DESPERTAR OU CONTINUAR DORMINDO?
Prólogo
Não. Você não pode despertar para a realidade de seu país. Ah! VOCÊ PODE, se quiser, despertar, mas não deve alertar os incautos e algumas outras pessoas (inocentes úteis) sobre a real e comprovada má gestão governamental.
Por conveniência pessoal e/ou funcional você precisa continuar aceitando os desmandos, o desgoverno, a anarquia generalizada de uma nação cujo Hino Nacional diz:
“Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte
Em teu seio, ó Liberdade
Desafia o nosso peito a própria morte! ”.
Provavelmente o fato sobre o qual escrevo será considerado apenas um ato de indisciplina militar, uma piada de caserna, algo de pouca ou nenhuma importância. Não será tão midiático quanto a operação Lava Jato e outras correlatas. Mesmo assim oriento os meus diletos leitores: Busquem a informação correta saibam o que está acontecendo em nosso país.
PARA QUEM DESEJAR SABER OS DETALHES
Leiam, busquem e vejam os noticiosos. Acompanhem o cerceamento do uso da palavra, a livre manifestação de Sua Excelência o Gen Ex Antônio Hamilton Martins MOURÃO, comandante do Comando Militar do Sul (CMS).
Os petistas dizem que o Gen Ex Mourão foi inconveniente e desrespeitoso com os políticos e com a presidente Dilma Rousseff e exigiram do Ministro da Defesa Aldo Rebelo uma reparação exemplar e imediata, isto é, quiseram e conseguiram não apenas uma reprimenda ao Comandante Militar do Sul por incitar tropas a derrotarem “inimigos internos”.
Conseguiram a exoneração do general Mourão, mas, 90% dos brasileiros entendem que submissão ou servidão não combina com o “despertar de uma luta patriótica”. Você, leitor amigo, não precisa concordar comigo. Para o seu livre convencimento leia outras fontes informativas sérias.
EXPLICANDO O DESNECESSÁRIO
O general Mourão foi exonerado de suas funções porque em uma palestra teria convocado os presentes para “o despertar de uma luta patriótica”. Sua Excelência, o general Mourão, teria afirmado, ainda, em outra palestra há mais de um mês:
“a mera substituição da PR (Presidente da República) não trará mudança significativa no ‘status quo’” e que a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção”.
QUEM CALA CONSENTE
Não concordo com a política da conveniência funcional! Aquele que não se manifesta contra uma atitude concorda com ela. Desde o século XIII, este é o significado da máxima “quem cala, consente”. Sua Excelência o Gen Ex Antônio Hamilton Martins MOURÃO, assim como outros militares de Escol - ainda no serviço ativo - e outros já na reserva, com quem servi à Pátria por longos anos, não estão sozinhos nessa empreitada e luta patriótica.
Ora, ora, ora... Não apenas os militares das Forças Armadas, mas, 90% dos brasileiros de todas as classes sociais e de bom siso têm esse mesmo pensamento e entendimento! Claro que a conveniência funcional e a exagerada excelsa disciplina dos militares, que ainda estão no serviço ativo, são freios fortíssimos para impedir a livre manifestação dos seus pensamentos, suas atitudes patrióticas espontâneas.
A terrível missão “batata quente” (demissão do Gen Ex Mourão) foi entregue a Sua Excelência o Comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas que, por motivos óbvios, mesmo comungando dos mesmos ideais do general Mourão (assim entendo, salvo outro juízo), tirou-lhe o comando de uma tropa de elite (CMS) para fazê-lo exercer um cargo burocrático inexpressivo.
CONCLUSÃO
Os petistas estão comemorando o feito! Dentre eles há um esperto maestro que, de mãos dadas com a atual maestrina, concitará a todos os asseclas a fazerem um brinde à conquista de mais um passo no terreno que no passado foi conquistado com braço forte e mão amiga.
Aos gritos eles (os politiqueiros) elevarão mais alto suas taças numa afirmação e comemoração solenes, mas, em minha mente e por meu entendimento, não terão eco positivo entre os brasileiros de boa-fé:
A FORTE CRENÇA DOS PETISTAS
“Não temam as Forças Armadas nem as polícias: civil, militar e federal porque eles estão contidos e manietados pela ordem, disciplina e hierarquia.”.
“Com o Poder Legislativo, repleto de caricatos desidiosos, aliado de quem oferecer cargo (s) melhor (es), tampouco devemos nos preocupar”.
“Devíamos ficar apreensivos, mas, não nos preocupemos com o Poder Judiciário porque os juízes, estressados pelo excesso de trabalho, também reféns da diarreia legiferante do Congresso Nacional, nada podem fazer. Suas Excelências seguem, fielmente, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN) e outras leis ineficazes.”.
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NOTAS REFENCIADAS
– Mídia de uma forma geral. Jornalismo (Falado, escrito e televisivo);
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.