PÁTRIA AMADA BRASIL
Pátria amada Brasil
Passamos por duas datas nacionais de grande significado patrióticas.
A primeira é do quinze de Novembro, data da Proclamação da Republica.
Cujo feito se cometeu a maior injustiça ao brasileiro Dom Pedro II.
Como podem deportar um brasileiro? Qual crime ou heresia teria cometido para ser expurgado do seu torrão natal? Um brasileiro com raízes históricas e benfeitoras da nossa educação e da cultura? Um visionário que previu o comércio exterior brasileiro, com a participação do Brasil nas exposições internacionais; que abriu os cursos jurídicos e de medicina, entre outros feitos científicos e artísticos.
Foi uma traição palaciana e de correligionários, um golpe politico da oligarquia. Não houve consulta popular através do voto. Foi um modismo americano copiado pelos franceses e adotado no Brasil de forma tão cruel como fora em França com a tomada da Bastilha.
A oligarquia copia o modismo sem base democrática, instaurada de forma imposta de quem pode manda e quem tem juízo obedece. E desde então nunca mais se instaurou a governabilidade, sucedendo-se o oportunismo vantajoso da minoria, com golpes e mais golpes ditatoriais, quer seja por regime militar ou por classes dominantes. A ponto de hoje chegarmos aos descalabros do peculato, da propina, do suborno, do enriquecimento ilícito e da máxima do rouba, mas faz.
Chegamos ao ponto da substituição de seis por meia dúzia, da mudança de legenda, mas não do habito. Não temos homens públicos, somente corruptos, artistas, evangélicos, banqueiros, empreiteiros que legislam em causa própria. Nossa justiça é comprometida com seus apadrinhados que os engajaram e julgam politicamente, acima da lei e da jurisprudência.
Outra data comemorada é a do dia da Bandeira, quando se ufana.
Quando se entoa o Hino Nacional de forma jocosa na terceira pessoa com o ouviram, não foi eu que ouvi, mas dizem que ouviram, não testemunham, apenas alegam.
Um povo heroico que não vai à luta.
O sol da liberdade, que não aquece nem liberta das mazelas governamentais.
O penhor dessa Igualdade mais desigualmente garantida.
Nunca houve desafio à própria morte.
Deitado eternamente em berço esplendido, nunca se fez nada pelos despidos da educação e da saúde, pela manutenção das conquistas trabalhistas, do salário mínimo condigno e justo com as contribuições compulsórias, defasadas progressivamente com o custo de vida.
Chico Luz