IMPEACHMENT
SOBRE O IMPEACHMENT (IMPEDIMENTO)
Paulo Carneiro
A hipocrisia de determinados representantes do PT ultrapassa os limites esperados no cumprimento do exercício pleno da Democracia. O golpismo passou a ser argumento de ocasião divulgado pelo PT, quanto ao Impeachment aceito às 18h38 do dia 02/12/15, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a presidente Dilma. A oposição ao governo, baseada na Constituição Federal, buscando soluções para a situação dificílima em que se encontra mergulhado o País, encontrou no Impeachment da presidente um meio de reparar essa política e economia desastrosas desenvolvidas pelo atual governo. Democracia não é consignar-se aos limites de uma paz de cemitério. É no debate, na troca de ideias, no confronto de posições políticas, no exercício do contraditório, que se deve buscar as melhores soluções para os problemas que afligem a sociedade em geral. O golpismo virou argumento de ocasião, dependendo do momento político. Então respondam: No Jornal Folha de São Paulo do dia 30 de junho de 1994, o deputado federal Jackson Wagner(PT), protocolou na presidência da Câmara um pedido de Impeachment contra o presidente Itamar Franco. Também no dia 29 de abril de 1999, houve um pedido de Impeachment contra Fernando Henrique Cardoso, patrocinado por Lula, José Dirceu, Marina Silva, Agnelo Queiros, Miguel Arraes. O Ministro da Justiça, Tarso Genro (PT) escreveu e defendeu no Jornal Folha de São Paulo um artigo pregando a cassação imediata de Fernando Henrique através do Impeachment. Qual o golpe a que se referem os representantes do governo? O de mentir durante as eleições visando a ostentação do poder, a submissão aos mais pobres da obrigatoriedade de pagar pelo rombo das contas públicas, a aplicação de uma recessão econômica escabrosa à população em virtude de uma prática política equivocada, e os índices de desemprego? A inflação, a segurança, o PIB negativo, a perspectiva de crescimento do País ? Todo poder emana do povo. É hora de reivindicar, exigir, debater, trocar ideias. Vamos lá...