LULA E A PESTE NEGRA
No século XIV, uma grande pandemia devastou a Europa Ocidental, matando mais de 75 milhões de pessoas, aproximadamente um terço da população europeia. Foi a chamada peste negra, ou peste bubônica, doença contagiosa que era transmitida pelas pulgas e pelos ratos, agravada pela ausência de saneamento básico das cidades medievais e pelos péssimos hábitos de higiene das pessoas daquela época.
Em uma cidadezinha do norte da França, próxima á fronteira com a Alemanha, surgiu, nessa época, um médico-alquimista de origem alemã, que começou a tratar as pessoas com métodos diferentes dos usuais, que usavam principalmente as sangrias e as cataplasmas feitos á base de vinagres e ervas com propriedades curativas. Ao invés desses tratamentos, o médico-alquimista aconselhava uma rigorosa higiene corporal e uma campanha de saneamento básico nas cidades, como forma de tornar os ambientes urbanos impróprios para a proliferação dos ratos, principais agentes transmissores da peste.
Em menos de seis meses, a aldeia ficou livre da peste. Mas o bispo da localidade, ao saber do sucesso do médico-alquimista, quis saber qual o método usado por ele. DescobriU que ele aconselhava as pessoas a praticar uma higiene corporal rigorosa, com banhos diários usando uma composição química que ele produzia em seu laboratório, chamada sabão. Além disso ele aconselhava a incineração dos corpos das pessoas que morriam com a peste ao invés de enterrá-las. Por isso o bispo denunciou o médico á Santa Inquisição, acusando-o de heresia. Pois segundo a Igreja, o corpo humano era sagrado e não devia ser exposto, razão pela qual o hábito de ficar nu para tomar banho, naquela época, era considerado um pecado mortal. E queimar um corpo pior ainda, pois segundo era crença na época, se o corpo não fosse enterrado em terra sagrada (os cemitérios controlados pela Igreja), o defunto não ressuscitaria no dia do julgamento.
Não se sabe o que aconteceu ao médico-alquimista. Dizem que ele conseguiu fugir da masmorra, graças á ajuda de alguns moradores da cidade, cujas vidas ele havia salvado.
Li essa história há muitos anos atrás, se não me falha a memória, em uma edição do Readers Digest. Mas foi a primeira coisa que me veio á cabeça ao ouvir o Lula dizer que o Brasil está vivendo um período de exceção por causa da Operação Lava à Jato e as delações premiadas que os procuradores estão encorajando. Isso porque essa fala do Lula me fez lembrar do bispo medieval que mandou prender o alquimista por que ele aconselhava as pessoas a tomar banho e incinerar os cadáveres para evitar a propagação da peste. O bispo sequer considerou o fato de o alquimista ter salvo a vida de milhares de pessoas, livrando a cidade da peste. Só se preocupou com a sua crença ofendida pelos meios usados por ele.
É exatamente o que o Lula fez. Pouco importa, ao líder petista, que os cofres públicos tenham sido saqueados pelos políticos do seu partido e aliados, não interessa a ele que o país tenha sido atirado numa profunda crise econômica e política graças á política bolivariana que o seu partido imprimiu ao país, nem tem qualquer importância o fato de seus cúmplices e asseclas terem destruído a principal empresa do pais, que era o orgulho da nação até há bem pouco tempo atrás.
Lula está fazendo exatamente o que o bispo medieval fez: pouco importa o que acontece com o povo e com o país, desde que suas crenças sejam preservadas e seu poder não seja contestado. Ao dirigir suas baterias contra os procuradores da Lava a Jato e contra os delatores premiados ele ataca quem está procurando limpar a sujeira que ele e seu partido fizeram, sujeira essa que atraíram a peste que está hoje solapando a economia, a autoestima e a própria saúde institucional do país, pois do jeito que está, ninguém sabe como vai terminar essa crise. É claro que ninguém gosta de delatores, mas ás vezes é preciso suportar um mal menor para se obter um bem maior. A profilaxia do nosso ambiente político e administrativo, da mesma forma que o saneamento básico das cidades e a higiene pessoal ,são essenciais para uma vida sadia. A delação premiada está prevista na legislação que regula o direito pátrio. Qualquer aluno de direito já ouviu falar no instituto do arrependimento eficaz, mediante o qual, o praticante de um crime pode confessar e ajudar as autoridades a esclarecê-lo, permitindo á justiça a aplicação de uma pena mais branca ao seu autor. Se ele, Lula, seus parentes, amigos e cúmplices, estão sendo citados nessas delações é porque, de algum modo, eles interagiram nesse processo. Se são culpados ou não, as investigações em curso provarão.
O bispo medieval, ao justificar a acusação feita ao alquimista que livrou a cidade da pandemia disse que as pestes, as guerras, as grandes calamidades ocorrem pela vontade de Deus. Não cabia ao homem tentar fugir desse destino adotando práticas que contrariam a fé e os preceitos da Santa Igreja. Só falta o Lula dizer que toda a trapalhada que ele e seu partido fizeram , e que jogaram o país nesse buraco em que ele está agora, também só aconteceu pela vontade de Deus. A Dilma já anda dizxendo coisa parecida.
No século XIV, uma grande pandemia devastou a Europa Ocidental, matando mais de 75 milhões de pessoas, aproximadamente um terço da população europeia. Foi a chamada peste negra, ou peste bubônica, doença contagiosa que era transmitida pelas pulgas e pelos ratos, agravada pela ausência de saneamento básico das cidades medievais e pelos péssimos hábitos de higiene das pessoas daquela época.
Em uma cidadezinha do norte da França, próxima á fronteira com a Alemanha, surgiu, nessa época, um médico-alquimista de origem alemã, que começou a tratar as pessoas com métodos diferentes dos usuais, que usavam principalmente as sangrias e as cataplasmas feitos á base de vinagres e ervas com propriedades curativas. Ao invés desses tratamentos, o médico-alquimista aconselhava uma rigorosa higiene corporal e uma campanha de saneamento básico nas cidades, como forma de tornar os ambientes urbanos impróprios para a proliferação dos ratos, principais agentes transmissores da peste.
Em menos de seis meses, a aldeia ficou livre da peste. Mas o bispo da localidade, ao saber do sucesso do médico-alquimista, quis saber qual o método usado por ele. DescobriU que ele aconselhava as pessoas a praticar uma higiene corporal rigorosa, com banhos diários usando uma composição química que ele produzia em seu laboratório, chamada sabão. Além disso ele aconselhava a incineração dos corpos das pessoas que morriam com a peste ao invés de enterrá-las. Por isso o bispo denunciou o médico á Santa Inquisição, acusando-o de heresia. Pois segundo a Igreja, o corpo humano era sagrado e não devia ser exposto, razão pela qual o hábito de ficar nu para tomar banho, naquela época, era considerado um pecado mortal. E queimar um corpo pior ainda, pois segundo era crença na época, se o corpo não fosse enterrado em terra sagrada (os cemitérios controlados pela Igreja), o defunto não ressuscitaria no dia do julgamento.
Não se sabe o que aconteceu ao médico-alquimista. Dizem que ele conseguiu fugir da masmorra, graças á ajuda de alguns moradores da cidade, cujas vidas ele havia salvado.
Li essa história há muitos anos atrás, se não me falha a memória, em uma edição do Readers Digest. Mas foi a primeira coisa que me veio á cabeça ao ouvir o Lula dizer que o Brasil está vivendo um período de exceção por causa da Operação Lava à Jato e as delações premiadas que os procuradores estão encorajando. Isso porque essa fala do Lula me fez lembrar do bispo medieval que mandou prender o alquimista por que ele aconselhava as pessoas a tomar banho e incinerar os cadáveres para evitar a propagação da peste. O bispo sequer considerou o fato de o alquimista ter salvo a vida de milhares de pessoas, livrando a cidade da peste. Só se preocupou com a sua crença ofendida pelos meios usados por ele.
É exatamente o que o Lula fez. Pouco importa, ao líder petista, que os cofres públicos tenham sido saqueados pelos políticos do seu partido e aliados, não interessa a ele que o país tenha sido atirado numa profunda crise econômica e política graças á política bolivariana que o seu partido imprimiu ao país, nem tem qualquer importância o fato de seus cúmplices e asseclas terem destruído a principal empresa do pais, que era o orgulho da nação até há bem pouco tempo atrás.
Lula está fazendo exatamente o que o bispo medieval fez: pouco importa o que acontece com o povo e com o país, desde que suas crenças sejam preservadas e seu poder não seja contestado. Ao dirigir suas baterias contra os procuradores da Lava a Jato e contra os delatores premiados ele ataca quem está procurando limpar a sujeira que ele e seu partido fizeram, sujeira essa que atraíram a peste que está hoje solapando a economia, a autoestima e a própria saúde institucional do país, pois do jeito que está, ninguém sabe como vai terminar essa crise. É claro que ninguém gosta de delatores, mas ás vezes é preciso suportar um mal menor para se obter um bem maior. A profilaxia do nosso ambiente político e administrativo, da mesma forma que o saneamento básico das cidades e a higiene pessoal ,são essenciais para uma vida sadia. A delação premiada está prevista na legislação que regula o direito pátrio. Qualquer aluno de direito já ouviu falar no instituto do arrependimento eficaz, mediante o qual, o praticante de um crime pode confessar e ajudar as autoridades a esclarecê-lo, permitindo á justiça a aplicação de uma pena mais branca ao seu autor. Se ele, Lula, seus parentes, amigos e cúmplices, estão sendo citados nessas delações é porque, de algum modo, eles interagiram nesse processo. Se são culpados ou não, as investigações em curso provarão.
O bispo medieval, ao justificar a acusação feita ao alquimista que livrou a cidade da pandemia disse que as pestes, as guerras, as grandes calamidades ocorrem pela vontade de Deus. Não cabia ao homem tentar fugir desse destino adotando práticas que contrariam a fé e os preceitos da Santa Igreja. Só falta o Lula dizer que toda a trapalhada que ele e seu partido fizeram , e que jogaram o país nesse buraco em que ele está agora, também só aconteceu pela vontade de Deus. A Dilma já anda dizxendo coisa parecida.