A filosofia dos quatro anos de milagres

A filosofia política dos “quatro anos de milagres”

Não é de hoje que as campanhas políticas, sobretudo nos anos eleitorais trabalham com ideias novas. Novas em relação a que? Se, essencialmente, toda novidade, desde que não sendo radical demais, apresenta um “legado” antigo, mesmo que não seja exatamente como ele. Isso não significa que seja uma novidade. Esse termo se aplica às situações que apresentam uma ideologia nova, seja em relação à última (sendo uma mudança) ou relação ao “ineditismo”, quando se apresenta de modo inaugural. Pois bem, é fato que, uma novidade não consegue se firmar por si só se basear-se somente em sua ideologia, ela precisa de aprovação, que beneficie a maioria. No Brasil, no entanto, esse apoio há muito tempo, constitui-se por uma espécie de “peneira política”, quando está subjugada a uma bandeira política dominante. Dessa maneira, penso que pode não ser exatamente a falta de ideia ou omissão dos governantes a responsável por uma “continuidade doentia” dos problemas que nos assolam diariamente por meio dos noticiários jornalísticos.

Portanto, a melhor ideia para se começar a mudança é uma “reciclagem política”, ou seja, o fim da imparcialidade em relação à crimes eleitorais ou governamentais, e, ainda, o fim dos inúmeros favorecimentos políticos. É preciso que haja mais preparo administrativo, noções de mercado econômico compatíveis com o cargo e julgamento equivalente ao de civis para dar exemplo de boa aplicação da justiça.

Marcel Lopes

Historiador (UTP)

18-09-2015