O mar de lama desce das montanhas mineiras até o litoral do Espirito Santo. Outro mar de lama sai de Brasília e se espalha pelo país todo. Será que é mero acaso ou tudo tem a ver com a lei das coincidências significativas? Essa lei, que foi inventada (ou deduzida) por Gustave Flaubert, escritor francês do século XIX, diz que todos os fatos, por mais distanciados e desconexos que sejam tem uma ligação de causa e consequência, mesmo sem nenhuma ligação aparente.
Que conexão poder ter o mar de lama que rolou das Montanhas Alterosas, com o mar de lama que sai, perenemente, dos altos escalões de Brasília? A primeira coincidência é o fato de que nem Brasília, nem Minas tem mar. Será que por ambos não terem mar, forças telúricas(ou ocultas) de um e outro lugar resolveram criar os seus? Jânio dizia que Brasília estava cheia de “forças ocultas” e Juscelino acreditava nas influências místicas das aprazíveis montanhas mineiras.
Outra coincidência: os dois últimos candidatos mais votados para a presidência da República, um já morava em Brasília, outro era de Minas.
Flaubert, ao falar das coincidências significativas que ligam fatos aparentemente desconexos, criou os fundamentos da parapsicologia. Com isso, deu aos amadores dos fatos insólitos uma extraordinária ferramenta de pesquisa. Com ela Jung pesquisou o inconsciente coletivo da humanidade e descobriu que a mente espécie humana é uma espécie de animal único que mantém insuspeitadas relações de parentesco, independente de tempo e espaço, pois ela, ontem e hoje, e em qualquer lugar do mundo, compartilham dos mesmos arquétipos. Isso quer dizer: somos iguais na nossa base espiritual, pois seja qual for o tempo e o lugar em que vivemos, compartilhamos dos mesmos medos, os mesmos desejos, as mesmas esperanças, etc. Baseado nesses pressupostos Teilhard de Chardin, em suas especulações, chegou á conclusão que a vida, no planeta, provém de uma fonte única, que ele chama de estofo do universo (energia cósmica provida por Deus). E nessa mesma esteira, as modernas investigações científicas (as mesmas que descobriram o bóson de Higgs, chamado de partícula Deus) estão trabalhando com a chamada Teoria do Caos, que fala de um universo ligado por uma teia de relações, no qual uma minúscula mudança nas condições de um evento em um lugar qualquer do mundo pode causar uma catástrofe em outro lugar do universo, cuja existência nem se suspeitava. É o famoso efeito-borboleta, no qual uma borboleta bate suas asas na Amazônia e um tufão acontece na Baia de Tóquio.
É. A coisa pode um tanto esotérica mas pode ser provada cientificamente. Tudo que fazemos e pensamos provoca um movimento no universo; este, por sua vez, causa um desequilíbrio em todo o sistema. E o sistema, por seu turno, precisa se movimentar também para recompor o equilíbrio. Porque o mundo é movido através de uma rede de relações. Como diziam os filósofos hermetistas, o mundo de dentro é um reflexo do mundo de fora, e vice versa. O que está em cima é igual ao está em baixo e o que acontece em um repercute no outro. Pensando assim, quem sabe se o mar de lama que rola de Minas não é apenas a (coincidência significativa) resposta que a natureza deu ao mar de lama que rola de Brasília? Talvez a única diferença entre um e outro seja o fato de que o prejuízo da lama mineira é mais fácil de contabilizar e os culpados mais fáceis de apontar. Já a lama de Brasília, embora cause prejuízo maior e seja mais difícil de limpar, o prejuízo para o país, além de incalculável, é bem mais complicado para apurar e os culpados, embora todos saibam quem são, com certeza, não serão punidos como se espera.
Talvez nem precisemos de um Carl Gustav Jung, ou um J.B. Rhine para estabelecer conexões entre esses fatos. Porque, como bem disse Jesus, o Reino dos Céus está dentro de nós. Mas quando a podridão já vem de dentro de nós, não podemos evitar que ela contamine todo o ambiente em que vivemos.
Que conexão poder ter o mar de lama que rolou das Montanhas Alterosas, com o mar de lama que sai, perenemente, dos altos escalões de Brasília? A primeira coincidência é o fato de que nem Brasília, nem Minas tem mar. Será que por ambos não terem mar, forças telúricas(ou ocultas) de um e outro lugar resolveram criar os seus? Jânio dizia que Brasília estava cheia de “forças ocultas” e Juscelino acreditava nas influências místicas das aprazíveis montanhas mineiras.
Outra coincidência: os dois últimos candidatos mais votados para a presidência da República, um já morava em Brasília, outro era de Minas.
Flaubert, ao falar das coincidências significativas que ligam fatos aparentemente desconexos, criou os fundamentos da parapsicologia. Com isso, deu aos amadores dos fatos insólitos uma extraordinária ferramenta de pesquisa. Com ela Jung pesquisou o inconsciente coletivo da humanidade e descobriu que a mente espécie humana é uma espécie de animal único que mantém insuspeitadas relações de parentesco, independente de tempo e espaço, pois ela, ontem e hoje, e em qualquer lugar do mundo, compartilham dos mesmos arquétipos. Isso quer dizer: somos iguais na nossa base espiritual, pois seja qual for o tempo e o lugar em que vivemos, compartilhamos dos mesmos medos, os mesmos desejos, as mesmas esperanças, etc. Baseado nesses pressupostos Teilhard de Chardin, em suas especulações, chegou á conclusão que a vida, no planeta, provém de uma fonte única, que ele chama de estofo do universo (energia cósmica provida por Deus). E nessa mesma esteira, as modernas investigações científicas (as mesmas que descobriram o bóson de Higgs, chamado de partícula Deus) estão trabalhando com a chamada Teoria do Caos, que fala de um universo ligado por uma teia de relações, no qual uma minúscula mudança nas condições de um evento em um lugar qualquer do mundo pode causar uma catástrofe em outro lugar do universo, cuja existência nem se suspeitava. É o famoso efeito-borboleta, no qual uma borboleta bate suas asas na Amazônia e um tufão acontece na Baia de Tóquio.
É. A coisa pode um tanto esotérica mas pode ser provada cientificamente. Tudo que fazemos e pensamos provoca um movimento no universo; este, por sua vez, causa um desequilíbrio em todo o sistema. E o sistema, por seu turno, precisa se movimentar também para recompor o equilíbrio. Porque o mundo é movido através de uma rede de relações. Como diziam os filósofos hermetistas, o mundo de dentro é um reflexo do mundo de fora, e vice versa. O que está em cima é igual ao está em baixo e o que acontece em um repercute no outro. Pensando assim, quem sabe se o mar de lama que rola de Minas não é apenas a (coincidência significativa) resposta que a natureza deu ao mar de lama que rola de Brasília? Talvez a única diferença entre um e outro seja o fato de que o prejuízo da lama mineira é mais fácil de contabilizar e os culpados mais fáceis de apontar. Já a lama de Brasília, embora cause prejuízo maior e seja mais difícil de limpar, o prejuízo para o país, além de incalculável, é bem mais complicado para apurar e os culpados, embora todos saibam quem são, com certeza, não serão punidos como se espera.
Talvez nem precisemos de um Carl Gustav Jung, ou um J.B. Rhine para estabelecer conexões entre esses fatos. Porque, como bem disse Jesus, o Reino dos Céus está dentro de nós. Mas quando a podridão já vem de dentro de nós, não podemos evitar que ela contamine todo o ambiente em que vivemos.