outro, hoje ocorre em países que "dão certo", mesmo com tudo ao redor para que dessem errado. Como a falta de recursos naturais, baixa natalidade, lugares inóspitos ou vizinhos "difíceis".
Estados que se tornaram (sem saber) literalmente positivistas hoje -- segundo essa minha avaliação, e não a do mestre sociólogo e muito menos a de Comte -- são os que têm a melhor qualidade de vida, não passam por crises econômicas e seu povo vive "bem obrigado". Mas quando vemos o que Comte pensou sobre o que "deveria" ser o Estado, e olhamos para os que hoje "funcionam", vemos que ele "tinha razão".
"Amor Por Princípio, Ordem por Base, Progresso por Final"
Fonte:
ELEMENTOS ESTÁTICOS DA TEORIA POLÍTICA DE
AUGUSTO COMTE: AS PÁTRIAS E O PODER TEMPORAL;
Autor: Gustavo Biscaia de Lacerda