GOLPEACHMENT à vista!
Tem razão o senador e ex-candidato à presidente da República Aécio Neves (PSDB) quando fala que “impeachment” não é uma palavra proibida. Afinal, é um mecanismo constitucional. Contudo, a sua abertura ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) é um uso menor deste, fruto, inclusive, da mesquinharia política. O Brasil não merecia isso no atual estágio de sua democracia.
Com base em uma solicitação da oposição calcada no parecer de juristas e tendo por motivo as chamadas “pedaladas fiscais” (utilizadas para viabilizar a continuidade dos programas sociais do governo federal), Cunha deu início ao processo assim que soube que os deputados federais do PT votariam contra ele na Comissão de Ética da Câmara, que avalia as graves denúncias que surgiram na Operação Lava Jato contra o mesmo.
Assim, a situação é a seguinte: Cunha, investigado por corrupção, aceita processo contra a presidente Dilma Rousseff (PT) que, no momento, não é alvo de investigação; o PSDB quer o impedimento da presidente devido às “pedaladas” que, antes, o governo Fernando Henrique (PSDB) também fez, bem como o governo Lula (PT); a denúncia das pedaladas teve origem em parecer do Tribunal de Contas da União, classificado pelo ex-presidente do STF Joaquim Barbosa como “um playground de políticos fracassados que [...] não tem estatura institucional para conduzir algo de tamanha gravidade”.
Logo, podemos concluir que esse processo é um golpeachment, desencadeado com os objetivos de salvar a pele de um investigado por corrupção e de ganhar no tapetão o terceiro turno das eleições presidenciais de 2014 para a oposição.
A presidente Dilma, acossada por denúncias de corrupção contra membros de seu governo e de seu partido, pelas crises política e econômica e pela grande mídia, está frágil, distante de suas bases sociais devido ao ajuste fiscal recessivo que promove para reerguer a economia nacional. Se há acordo entre PMDB e PSDB, algo que é possível conjecturar, sua queda passa a depender somente do que “a voz das ruas” irá bradar...
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REUNIÃO – Dia 7, segunda-feira, 19h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, ocorrerá uma reunião chamada por usuários de transporte coletivo da Região Carbonífera, a fim de criar uma associação que defenda seus direitos.
Texto publicado na seção de Opinião do jornal Portal de Notícias, versões online e impressa: http://www.portaldenoticias.com.br
Tem razão o senador e ex-candidato à presidente da República Aécio Neves (PSDB) quando fala que “impeachment” não é uma palavra proibida. Afinal, é um mecanismo constitucional. Contudo, a sua abertura ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) é um uso menor deste, fruto, inclusive, da mesquinharia política. O Brasil não merecia isso no atual estágio de sua democracia.
Com base em uma solicitação da oposição calcada no parecer de juristas e tendo por motivo as chamadas “pedaladas fiscais” (utilizadas para viabilizar a continuidade dos programas sociais do governo federal), Cunha deu início ao processo assim que soube que os deputados federais do PT votariam contra ele na Comissão de Ética da Câmara, que avalia as graves denúncias que surgiram na Operação Lava Jato contra o mesmo.
Assim, a situação é a seguinte: Cunha, investigado por corrupção, aceita processo contra a presidente Dilma Rousseff (PT) que, no momento, não é alvo de investigação; o PSDB quer o impedimento da presidente devido às “pedaladas” que, antes, o governo Fernando Henrique (PSDB) também fez, bem como o governo Lula (PT); a denúncia das pedaladas teve origem em parecer do Tribunal de Contas da União, classificado pelo ex-presidente do STF Joaquim Barbosa como “um playground de políticos fracassados que [...] não tem estatura institucional para conduzir algo de tamanha gravidade”.
Logo, podemos concluir que esse processo é um golpeachment, desencadeado com os objetivos de salvar a pele de um investigado por corrupção e de ganhar no tapetão o terceiro turno das eleições presidenciais de 2014 para a oposição.
A presidente Dilma, acossada por denúncias de corrupção contra membros de seu governo e de seu partido, pelas crises política e econômica e pela grande mídia, está frágil, distante de suas bases sociais devido ao ajuste fiscal recessivo que promove para reerguer a economia nacional. Se há acordo entre PMDB e PSDB, algo que é possível conjecturar, sua queda passa a depender somente do que “a voz das ruas” irá bradar...
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REUNIÃO – Dia 7, segunda-feira, 19h, no Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, ocorrerá uma reunião chamada por usuários de transporte coletivo da Região Carbonífera, a fim de criar uma associação que defenda seus direitos.
Texto publicado na seção de Opinião do jornal Portal de Notícias, versões online e impressa: http://www.portaldenoticias.com.br